Agag garante que F-E não tem intenção de “matar F1” e ressalta “um monte de falhas” encontradas após estreia

De acordo com diretor-geral da F-E, Alejandro Agag, F-E não vai competir na F1, com as duas categorias competindo em dias diferentes e tendo objetivos distintos. Agag ainda contou que após a prova inaugural da categoria, em Pequim, recebeu pedidos de 60 cidades para que a F-E as inclua em seu calendário no futuro.

O diretor-geral da F-E, Alejandro Agag, esteve em Buenos Aires nesta quarta-feira (12), no lançamento oficial da prova da capital argentina, que acontece no dia 10 de janeiro. Lá, o chefão da categoria de motores elétricos reafirmou que a F-E não é uma concorrente da F1, embora tenha dito que é o futuro do automobilismo. Agag foi além, contou que após o ePrix de estreia da temporada, recebeu vários pedidos de cidades para que a F-E as inclua em seu mapa no futuro.
 
Agag mais uma vez se preocupou em garantir que a categoria elétrica não compete com a F1, por isso tem sua agenda inteira dos finais de semana colocadas aos sábados. Além disso, o conceito entre competições é diferente. A F-E tenta implementar uma metodologia mais digitalizada e com a tecnologia como um traço ainda mais forte.
 
"Este é o campeonato do futuro. Não queremos matar a F1, da qual sou fã. Chegamos para complementá-la, não competir. Temos um conceito diferente onde toda a atividade acontece no sábado, enquanto a F1 sempre corre nos domingos", disse.
Para Alejandro Agag, F-E e F1 não competem entre si (Foto: Reuters)
"Também apontamos a digitalização da categoria e a participação da gente. Assim, antes da qualquer competição, os três pilotos mais votados nas redes sociais têm cinquenta cavalos a mais em seus motores por um momento escolhido por eles na corrida", seguiu.
 
Segundo Agag, após a estreia da F-E em Pequim, 60 cidades ao redor do globo enviaram pedidos para que a categoria considerasse incluí-las no calendário no futuro. É por esse motivo que Buenos Aires, assim como todas as outras cidades que estão no mapa dos bólidos elétricos são, de acordo com o diretor, "privilegiadas".
 
"Logo após Pequim, recebemos pedidos de outras 60 cidades no mundo. Por isso, Buenos Aires é privilegiada de ter lugar em nosso calendário", revelou.
 
Ainda sobre Pequim, Agag contou que "um monte de falhas" foram notadas. Justificou com o tempo curto que a categoria teve para realizar todo o necessário para de fato colocar os carros na pista.
 
"Depois da primeira corrida, em 13 de setembro, vimos um monte de falhas. Mas termos corrida na China foi um milgare. Apenas um ano e meio antes tínhamos um rascunho de carro num papel", seguiu.
 
Perguntado sobre a questão do som dos motores, amplamente criticado, Agag falou que o barulho existe e é forte. O estranhamento, segundo ele, é causado pela diferença em relação aos motores da F1, muito mais potentes e pesados que os da F-E.
 
"Eles têm som, e muito. O que acontece é que é totalmente diferente do da F1, e a crítica fica compreensível de maior parte do público. Os nossos motores pesam 25 kg e 250 cavalos. Teríamos de juntar três motores em um, baixar o peso e multiplicar por dez o rendimento de uma bateria para que um F-E possa sem comparado a um F1", disse.
 
No fim, o diretor-geral ainda elogiou a prova argentina, que vai acontecer no bairro de Puerto Madera, um dos mais importantes economicamente da cidade. 
 
"Estamos entusiasmados de correr na Argentina, e quero agradecer a todas as autoridades locais pelo apoio contínuo e respaldo. Acreditamos que essa competição vai ser um espetáculo fantástico para os habitantes de Buenos Aires e aos torcedores da F-E ao redor do mundo", encerrou.
 
Ao passo que o presidente do Automóvel Clube Argentino, Carlos García Remohí, seguiu os agradecimentos. "Estou encantado em dar as boas-vindas à F-E a Buenos Aires. A Argentina é um país de grande tradição automobilística, assim como um entorno único para sediar uma corrida. Quero agradecer a FIA e a F-E pelo apoio permanente e compromisso com as tecnologias limpas e sustentáveis."
 
Após um hiato de mais de dois meses, a F-E volta à pista no próximo dia 22 de novembro na cidade de Putrajaya, na Malásia.
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