BMW admite que demora em pedir calma a Da Costa e Sims permitiu batida que custou vitória em Marrakech

Roger Griffiths, chefe da BMW, contou que estava discutindo o aviso aos pilotos titulares junto aos engenheiros da equipe alemã quando o acidente entre António Félix da Costa e Alexander Sims aconteceu. No fim das contas, o que era uma dobradinha se transformou num quarto posto e um abandono

Demorou um pouco demais. O chefe da BMW, Roger Griffiths, afirmou que estava definindo o aviso para que os pilotos levassem o carro para casa com cuidado no fim o eP de Marrakech no último fim de semana. Antes que pudesse falar, entretanto, Alexander Sims foi para cima e António Félix da Costa se assustou e causou uma batida que custou uma vitória e muitos pontos.
 
Griffiths conversava com o diretor de engenharia de pista, Tim Malyon, e os engenheiros de corrida dos dois pilotos sobre qual seria a decisão. Com Sims atrpas e mais rápido para aquele final, a preocupação era não jogar fora os muitos pontos que a dobradinha estava rendendo. 
 
"Do nosso ponto de vista, o que importa mais é que a BMW vença. Não importa que piloto e, se a chance de sucesso era melhor com Alexander, então seria assim que ia acontecer. Estávamos observando que Alexander parecia mais rápido que António, parecia estar numa posição melhor em termos de energia", apontou.
António Félix da Costa e Alexander Sims (Foto: Reprodução/TV)

Faltava menos de 10 minutos para o fim quando a batida aconteceu. Os dois ainda tinham ampla vantagem, ainda que Jérôme D'Ambrosio tivesse se aproximado um pouco. Quando bateram, Da Costa abandonou e Sims caiu para quarto. Por conta da entrada do safety-car, teve apenas uma volta para tentar se recuperar.

 
"Pudemos ver que o pelotão atrás estava começando a se aproximar um pouco e pensamos que tínhamos de começar a proteger nossa posição", contou.
 
O que Griffiths tentou deixar claro no meio de sua declaração foi que não há definição de ordem de equipe em favor de Da Costa – que venceu a primeira prova, está na FE desde o começo e tinha a liderança da segunda etapa. "Não há ordem de equipe. É muito cedo na temporada para começar a pensar nisso", garantiu.
 
No domingo pela manhã, a sensação de derrota. "Foi uma manhã seguinte dolorosa, eu realmente senti bastante. Você pensa no avisa via rádio que devíamos ter feito, sobre o que deveria ter dito aos pilotos antes da largada. Você pensa nisso tudo, o que é natural."
 
O chefe revelou que conversou com a dupla logo após o acontecido e que ambos tiveram a mesma impressão da batida. Foi Da Costa quem assumiu a culpa.
 
"Dei a eles a oportunidade de explicar a situação dos dois pontos de vista antes que eles pudessem falar com qualquer outra pessoa. Os dois entenderam o incidente da mesma forma, então não há discordância sobre o que aconteceu", revelou.
 
"Estou impressionado por ele [AFC] ser maduro o bastante para aceitar a culpa. Todo mundo é humano e, de vez em quando, alguma coisa acontece e temos de lidar com isso e seguir em frente. Todos nós tivemos papeis no que aconteceu. Temos de nos certificar que não vai acontecer de novo", encerrou.
 
A FE segue em dois fins de semana, direto do Chile.

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