Massa estreia entre altos e baixos, Piquet vê fim da linha e Nasr bate e volta
Felipe Massa, Nelsinho Piquet e Felipe Nasr, os três outros brasileiros que disputaram a temporada da Fórmula E, viveram dias distintos. Massa cresceu a olhos vistos durante o ano, Piquet viu acabar o crédito do título e Nasr deu uma rápida passada pelo campeonato dos bólidos elétricos

Massa ingressou numa Venturi em reformulação e em busca de crescer no campeonato. Ao seu lado, Edoardo Mortara, indo para o segundo ano dele na equipe e na categoria. Apesar dos carros serem novos neste ano e de Massa ter participado desde o começo do desenvolvimento, Mortara lidava há mais tempo com a tecnologia. A diferença foi vista sobretudo no começo do ano.
A Venturi demorou três corridas para pontuar, mas, após as primeiras quatro etapas do campeonato, a diferença abria: Massa tinha dois pontos, Mortara 27. Na etapa seguinte, Mortara venceu a corrida em Hong Kong. Naquele momento, com 52 pontos e apenas dois atrás do líder, Mortara pensava em título. Massa ainda buscava entender carro e tecnologia.

Embora a conquista do campeonato tenha ficado muito longe da Venturi, apenas oitava colocada no campeonato de Equipes, é a melhor temporada da equipe monegasca. Massa faz parte disso. A Venturi nunca fizera mais que 77 pontos numa temporada, algo que conseguiu na jornada 2015/16. Naquela oportunidade, em dez corridas contra 11 de agora. A Venturi já havia cruzado os 77 pontos desde Mônaco – nona prova.
Quem esperava Massa entrando na Fórmula E e automaticamente na briga do título, menosprezou uma tecnologia completamente diferente e um momento de transição para o Gen2 e uma manobra que complicava ainda mais a tocada. E também a realidade da equipe, que jamais lutou na ponta da tabela e sequer tinha vitórias até Mortara em Hong Kong. A Venturi quer crescer e Massa, perto de casa, espera evoluir junto. Pensar em título, até no futuro próximo, parece ser forçar uma barra desnecessária de quem entende que há um caminho bem diferente a ser traçado.

Piquet viu acabar o crédito pelo que fez na primeira temporada da Fórmula E. Numa breve retrospectiva: após ser o campeão da abertura, Piquet renovou com a NIO (antes China e NextEV) e contou com um companheiro fixo para os dois anos seguintes, Oliver Turvey. O inglês foi melhor que o brasileiro na segunda temporada e pior na seguinte, as duas por diferenças bem pequenas e sempre fora do top-10 do campeonato. Mas Piquet seguiu com crédito e foi chamado pela Jaguar.

Nasr viveu uma participação estranha, para dizer o mínimo. A Dragon escalou José María López e Maximilian Günther para a temporada, mas sempre com a ressalva de que o piloto alemão tinha um contrato temporário e não se estendia até o fim, ao menos inicialmente. Günther não pontuou, de fato, nas primeiras três etapas. López, por sua vez, fez um ponto.
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