GUIA FE 2019/20: Di Grassi vê “todo mundo muito perto” e aposta em ano difícil

Lucas Di Grassi mostrou animação com o início da temporada 2019/20 da Fórmula E. O titular da Audio falou como espera um campeonato bastante apertado e difícil, exaltou a entrada de novos pilotos e montadoras e ainda mostrou positiva surpresa com o crescimento que a categoria elétrica tem apresentado em toda sua existência

Enquanto a maior parte das categorias mundiais estão vendo seus campeonatos se encerrarem nesse final de ano, a Fórmula E está se preparando para dar início ao campeonato 2019/20, o quinto de sua existência.
 

Com a primeira etapa acontecendo no final de semana na Arábia Saudita, muitas expectativas rondam a temporada que está para começar. Novos pilotos, montadoras e a promessa de boas corridas jogam os ânimos para as alturas na categoria elétrica que vem crescendo a cada ano.
 
Mas antes do pontapé inicial, os pilotos já foram para a pista para o treino coletivo pré-temporada em Valência. Lucas Di Grassi, ao falar das atividades, comentou como já deu para tirar as primeiras conclusões do que será visto na pista.
 
“O mais importante desses treinos pré-temporada é que vimos que está todo mundo muito perto. A única equipe que está longe é a NIO. O resto, as outras 11 equipes, estão entre 0s2 e 0s3, então vai ser um campeonato muito difícil”, disse ao GRANDE PRÊMIO.
Di Grassi e Abt (Foto: Audi)

No campeonato passado, a Audi terminou na segunda colocação da classificação, com o campeão de 2016/17 sendo o terceiro colocado entre os pilotos – um ano após conquistar o título de Equipes e o vice para Lucas entre os Pilotos. Na primeira tomada de tempos do ano, é esse resultado que vai definir os grupos a saírem para a pista.
 

Por ter terminado a temporada na parte da frente da tabela, o #11 vai fazer parte dos pilotos que vão primeiro para o traçado. O competidor encarou o fato não com os melhores olhos possíveis, mas aproveitou para fazer as apostas para o ano, que acredita ser um tanto quanto competitivo, ainda mais com novas montadoras.
 
“A expectativa para o início da temporada é que já começamos a temporada com um pé atrás, pois somos do primeiro grupo. Terminamos a temporada passada entre os seis primeiros e a ordem da classificação já é pela ordem da classificação do ano passado, o que eu acho errado. Não tem nada a ver o campeonato passado com esse de agora, deveria ser um sorteio essa primeira” falou ao GP.
 
“Porém, não é assim, já começo no grupo 1, então já vai atrapalhar. Mas esse campeonato vai ganhar quem for mais consistente, então ainda mais do que no ano passado, tem que ser consistente em várias etapas, tentar pontuar em todas e acho que é isso que vai ser fundamental para chegar na última etapa brigando”, completou.
 
Entre as tantas novidades para o início do campeonato 2019/20 da Fórmula E é a chegada de Nyck de Vries. O neerlandês, atual campeão da Fórmula 2, acabou aceitando uma proposta da Mercedes para ingressar o grid da categoria elétrica e fazer parceria com Stoffel Vandoorne.
Maximilian Günther no primeiro dia de pré-temporada da Fórmula E em Valência (Foto: BMW)
E o certame tem se tornado grande opção para nomes de peso do esporte a motor, como Felipe Massa, que está em sua segunda temporada, além da entrada de André Lotterer e o conhecido, e campeão, Sébastien Buemi. Aos olhos de Di Grassi, a opção da categoria muitas vezes se mostra melhor do que seguir em uma equipe de fim de grid da Fórmula 1, por exemplo.
 
“Acho que essa entrada do De Vries na Mercedes foi fundamental, acho muito legal um cara campeão da Fórmula 2 receber uma oferta boa e escolher correr na Fórmula E como uma categoria paralela. Ele pode querer ir para a Fórmula 1 depois, Indy, etc, a mesma coisa que o [Felix] Rosenqvist fez”, apontou.
 
“Ele foi para a Indy, agora está negociando a volta para a FE daqui a pouco, se pagarem mais para ele, ele volta. Enfim, é bom ter categorias profissionais, quanto mais, melhor, e a FE está agora com um salário muito alto para os pilotos, então têm vários pilotos preferindo a FE do que ficar como piloto de teste, ou mesmo em uma equipe muito ruim na F1”, seguiu.
 
A FE vai dar o pontapé inicial em sua quinta temporada de existência. Em um longo processo de desenvolvimento, que teve grande envolvimento de Lucas desde os primeiros esboços, a categoria dos carros elétricos já teve grande evolução.
Lucas Di Grassi (Foto: Audi)
Além do natural avanço dos carros, que já estão na segunda geração e contam com baterias mais potentes, por exemplo, o certame já passou por dezenove cidades diferentes do mundo, além de que, no atual campeonato, vão ser realizadas 14 corridas.
 
Ainda, para a temporada 2019/20, duas montadoras ingressaram no grid, sendo elas a Mercedes e a Porsche. O campeão de 2016/17 esperava que a categoria atingisse um patamar tão avançado tão rápido como tem sido?
 
“Não [esperava] em tão pouco tempo. [A categoria] É uma startup, começou há cinco anos e hoje já tem valor de mercado de mais de bilhão de dólar, então é surpreendente. A quantidade de montadoras, o nível que tomou e como as coisas foram feitas contra o status quo, na época todo mundo criticava e funcionou. Então me sinto muito honrado e feliz em ter acreditado na visão certa”, concluiu.

O cameonato começa neste fim de semana, com provas nos dias 22 e 23 de novembro, em Ad Diriyah, na Arábia Saudita.

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