Estreando em Interlagos, Myasava espera usar experiência de ter disputado preliminar da F1 na Índia

O piloto da Hitech disse que quase não correu na Índia por acreditar que seria um torneio sem importância. No entanto, quando descobriu que o grid teria pilotos da F3 e da GP2, mudou de ideia rapidamente

Pela primeira vez na carreira, Gustavo Myasava está competindo em Interlagos. Isso, entretanto, não significa que o garoto seja um piloto inexperiente. Aos 16 anos de idade, o cascavelense é um dos poucos atletas no mundo com a experiência de ter corrido na Índia, em uma categoria local, que fez a preliminar para a etapa da F1 no circuito de Buddh, no ano passado.

Em um grid que contava com nomes como Conor Daly, hoje na GP2, Jordan King, da F3 Europeia, e Luciano Bacheta, campeão da F2, o brasileiro era um dos mais inexperientes, tendo acabado de fazer a transição do kart para os monopostos. Por isso, terminou na 15ª posição, com apenas dez pontos marcados.

Gustavo Myasava está estreando em Interlagos neste fim de semana (Foto: Felipe Tesser/Grande Prêmio)

Apesar da frustração em não ter conseguido brigar por pódios e vitórias, o piloto trouxe para o Brasil lições importantes, aprendidas com os adversários mais experientes, para usar na campanha de 2013 na F3 Sul-americana. “Aprendi muito como é lidar com o carro, o próprio acerto e traçado. E aqui, Interlagos, é uma pista muito técnica e acaba exigindo tudo isso. Para mim, isso acaba sendo bom, então só tenho a agradecer tudo o que aconteceu”, declarou.

Em entrevista exclusiva ao Grande Prêmio, Myasava admitiu que quase não correu na Índia. É que quando o piloto recebeu o convite, acabou deixando-o de lado por achar que era um campeonato sem importância. Porém, quando descobriu todos os nomes de peso que iam participar do torneio, mudou de ideia na hora.

“Tudo começou com um convite no Facebook”, contou. “No começo, eu achava que não era um evento tão importante e, sendo honesto, não dei tanta bola. Eu avisei meu pai sobre o convite e ele falou com alguns amigos e descobriu que esse evento na Índia ia ser muito bom e que ia me ajudar muito, porque eu nunca tinha andado de F3 na vida e lá seria uma boa experiência para mim”, disse.

Na Ásia, o atual titular da Hitech na F3 pôde ter uma ideia de como é o automobilismo disputado nos principais centros do mundo. Para começar, já havia a dificuldade de comunicação com os mecânicos e adversários, pois todos só falavam inglês. Assim, precisou se adaptar ao campeonato, o que o fez evoluir como piloto.

“Indo para lá, tive uma ideia totalmente diferente, até porque lá só fala inglês, então a comunicação é muito diferente, e o pessoal exige muito de você. Para mim, acabou sendo uma experiência boa, e espero aplicar aqui no Brasil, na F3 Sul-americana, o que eu aprendi na Índia”, completou.

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