Crescimento de salário dos pilotos causa preocupação em equipes e fábricas da Fórmula E, diz site

A sustentabilidade sempre pregada pela Fórmula E vai ter de lidar com o aumento do valor dos salários dos pilotos, que cresceu desde 2014 e começa a colocar o campeonato, suas equipes e fábricas em alerta. A informação é do site inglês 'E-Racing365'

Uma das grandes preocupações da Fórmula E desde a concepção da competição foi com os custos do campeonato. Nos últimos tempos, entretanto, um elemento específico está começando a preocupar: o crescimento dos salários dos pilotos.
 
A informação é do site inglês 'E-Racing365.com', segundo o qual os salários dos principais pilotos da categoria estão entre € 1 e 1,6 milhão – ou R$ 4,2 e 6,7 milhões na conversão do dia. A conta é apenas com os salários por temporada e não leva em consideração valores de publicidade ou bônus.
 
Na opinião do diretor-esportivo da Audi, Dieter Gass, é uma demonstração de que na Fórmula E, pelo funcionamento das corridas, a diferença humana é fundamental para alcançar o sucesso. 
James Barclay, chefe da Jaguar (Foto: Jaguar)

"No fim do dia, a FE é um campeonato onde o piloto faz a diferença. Você paga pelo que pretende ter e atingir: se o melhor piloto vale a grana para ganhar, você paga", disse ao 'e-Racing365'.

"Eu vejo problemas em potencial à frente porque [a categoria] continua crescendo e crescendo rápido. Vai ficar muito caro? Precisamos esperar, eu acho. É muito cedo para fazer essa afirmação", seguiu.

 
Outro traço importante do aumento de preços está no calendário específico da FE, que disputa temporadas entre dezembro de um ano e julho de outro. Comprometer-se com a categoria significa ficar indisponível – ou com disponibilidade limitada – para aceitar propostas de outras frentes.
 
"De um lado há um risco de que pode se tornar mais difícil para algum piloto correr dois campeonatos ao mesmo tempo, porque não dá para se comprometer. Você arrisca fechar portas em outro campeonato porque se compromete muito cedo com a FE. Com certeza o mercado de pilotos ficou muito mais complexo", encerrou. 
A largada do eP de Santiago (Foto: Nissan)

James Barclay, que é chefe da Jaguar e também presidente da Associação de Equipes e Fábricas da FE, admitiu a possibilidade de que a escalada dos salários dos pilotos se mostre um problema sério para o orçamento controlado da categoria. 

 
"Todo mundo sabe que é algo que precisamos ter cuidado para não sair do controle da estrutura do campeonato. As coisas precisam ser modificadas no ritmo correto, então desse ponto de vista pode ser preocupante, sim. Temos que olhar sempre pela saúde de longo prazo do campeonato em todas as áreas", comentou. 
 
A temporada 2018/19 da FE segue no dia 10 de março, direto de Hong Kong.
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