Conta a história que Connor MacLeod é um guerreiro originário das Terras Altas da Escócia, membro de uma linhagem de guerreiros que podiam desfrutar de vida eterna e que só morriam caso fossem decapitados. MacLeod viveu quase 500 anos até que, em 1985, o arquirrival foi atrás dele em sua nova morada, Nova York, para desafiá-lo. A história rendeu o filme 'Highlander – O Guerreiro Imortal', que se tornou um cult do cinema de ação e rendeu uma subsequente franquia nas telonas e na TV.
É impossível evitar que Di Grassi chegue com chances de título na semana derradeira da categoria. Desde a primeira temporada, jamais aconteceu. Duvida?
Highlander – O Guerreiro Imortal (Foto: Reprodução)
Na temporada 2014/5, Di Grassi foi para a rodada dupla Londrina 15 pontos atrás do líder, Nelsinho Piquet; na 2015/6, por outro lado, liderava com 1 tento de frente para Sébastien Buemi; na 2016/17, estava 10 pontos atrás e foi campeão; na 2017/18, após o começo ruim, não tinha mais chances de ganhar o campeonato de Pilotos, mas estava na briga pelo de Equipes – que conquistou. A etapa final da Fórmula E foi significativa para Lucas em todas as temporadas.
Desta vez, a situação é complicada. Di Grassi é o vice-líder do campeonato, mas está
32 pontos atrás de um
Jean-Éric Vergne que cresceu na reta final da temporada. O mesmo pode ser dito da DS Techeetah do francês, que foi ao pódio nas cinco últimas etapas, e tem uma vantagem de 43 tentos para a Audi no campeonato de Equipes. São, ao todo, 58 pontos em jogo para cada piloto e 94 para cada equipe.
As chances estão lá, mas são complexas o suficiente para que o piloto que mais foi ao pódio (29 vezes) e mais somou pontos (681) na história da Fórmula E seja um franco-atirador. Contra Di Grassi está a pista. As duas vitórias do piloto da Audi foram nas pistas com características mais semelhantes a um autódromo:
na Cidade do México, onde de fato a corrida acontece numa pista fixa,
e em Berlim, no amplo traçado do aeroporto aposentado de Tempelhof.
Lucas Di Grassi (Foto: Audi)
O segredo para Di Grassi está nos treinos de classificação. Caso consiga escapar do temido Grupo 1 para a Superpole de preferência sem a companhia de Vergne, a chance de seguir vivo para o domingo é considerável. Nessa situação atual, tudo que Di Grassi – ou qualquer um dos que ainda estão matematicamente na disputa – pode pensar em fazer é terminar o sábado vivo para lutar outro dia. Na melhor das hipóteses, repete no campeonato o que fez no México: ultrapassou o rival na linha de chegada.
E se tem algum especialista em sobrevivência na Fórmula E, esse alguém é Lucas Di Grassi.
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