Bueno descarta jogo de equipe por Jimenez em Nova York: “Enquanto tiver chance, lutarei”
Com dois brasileiros com chances de título no Jaguar I-Pace eTrophy, os narradores europeus da categoria questionam: haverá jogo de equipe? Para Cacá Bueno, enquanto ele tiver chance de passar Sergio Jimenez, o líder, não
O Jaguar I-Pace eTrophy se encerra, tal como a Fórmula E, na rodada dupla do próximo final de semana. E três pilotos tem chances de título: o americano Bryan Sellers e os brasileiros Sergio Jimenez e Cacá Bueno.
Quem acompanha as corridas da nova categoria percebe que os narradores e comentaristas sempre questionam se a dupla brasileira não poderia fazer jogo de equipe em determinadas situações – ainda mais com o título na briga. Mas os pilotos não enxergam da mesma maneira.
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Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, por exemplo, Bueno deixou claro que jogo de equipe está descartado – ao menos enqaunto ele tiver chance de conquistar o campeonato.
Bueno tem 91 pontos e é terceiro; Jimenez é o líder, com 107; e Sellers está entre eles, com 101: "Não me considero um cara burro nem comecei a correr ontem: se na última etapa, depois da primeira corrida em Nova York, eu realmente não tiver chances de título e o Jimenez estiver na briga com o Sellers, aí muda a figura. Eu ajudaria, melhor o Jimenez campeão do que o Sellers campeão, sem dúvida alguma."
"Mas eu jamais daria minha posição de poder brigar pelo título para garantir o Jimenez. Se ele tivesse ganhado as duas últimas ele estaria com o título na mão. Mas, enquanto eu tiver chance, estarei lutando por isso, vou continuar a lutar por isso, e se não tiver chance na última a gente pode pensar em um trabalho mais unido, pensando no resultado para a equipe", explicou o piloto.
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O #0 também comentou sobre os motivos que fazem os comentaristas estrangeiros acharem que os pilotos brasileiros pensariam primeiro em jogo de equipe: "A gente tem que entender culturalmente as diferenças entre países. A narração europeia fala em jogo de equipe por uma questão de que na Europa é normal, e eles entendem como normal."
"A gente acredita menos nisso, até pelas disputas internas na F1 dos pilotos brasileiros com seus próprios companheiros de equipe. [Ayrton] Senna x [Alain] Prost, [Nelson] Piquet x [Nigel] Mansell… Acho que o europeu entende de maneira diferente e por isso cogitam", opinou.
"Do lado do Brasil, acho que isso foi muito cogitado em Mônaco e Berlim, mas para decepção deles e alegria nossa, não aconteceu. Eu e Jimenez disputamos a corrida, chegamos a nos encostar algumas vezes e fizemos duas dobradinhas. Quem assistiu a corrida viu que não aconteceu", finalizou Bueno, que chega à decisão com duas vitórias seguidas.
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