Sette Câmara fala em “alma lavada” por pole e revela segredo na Hungria: ritmo de corrida

Sergio Sette Câmara conquistou o pole-position para a primeira corrida da F2 em Hungaroring e não hesitou em dizer que a posição de honra do grid é para lavar alma, especialmente depois dos problemas que enfrentou ao longo desta primeira parte da temporada

“Deu para dar aquela lavada na alma”. Assim Sergio Sette Câmara descreveu a pole-position conquistada nesta sexta-feira (27) em Hungaroring, onde a F2 está para a oitava rodada da temporada 2018. O brasileiro da Carlin vinha sofrendo uma série de reveses ao longo do campeonato, que o afastaram da luta pelo título nesta primeira parte do ano. O ponto mais complicado foi em Mônaco, quando, depois de um acidente, o piloto teve uma luxação no pulso direito. E acabou fora das duas corridas. Na etapa passada, em Silverstone, o mineiro se viu às voltas com um estouro de motor. Agora, com a posição de honra do grid nas mãos, Sette Câmara apenas quer comemorar. 

 
Questionado pelo GRANDE PRÊMIO, logo após a classificação na Hungria, se a pole tirava um peso dos ombros, Sergio foi categórico: “Sim! Eu estava naquela maré ruim, todas aquelas coisas acontecendo. E você diz para si mesmo: ‘Agora, eu tenho de repetir a mesma postura, ter a mesma postura de novo. O pessoal também seguia me falando: você está fazendo tudo direitinho, tudo direitinho, tem de manter assim, mas não é tão fácil manter assim, não?’ É um pouco frustrante ver tudo aquilo acontecendo. Só que, agora, temos um resultado verdadeiramente bom.”
Sérgio Sette Câmara é pole na Hungria (Foto: F2)

Sette Câmara lembrou os problemas que viveu ao longo das últimas rodadas e admitiu que, apesar da boa performance em muitas provas, ainda faltava algo. “Mesmo com top-6 em quase todas as classificações, sempre parecia que tinha alguma coisa contra a gente. Um problema que ninguém vê, mas que está lá. Um dia é uma falha no diferencial, o outro dia é um problema elétrico, no outro dia é um erro meu. Então, quando tem um dia em que dá tudo certo, temos de comemorar, mas, não, porque eu acho que que não vai ter mais, mas porque fiquei muito tempo sem ter momentos assim. Agora, é celebrar e trabalhar para ter mais momentos assim”, destacou.

 
O mineiro de 20 anos ainda entende que a pole até demorou diante do desempenho e do trabalho que vem sendo feito em 2018. “Veio tarde, na verdade. Já deveríamos estar tendo esses resultados há muito tempo. Talvez não pole, porque pole, realmente, é muito forte, então acredito que não, mas a gente poderia ter melhorado a nossa meta de posição de largada um pouco, mas com o tanto de problema que aconteceu e, às vezes, sem ter ninguém para culpar, é um absurdo”, afirmou Sergio. 
 
“Eu tenho 86 pontos e estou na sexta posição na tabela do campeonato, mas acho que já era para estar em segundo ou terceiro. Talvez em primeiro, não, porque o George Russell mostrou mais ritmo por um período enorme de tempo. Mas segundo e terceiro, era para a gente estar. E estamos longe do terceiro, mas acho que ainda dá para buscar. Não estou na posição que eu queria, mas ainda posso buscar a minha meta era ficar entre os três. 
 
Por fim, o piloto da Carlin revelou que o segredo para a prova deste sábado está no ritmo de corrida e que a pista mais travada de Hungaroring não representa um temor. “Acho que o ritmo de corrida é muito bom. Acho que é um dos nossos pontos fortes na Carlin neste ano. E sobre ser uma pista difícil de ultrapassar, não sei, a diferença de aderência é tão grande de um carro para outro, que não se torna tão difícil. Você até consegue ultrapassar em qualquer lugar, em saída de curva, por fora, por dentro. E até prefiro que seja assim, porque é uma corrida com pit-stop. Quer dizer, em algum momento, eu vou ficar atrás de alguém e vou ter de ultrapassar”, concluiu.
 
A corrida da F2 acontece a partir das 11h40 (de Brasília). 
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