Fórmula E dá aprovação final e avisa equipes que Pit Boost estreia no eP de Jedá
Com Pit Boost, que passou por último teste de FIA e Fórmula E no México, categoria volta a ter pit-stops obrigatórios após sete anos
Os pit-stops obrigatórios estão finalmente de volta à Fórmula E. Após sete anos, as paradas voltam a figurar como habitué de pilotos e equipes a partir da próxima etapa, o eP de Jedá, primeira prova na mesma pista saudita que recebe a F1. A categoria já informou os times sobre a decisão de fazer estrear o sistema do Pit Boost.
A prova saudita era a meta da Fórmula E há bastante tempo para estrear o Pit Boost após três anos de expectativa, mas a confirmação dependia dos últimos testes. Após a pré-temporada, o último ensaio ficou para o começo das atividades na Cidade do México e a sensação final foi de aprovação. Assim, com aval da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), a Fórmula E resolveu ir adiante. A informação é do portal inglês The Race.
A última vez que as corridas da categorias tiveram obrigatoriedade de pit-stops foi no fim da temporada 2017/18, quarta da história e última em que os carros Gen1 foram utilizados. Naquela época, não havia algo como o Pit Boost, um sistema de recarga. O que havia era uma troca de carros, uma vez que as baterias não contavam com autonomia para corridas completas. Cada piloto tinha dois carros disponíveis.
É bom destacar que os pit-stops não estavam proibidos na categoria, só não eram obrigatórios. E, assim, são raros: só entra quem tem problema muito grave que precisa de reparo.

Durante os dois últimos anos, a Fórmula E trabalhou ao lado da Fortescue Zero, fornecedora única de baterias da categoria, para desenvolver o Pit Boost. Tanto a tecnologia das baterias quanto os totens de recarga, ainda muito caros e de difícil construção. Foram vários testes desde setembro de 2022, inclusive no eP de São Paulo das últimas duas temporadas, até o ensaio no México. Até a pré-temporada e em São Paulo, cada equipe tinha apena um totem para dividir entre os pilotos.
“Os resultados foram positivos, então as 22 cargas foram feitas sem grandes problemas. Houve, se bem me lembro, dois momentos [de dificuldades] que estavam mais ligadas ao equipamento técnico. É positivo”, afirmou Pablo Martino, diretor da FIA para a Fórmula E.
Apesar do campeonato já ter contado com duas etapas, o Pit Boost não chega com atraso em 2025 – apenas realmente no que diz respeito a este ano, já que a ideia era usar o formato desde 2023. Isso porque a Fórmula E utilizará o formato apenas em rodadas duplas, e tanto São Paulo quanto Cidade do México apresentaram somente uma prova. Jedá é a primeira dobradinha da temporada. Nestas ocasiões, uma das corridas sempre terá a novidade e a outra, não. O objetivo é criar variações estratégicas. A transmissão da TV também terá o acompanhamento de um pacote gráfico de explicação.
A única dúvida que se mantém é em qual das duas corridas, sexta-feira ou sábado, o Pit Boost vai aparecer em Jedá. A Fórmula E ainda não avisou aos times. De acordo com o regulamento da FIA, a categoria tem de avisar até, no máximo, 21 dias antes do evento. Portanto, na semana que vem, dia 22 de janeiro.

“Somos a favor do Pit Boost, mas o que está claro desde o começo é que se trata de um equipamento muito robusto e não podemos ter resultados definidos por falhas de um equipamento ou de um componente em comum”, afirmou ao The Race o diretor-esportivo a Porsche, Thomas Laudenbach, ao falar sobre os temores das equipes.
É importante explicar o conceito. Trata-se de uma espécie de recarga dos carros da Fórmula E, mas que não tem o objetivo de aumentar a vida útil da bateria. A intenção aqui é fazer com que os carros parem no pit-lane por 30s, bagunçando as estratégias, e voltem à pista com duas cargas de 350 kW prontas para uso.
Em cada ativação dessas cargas, além do ganho de 50 kW de potência, os pilotos poderão ativar a tração integral, que aumenta o nível de aderência, permite extrair mais dos pneus, melhora o controle do carro e, consequentemente, gera mais ritmo. Entender em qual momento entrar no pit-lane e quando acionar o dispositivo na corrida será vital para qualquer equipe que quiser usar a tecnologia a favor.
Na semana passada, a FIA fez uma alteração no formato do Pit Boost e liberou uso do Modo Ataque. A ativação passou a ser autorizada a partir da segunda volta das corridas, antes mesmo da ativação completa do boost.
A Fórmula E retorna nos dias 14 e 15, justamente com a primeira rodada dupla da temporada, com corridas no circuito de rua de Jedá, na Arábia Saudita, que substitui a antiga pista de Diriyah. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa do evento e transmite todas as atividades AO VIVO e COM IMAGENS pelo YouTube.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

