Hamilton vira dono de equipe e lança X44 para primeira temporada da Extreme E

A mais nova competição do esporte a motor, prevista para ter início em janeiro de 2021 com etapa no Senegal, vai marcar também uma nova função para o hexacampeão mundial de Fórmula 1

Lewis Hamilton é o mais novo dono de equipe no esporte a motor. O hexacampeão mundial de Fórmula 1 e líder da temporada 2020 com 47 pontos de vantagem para Valtteri Bottas e Max Verstappen anunciou nesta terça-feira (8) que vai entrar no grid da Extreme E, competição que vai ser disputada com SUVs elétricas em condições climáticas extremas e em lugares distantes do planeta, com a nova equipe X44. Desta forma, o britânico de 35 anos consolida ainda mais a sua posição em defesa da preservação do meio ambiente e pela sustentabilidade.

A X44 fecha o grid da primeira temporada da competição e se une a Techeetah, Abt, Andretti/United Autosports, Ganassi, HWA, QEV e Veloce como equipes já confirmadas para 2021.

A proposta da nova Extreme E é ser um “novo conceito esportivo e de entretenimento. As corridas vão ser disputadas em todos os ambientes mais remotos do mundo para demonstrar a performance dos SUVs elétricos em condições climáticas extremas, além de destacar o impacto que a mudança climática já está tendo em tais ecossistemas”. Entre as novidades da categoria está a igualdade de gênero, com as equipes tendo de escalar um homem e uma mulher por carro inscrito. Nas corridas, serão duas voltas com sistema de piloto e copiloto, com os pilotos trocando de lugares após um giro.

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Lewis Hamilton vai entrar com equipe própria no grid da Extreme E em 2021 (Foto: Divulgação)

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Hamilton salientou que trata-se de “um novo projeto empolgante e vai ser divertido ter uma função diferente. O que é mais atraente, porém, é que a Extreme E não vai só aumentar a conscientização sobre algumas das questões ambientais mais críticas que nosso planeta enfrenta, mas também vai fazer algo a respeito, trabalhando com organizações de caridade locais para deixar um legado duradouro de mudança”.

“Cada um de nós tem o poder de fazer a diferença, e isso significa muito para mim poder usar meu amor pelas corridas, junto com meu amor pelo nosso planeta, para ter um impacto positivo”, continuou o piloto da Mercedes na Fórmula 1.

“Estou ansioso pela participação da equipe nesta nova categoria e acho que é incrível que possamos fazer isso enquanto aumentamos a conscientização sobre a crise climática”, complementou Hamilton, que ainda não anunciou a dupla de pilotos da sua primeira incursão como dono de equipe no esporte a motor.

A nova categoria, que traz um pouco da essência do que foi o famoso Camel Trophy nos anos 1980, é presidida por Gil de Ferran, conta com o envolvimento direto de Alejandro Agag — presidente da Fórmula E e CEO da Extreme E — e também com a participação de dois grandes nomes: o explorador e ambientalista David de Rothschild e o cineasta vencedor do Oscar, Fisher Stevens. A ideia é que a categoria seja transmitida em formato de documentário esportivo.

Agag ressaltou a importância que tem a chegada de Hamilton para uma competição completamente nova e que endossa sua visão pela preservação do meio ambiente e por justiça social.

“Estamos entusiasmados por receber Lewis Hamilton e sua equipe X44 à Extreme E. Assim como nós, Hamilton é extremamente apaixonado pelo esporte a motor, mas também compartilha que podemos usar o esporte para destacar assuntos que são vitais para o mundo, como as mudanças climáticas e a igualdade”, comentou o dirigente espanhol.

“Lewis é um dos pilotos mais bem sucedidos de todos os tempos, e estamos todos empolgados para ver como sua equipe X44 vai se desempenhar dentro e fora das pistas sob sua incrível orientação”, complementou.

A abertura oficial da categoria está marcada para os dias 22 a 24 de janeiro de 2021 e vai ter como cenário o singular Lac Rose (Lago Rosa, em tradução livre), localizado a uma hora de Dacar, capital do Senegal. Entre 4 e 6 de março, a caravana da Extreme E compete na Arábia Saudita, em Sharaan, em região desértica. Entre 6 e 8 de maio, a competição vai para o Nepal e corre no Vale Kili Gandaki, o mais profundo do mundo, localizado entre as montanhas Annapurnas e Dhaulagiri, as duas de mais de 8 mil metros de altura.

A Extreme E volta entre 27 e 29 de agosto e parte para outro lugar inóspito: Kangerlussuaq, na Groenlândia. E entre 29 e 31 de outubro, a etapa final da primeira temporada está marcada para Santarém, no Pará, com a categoria pronta para desbravar a Floresta Amazônica.

A Extreme E divulgou o formato de competição com uma classificação geral, semifinais e final. Cada corrida, chamada X Prix, vai contar com duas voltas a uma distância de aproximadamente 16 km. Serão, inicialmente, oito equipes com dois pilotos cada, um homem e uma mulher, completando uma volta cada no carro evento que será realizado em dois dias.  A classificação ocorre no primeiro dia para determinar os quatro melhores times que passarão para a semifinal 1 e os quatro piores vão para a semifinal 2: a Crazy Race.

Na Crazy Race, apenas o mais rápido se garante na final, enquanto a primeira semifinal classifica os três mais bem colocados. A final será disputada pelos quatro que passarem das semifinais e vai coroar o vencedor de cada uma das etapas. Foi anunciado também o recurso Hyperdrive, que dará um aumento de velocidade à equipe que fizer o salto mais longo no início de cada corrida. O poder do Hyperdrive pode ser usado por essa equipe em qualquer ponto da prova.

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