Evans admite que derrota para Bird “estava na mente” no fim do eP de São Paulo: “Déjà vu”
Depois de ser derrotado por Sam Bird na edição anterior do eP de São Paulo, Mitch Evans se encontrou em situação parecida na abertura da Fórmula E 2024/25. Em conversa com o GRANDE PRÊMIO, o piloto admitiu que o momento voltou à mente na reta final da prova
Vencedor da primeira corrida da temporada 2024/25 da Fórmula E, Mitch Evans teve um desempenho histórico em São Paulo. Depois de largar em último, o neozelandês escalou o pelotão e aproveitou todo o caos no Anhembi para estabelecer um novo recorde, tornando-se o primeiro a triunfar iniciando abaixo da 15ª posição. E uma lição aprendida com a derrota na última edição foi importante para o sucesso.
Na última vez que a Fórmula E havia corrido no Brasil, em março, Evans teve a vitória tirada na penúltima curva da última volta, quando Sam Bird atacou por fora e conseguiu a ultrapassagem. Após a vitória, Mitch foi questionado pelo GRANDE PRÊMIO se a derrota deixou algum aprendizado para a edição de dezembro, e a resposta foi positiva.
“Sim, isso estava definitivamente na minha mente, porque me pareceu uma circunstância muito semelhante. A única coisa que me deixou confiante foi o fato de que minha bateria não estava descarregada dessa vez. Ano passado, minha bateria estava muito quente. Acho que estava perdendo quase 100 kW de potência e tive uma falha de ignição, o que facilitou bastante a ultrapassagem dele”, explicou.
“Esse ano, não tive isso. Então, eu sabia que, desde que tivesse energia suficiente, conseguiria segurar Da Costa. Mas, na última volta, você não sabe se o seu adversário tem um pouco mais de energia para usar ou não. Então, eu sabia que a situação estava praticamente igual, por isso consegui me segurar naquela curva”, disse.

Apesar de ter concluído o objetivo, Evans reconheceu que a situação não foi fácil na reta final da corrida. Com António Félix da Costa muito próximo, o piloto relembrou o acontecimento da prova anterior e precisou se manter atento o tempo todo.
Por fim, Evans ainda destacou o fato de que, não fosse a derrota para Bird, teria sido o vencedor de todas as corridas já disputadas pela Fórmula E no Brasil. Depois de faturar a primeira, em março de 2023, o neozelandês foi segundo e, agora, primeiro mais uma vez.
“Mas as últimas quatro ou cinco voltas foram bastante estressantes, porque obviamente sabemos que o trem de força da Porsche é muito forte em termos de energia. E nas corridas, Da Costa é muito inteligente e muito, muito bom. Por isso, tive de ser igualmente esperto e colocar o meu carro nos lugares certos”, admitiu.
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“Então, para responder à pergunta: sim, isso estava em minha mente e, quando me aproximei da penúltima curva, sabia que estava seguro. Mas ao descer a reta, tive pequenos sinais de déjà vu. Felizmente, tudo aconteceu do jeito que eu queria. E sim, foi bom aprender com o ano passado. Mas é uma pena, porque eu poderia ter obtido três vitórias seguidas em São Paulo e cheguei muito perto disso”, finalizou Evans.
A Fórmula E 2024/25 volta a acelerar nos dias 10 e 11 de janeiro do próximo ano, com o eP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, para a segunda etapa do calendário. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa do evento e transmite todas as atividades AO VIVO e COM IMAGENS pelo YouTube.

