Fórmula E volta a Monte Carlo após dois anos em cenário diferente e com Buemi longe do protagonismo

Quando a Fórmula E passou em Mônaco pela última vez, em 2017, os carros eram outros e o cenário era ainda aquele dos primeiros dias onde Renault e Audi lutavam pela dianteira. Sébastien Buemi, vencedor das duas corridas no Principado, está bem longe. Outros oito pilotos já venceram nesta temporada, entretanto, e o campeonato chega a Monte Carlo sem a menor ideia do que será da briga pelo título quando for a Berlim no fim do mês

Até onde vai o campeonato? Com quatro etapas para o fim da temporada está acabando o tempo hábil para que algum piloto desgarre do resto da disputa pelo título. A natureza próxima do campeonato faça com que as previsões sejam absolutamente impossíveis e as mudanças na ponta da tabela de classificação acabem se mostrando inesperadas. Robin Frijns não tinha se aproximado em qualquer momento e acabou com a batata quente nas mãos após Paris. Diferente do que acontece com qualquer tipo de competição, não há aposta pouco arriscada para se fazer nas bolsas de valores da vida. 

 
Mônaco representou antes o fim de um rodízio de vencedores. Foi lá no Principado que o saiu o primeiro vencedor repetido da história da categoria. Sébastien Buemi, na temporada inaugural, quando seis pilotos abriram a disputa com uma vitória cada. Como o eP de Mônaco acontece apenas de dois em dois anos, sempre revezando a data com o GP Histórico, a Fórmula E voltou apenas em 2017 – e novamente Buemi ganhou. O suíço também anotou a pole em ambas as oportunidades – e Lucas Di Grassi terminou as corridas na segunda colocação, enquanto os já defenestrados Nelsinho Piquet e Nick Heidfeld completaram os respectivos pódios.
 
A situação é diferente nesta terceira aparição da categoria em Monte Carlo, bem longe daqueles anos em que a Renault de Buemi tinha um carro dominante e que Di Grassi e Piquet lutavam entre si pelo título e apontavam antiga rivalidade forjada nas pistas do Brasil e da Europa. Buemi, aliás, é um dos pilotos que não venceu na temporada – bem como sua Nissan, que assumiu o posto da irmã Renault nesta atual temporada, segue sem vitórias apesar de ser quem mais bate na trave nas etapas recentes. Até os carros são outros, maiores e mais rápidos, além de funcionarem num formato de corridas completamente diferente e distinto do tradicionalismo exalado pelo Principado.
Le Circuit de Monaco (Arte: Michelin)

Na realidade, aos poucos a expectativa em ver uma briga pelo título direcionar a algum lado dá lugar à tensão para ver quem descola o suficiente para remontar ou aparecer pela primeira vez entre os líderes. A natureza das classificações com ordem proporcional ao campeonato somado à pouca distância na pontuação faz com que uma vitória coloque ao menos 13 pilotos em condições reais de sonhar com um título internacional. 

 
Apenas uma única vez na temporada, é bom ressaltar, um piloto que terminou a prova anterior entre os cinco primeiros colocados do campeonato venceu a corrida seguinte: foi Jérôme D'Ambrosio, logo na segunda etapa do campeonato, no Marrocos. Depois dali, nunca mais os saídos do primeiro grupo classificatório conseguiram partir para uma vitória. 
 
Frijns chega líder a Monte Carlo, é bem verdade, mas um líder estranho numa categoria de ponta internacional. Não pelas qualidades como piloto – ele até venceu na abertura do DTM, no último fim de semana, é habilidoso ao volante -, mas porque está na ponta sem ter sido extremamente regular ou sequer dominante em uma etapa que fosse: em Paris, depois de assumir a liderança após uma sequência de erros e azares daqueles que tinham à frente, administrou com competência o carro na chuva. Mas não brilhou, como não brilhou em momento algum no campeonato. Pode ser campeão, claro, mas não deixa de causar espanto. 
O pneu da Michelin na Fórmula E (Arte: Michelin)

O holandês tem 81 pontos, enquanto André Lotterer marcou 80 até aqui – esse ainda nem venceu, mas anotou a segunda colocação nas duas últimas provas. Perguntassem por aí no começo da temporada, Frijns e Lotterer não seriam apontados como favoritos sequer dentro de suas equipes, respectivamente a Virgin de Sam Bird e a DS Techeetah de Jean-Éric Vergne

 
Atrás dos dois, António Félix da Costa e Lucas Di Grassi têm 70 pontos; D'Ambrosio já marcou 65; Vergne, Mitch Evans e Daniel Abt contam com 62, 61 e 59. Todos esses podem assumir a liderança com uma vitória, ao passo que Bird e Edoardo Mortara, com 54 e 52, voltam ao mix dos líderes no caso dobrarem as vitórias que já têm. Pascal Wehrlein e Oliver Rowland, ambos com 38, e Buemi, que tem 30, estão mais distantes, mas com uma vitória e algum azar para os ponteiros podem voltar à baila. 
 
13 nomes após oito das 13 corridas do campeonato ainda citados como candidatos.
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Corrida: eP de Mônaco
 
Circuito: Circuit de Monaco
 
Extensão da pista: 1.765 km

Curvas: 12

 
Inscritos: 11 equipes, 22 pilotos
 
Calendário (horários de Brasília):
 
 
Sábado, 11 de maio:
2h30-3h15 – FE TL1
3h25-3h55 – eTrophy TL
5h-5h30 – FE TL2
6h45-7h50 – FE Classificação
8h45-9h15 – eTrophy Classificação
9h-9h35 – eTrophy Corrida
11h34-12h30 – eP de Mônaco (45 minutos + 1 volta)
 
Vencedores anteriores:
2015 – Sébastien Buemi, Renault
2017 – Sébastien Buemi, Renault
 
Volta mais rápida: 
Sam Bird, DS Virgin – 53s822, 13 de maio de 2017
 
Último pole-position: 
Sébastien Buemi, Renault – 53s313, 13 de maio de 2017
 
Pneus: Michelin Pilot Sport
 
Previsão do tempo: Dia com sol entre nuvens, 16 – 20ºC
 
TV: Fox Sports (11h)

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