Fórmula E garante conversas com “três grandes cidades” para voltar à Índia em 2026
Cofundador da Fórmula E, Alberto Longo garantiu que o retorno à Índia é uma prioridade da categoria e admitiu que as conversas estão em andamento. Realizado em 2023, o eP de Hyderabad teve a edição de 2024 cancelada depois de problemas na política local
Quarto maior mercado de veículos do mundo, a Índia é um objetivo de “primeiro nível” para a Fórmula E, segundo o cofundador Alberto Longo. Correr no país era um plano claro da categoria no início da era Gen3, e a realização do eP de Hyderabad em 2023 deu a impressão de que a estadia no país seria longa. No entanto, problemas políticos locais causaram a queda da edição de 2024, e não há uma certeza no momento sobre quando a modalidade conseguirá voltar ao país.
Além da importância de ser um dos maiores mercados do mundo, a Índia é casa de duas fabricantes da Fórmula E: Mahindra e Jaguar — que, apesar de ser uma marca inglesa, é parte do conglomerado indiano Grupo Tata. Segundo Longo, entretanto, um retorno pode estar próximo, e a categoria mantém conversas com três grandes cidades para isso.
“A Índia é um mercado de primeiro nível para nós”, garantiu Longo à agência de notícias Press Trust of India. “Estamos trabalhando todos os dias para voltar. Temos conversas com três grandes cidades, é tudo que posso revelar. Há muito interesse por parte da Fórmula E de correr na Índia”, destacou o dirigente.
O eP de Hyderabad aconteceu apenas uma vez, no dia 11 de fevereiro de 2023, e terminou com a única vitória de Jean-Éric Vergne pela DS Penske. A corrida ficou marcada pelo drama da Jaguar, que viveu um desastre em sua estreia na Índia e viu Sam Bird bater no companheiro Mitch Evans — que estava cotado para a vitória.
A situação em Hyderabad, porém, se complicou após investigação da Comissão Eleitoral da Índia concluir que o já suspenso Anjani Kumar, diretor-geral da polícia local, violou o código de conduta durante a contabilização de votos do período eleitoral em quatro estados — Telangana, Madhya Pradesh, Chhattisgarh e Rajasthan. Com o congresso no comando, as prioridades locais mudaram e a corrida acabou em segundo plano.
A Fórmula E chegou a afirmar que “não teve outra opção” a não ser notificar as autoridades locais sobre a quebra de contrato e garantiu que iria aplicar as ações jurídicas necessárias.
“Espero que [a volta seja] em 2026”, prosseguiu Longo. “É muito mais difícil organizar uma corrida completamente nova do que retornar a um mesmo local. É por isso que há tanta frustração com a situação em Hyderabad. O evento foi incrível, e precisamos focar em ter um circuito de rua novamente”, explicou.
CEO da Fórmula E, Jeff Dodds também disse que gostaria de fazer uma corrida de rua na Índia, mas não descartou a possibilidade de um circuito permanente e usou a China como exemplo. Para o britânico, o importante é que a categoria consiga voltar a correr no país.
“Estou completamente aberto a um circuito de rua na Índia, mas não rejeitaria um circuito permanente se isso nos der a oportunidade de voltar”, assegurou Dodds. “Voltamos à China com uma corrida em um circuito permanente, mas também adoraria fazer uma corrida de rua na China. A mesma coisa serve para a Índia”, finalizou o CEO.
A Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.
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