Mercedes revela “inconsistência” em freios de Vandoorne na classificação de Marrakech

Stoffel Vandoorne teve desempenhos totalmente diferentes na classificação e na corrida do eP de Marrakech, e Mercedes explicou que problema nos freios fez com que belga largasse em último

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A vida de Stoffel Vandoorne em Marrakech começou a ficar difícil ainda na classificação, quando o piloto da Mercedes encontrou um carro que se comportou completamente diferente do que havia sido no treino livre e deixou o belga em último em seu grupo. Após a bela corrida de recuperação do belga, a equipe alemã explicou o problema: a inconsistência nos freios do carro de Vandoorne, que impediram que o piloto encontrasse a temperatura ideal e sofresse com fritadas a todo instante.

“Stoffel [Vandoorne] estava realmente sofrendo todas as vezes em que pisava no pedal do freio”, explicou Gary Paffett, gerente da Mercedes, ao portal inglês The Race. “Não é a primeira vez que acontece, mas certamente dessa vez pareceu nos impactar mais do que em outros lugares. Temos que encontrar um jeito de gerenciar isso melhor”, afirmou.

Apesar da surpresa com a aparição do problema em plena classificação, a imprevisibilidade dos freios é um assunto pertinente a todos os pilotos do grid da Fórmula E, que em algum momento sofrem com a inconstância de temperatura. Vale ressaltar que a frenagem é um dos pontos mais importantes da pilotagem na categoria, já que é neste momento que o carro recarrega a maior parte de sua energia.

“Não é o caso de acontecer em apenas um conjunto de freios, nós temos vários conjuntos para usar ao longo do ano e chegamos a esse ponto da temporada, em que ainda estamos tentando encontrar os que gostamos”, salientou. “Assim, podemos chegar no fim de semana com o conjunto mais consistente. É um desafio. Mas temos algumas ideias e vamos chegar em Nova York com um plano. E espero que com freios mais previsíveis para ele”, ressaltou.

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Apesar da incômoda 20ª posição na largada, Vandoorne escalou o pelotão e terminou em oitavo (Foto: Mercedes)

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Com o problema, o então líder do campeonato precisou se contentar em sair da última posição em uma categoria conhecida pelo equilíbrio e pela dificuldade de se escalar o pelotão. Ainda assim, Vandoorne foi galgando posições ao longo da disputa, evitando se envolver em incidentes, e conseguiu terminar com o oitavo lugar — que ainda rendeu mais quatro valiosos pontos na briga pelo título.

“Estou um pouco em dois estados de espírito”, admitiu Vandoorne. “Por um lado, estou frustrado porque deveríamos estar bem mais acima no grid depois dos problemas que encontramos durante a classificação. Por outro lado, é uma limitação de danos novamente vindo da parte de trás”, reconheceu.

Por fim, Vandoorne soltou uma leve cobrança para a Mercedes e afirmou que não é aceitável sentir esse tipo de problema logo na classificação — e ainda mais em um estágio crucial do campeonato. O forte calor de Marrakech acabou sendo positivo para o belga, que aproveitou o gerenciamento correto das circunstâncias para ganhar posições no grid.

“Entramos na classificação e os freios estavam muito piores e impossíveis de fazer uma volta”, criticou. “Nós simplesmente não podemos permitir que isso aconteça, especialmente em um campeonato onde cada ponto é super importante. Se houve uma corrida com possibilidades, acho que foi essa: com o calor, o pneu, o gerenciamento da bateria, tudo, e acho que realmente maximizamos tudo”, encerrou.

A Fórmula E retorna daqui a duas semanas, com a rodada dupla do eP de Nova York programada para acontecer nos dias 16 e 17 de julho.

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