CEO diz que Fórmula E precisa fazer “pelo menos” duas corridas nos Estados Unidos

A Fórmula E correu em Portland nas últimas duas temporadas e confirmou a mudança para Miami a partir da próxima temporada, mas quer fortalecer ainda mais a parceria com os Estados Unidos. A categoria dos carros elétricos vê com bons olhos, inclusive, promover mais uma etapa estadunidense a partir de 2026, já que o país conta com mais opções e estrutura para receber corridas.

“Minha opinião sempre foi que os Estados Unidos precisam de mais de uma corrida. Precisa de pelo menos duas, talvez acabe sendo mais do que isso. A boa notícia é que temos muitas cidades americanas interessadas em realizar uma corrida”, explicou o CEO da Fórmula E, Jeff Dodds, ao Racing News 365. “As conversas sobre o calendário são realmente complexas. Como você pode imaginar, é como jogar xadrez, muito complexo, mas temos conversas suficientes com as sedes dos EUA para que seja possível termos duas sedes nos EUA na 12ª temporada”, completou o dirigente.

Para a próxima temporada, a categoria transferiu sua corrida tradicional nos EUA para o Homestead-Miami Speedway, em Miami, após duas temporadas Portland. Trata-se de um circuito permanente, diferente de quando a categoria correu pela primeira vez na cidade, mas no Biscayne Bay Street Circuit, um circuito de rua criado especificamente para a prova, em 2015.

Como EUA e a China representam três quartos das vendas globais de veículos elétricos, é fundamental ter uma grande presença nesses países.

“Se você olhar para os EUA, provavelmente 20 cidades poderiam receber a Fórmula E. Portanto, não é tão fácil dizer: ‘Vamos correr no Reino Unido‘. Londres é a primeira escolha óbvia. Talvez haja Manchester, talvez Birmingham, Edimburgo e até Cardiff. Mas Londres é a primeira escolha óbvia. Se você olhar para os EUA, Nova York, Los Angeles, Miami, Atlanta, Detroit, Phoenix, Dallas, e por aí vai… Há muitas grandes cidades identificadas com o automobilismo que poderiam sustentar uma corrida”, explicou o CEO.

Mas, para Dodds, ter provas em locais fixos não é necessariamente o ideal para a categoria todas as etapas da categoria.

“Os prós de um local de corrida consistente, como Tempelhof, em Berlim, é que as pessoas se acostumam com o local. Elas sabem a pista estará lá, temos consistência no calendário e o público pode comparecer ano após ano. No entanto, duas coisas que eu diria é que, às vezes, você fica um pouco cansado de um mesmo local. Além disso, você não atrai necessariamente novos torcedores para assistirem por causa das exigências de viagem”, concluiu.

A Fórmula E entra de férias e retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.

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