Massa espera que FIA impeça Fórmula E de tomar “caminho da F1” de influência eletrônica

Felipe Massa gostaria que a FIA atuasse de forma firme para evitar que a Fórmula E entre no caminho dos aparatos eletrônicos que comecem a ter influência nas decisões dos pilotos nas corridas da categoria dos bólidos elétricos

Felipe Massa é um dos pilotos que mais se coloca a favor da ideia de que a Fórmula E deve se afastar dos aparatos tecnológicos que diminuam a importância do trabalho dos pilotos dentro dos carros da categoria. Após a primeira temporada dele no campeonato dos carros elétricos, foi direto na opinião de qual deve ser a direção tomada pela categoria.
 
O veterano piloto da Venturi falou que a FIA tem mais poder de ajustar regras da categoria na Fórmula E que na F1, por conta da força das equipes. Entre os carros elétricos, a força das escuderias não é sequer perto de tão grande quanto na F1.
 
"Creio que é algo [o conjunto de regras] que a Fórmula E tem diferente da F1 é que precisa continuar lutando e trabalhando nessa área. Se você deixar muita coisa em aberto, grandes equipes podem fazer um trabalho melhor que as pequenas. É por isso que eu acho que a FIA precisa controlar isso. O bom é que na Fórmula E a FIA pode realmente mudar as coisas", disse ao site inglês 'E-Racing365'.
 
"Com a F1, a FIA não pode mudar no tempo certo, porque os times têm muito poder – na FE, têm muito menos poder. E isso é uma boa coisa", seguiu.
Felipe Massa (Foto: Venturi)

A FIA já anunciou um pacote de mudança das regras esportivas para a temporada 2019/20: o objetivo é aumentar o jogo estratégico com mais importância do gerenciamento de energia, mas nada com relação à tecnologia. O controle de tração, por exemplo, é proibido na FE, mas suspeitas circularam no paddock durante a última temporada de que algumas equipes usavam sistemas que imitavam o efeito.

 
Para Massa, "não é positivo" começar a contar com muitos aparatos eletrônicos que tenham influência nas corridas.
 
"Acredito que se começar a ter muita coisa eletrônica não é positivo. Creio que sempre precisam tentar buscar o lado mais manual, que deixa a vida do piloto mais complexa. O que eu vejo parece ser, mais ou menos, o plano que a FIA tem", comentou.
 
"Quando você pensa que o controle de tração ou outros sistemas de frenagem são OK, assim como tantas outras coisas, o carro passa a trabalhar mais com os engenheiros que com os pilotos. E, aí, os pilotos precisam entender o que o engenheiro disse sobre pilotar, por causa da parte eletrônica. É a direção da F1", finalizou. 
 
A próxima temporada da FE começa no fim de novembro. 

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