FE vai demorar 3 meses para divulgar campeão da Extreme E: objetivo é “ser como Game of Thrones”

Presidente da Fórmula E, que tem as rédeas da recém-criada Extreme E, Alejandro Agag contou que o campeonato vai acontecer entre janeiro e agosto de 2021. O público e a imprensa, porém, só vão saber o que aconteceu em cinco episódios divulgados entre outubro e novembro para atiçar a curiosidade dos fãs

Como realizar um campeonato de carros de corrida e divulgar o vencedor apenas meses após a decisão? É uma tarefa difícil, mas extremamente o que a Fórmula E pretende para a nova Extreme E, categoria de SUVs elétricos lançada no fim de janeiro e que vai para a pista em janeiro de 2021. O interesse é transformar o formato de documentário em um 'Game of Thrones' do esporte, segundo o chefão Alejandro Agag.
 
O espanhol presidente da FE revelou que o calendário da primeira temporada da categoria vai durar de janeiro até agosto de 2021 – as corridas serão sempre em locais de condições extremas afetados pela intervenção humana: no Ártico, deserto do Saara, Himalaia, Amazônia e ilhas no Oceano Índico.  
 
De acordo com Agag, no entanto, ninguém vai saber os resultados do campeonato neste período de janeiro até agosto de 2021. Na verdade, as provas vão ao ar num formato de um episódio dividido em cinco, uma parte por semana, numa forma "meio documentário, meio esporte" entre outubro e novembro de 2021, quando a FE estiver de férias. Três meses após o fim do campeonato, portanto. 
A Extreme E foi apresentada nesta quinta-feira em Londres (Foto: Divulgação)

"Vamos começar em janeiro e terminar em agosto, editar, e queremos lançar após o fim da temporada da FE, então provavelmente entre outubro e novembro de 2021 com um episódio por semana", revelou ao site norte-americano 'Motorsport.com'.

 
"Dez episódios vão mostrar quem chega nas finais e quem ganha. Temos que manter esse segredo, todo mundo assina um contrato, mas durante o ano vamos colocar material no ar quase todos os dias. Vai ser muito material, vamos atiçar muito a curiosidade. Vai ter muito da questão do documentário. Para a ciência de tudo isso vamos contar com cientistas", disse.
 
O objetivo é fazer com que os fãs salivem. Funciona com a série dos dragões, ao menos. 
 
"Vamos manter isso rolando e um pouco das corridas, especialmente os grupos, mas [para ver] as finais vamos todos ter de esperar pelos episódios. As pessoas se viciam com Game of Thrones a cada ano, ano e meio ou dois anos, então queremos nos tornar algo como isso. Chamamos e docu-esporte – algo no meio do caminho entre esporte e documentário", seguiu.
 
Questionado sobre como a imprensa vai poder cobrir o campeonato, Agag deixou evidente que ainda não pensou no assunto.
 
"Vocês provavelmente não vão poder cobrir ao vivo, vai ser difícil. Temos que encontrar uma forma, poque não queremos entregar os resultados até que divulguemos o último episódio. Ao mesmo tempo, queremos que os fãs do esporte a motor se envolvam e curtam a tecnologias. Então essa questão é muito boa, e não tenho resposta para ela, nesse momento", encerrou. 
 
Na FE, até lá, há muito vida. E corrida neste sábado, 16 de fevereiro, na Cidade do México.
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