Evans completa reação incrível e vence no caos da Fórmula E em São Paulo. Wehrlein capota

A Fórmula E entregou de tudo na abertura da temporada 2024/25, nas ruas brasileiras. Mas nada foi mais improvável do que a reviravolta no fim de semana de Mitch Evans. Depois dos problemas nos treinos, o piloto da Jaguar largou na última posição, mas conseguiu uma grande reação em meio ao caótico eP de São Paulo e venceu a primeira etapa do campeonato.

Evans, que tinha perdido o último eP de São Paulo na última volta, agora precisou segurar os ataques de António Félix da Costa nos últimos giros. Antes disso, porém, teve paciência em meio a bandeiras amarelas, entradas do safety-car e até mesmo duas interrupções da corrida.

Em uma dessas bandeiras vermelhas, o pole-position Pascal Wehrlein foi atingido por Nick Cassidy na saída da chicane da reta oposta, decolou de lado no muro e acabou capotando. Apesar do grande susto, o alemão da Porsche saiu sem grandes ferimentos.

O pódio ainda teve uma grande zebra em São Paulo. O novato Taylor Barnard, da McLaren, ganhou sobrevida após uma punição por excesso de potência no carro, guardou energia e terminou na terceira colocação, logo à frente do companheiro Sam Bird.

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Edoardo Mortara foi o quinto colocado, seguido por Norman Nato, Nyck de Vries, Sébastien Buemi, Dan Ticktum e Jean-Éric Vergne no top-10. O brasileiro Lucas Di Grassi abandonou de maneira precoce e não pontuou novamente no Anhembi.

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A Fórmula E 2024/25 volta a acelerar nos dias 10 e 11 de janeiro do próximo ano, com o eP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, para a 2ª etapa do calendário. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa do evento.

Confira como foi o eP de São Paulo da Fórmula E 2024/25:

O sol finalmente apareceu com tudo em São Paulo e elevou muito as temperaturas no circuito do Anhembi e espantou qualquer possibilidade de chuva para o evento final. Os termômetros marcavam 34ºC no ar e 53ºC na pista, além de ventos de 19 km/h e umidade relativa de 36%.

A primeira largada foi cancelada por conta de um problema no carro de Robin Frijns, que largaria na 13ª posição. O carro da Envision, com isso, foi retirado do grid e levado para a última colocação, ocasionando um novo procedimento.

A segunda largada teve Oliver Rowland partindo melhor e já assumindo a liderança nos primeiros metros, seguido por Pascal Wehrlein, Maximilian Günther, Jake Dennis e António Félix da Costa. Mais atrás, na chicane da reta oposta, Edoardo Mortara e Norman Nato se tocaram na luta pelo sétimo lugar.

As brigas começaram a partir do giro seguinte, com pilotos poupando o equipamento e gerando as já famosas corridas de pelotão. Jean-Éric Vergne passou por Dennis e rapidamente pressionou Da Costa na luta pelo quarto lugar.

Na segunda volta, o safety-car deu as caras no Anhembi. Jake Hughes levou toque de Sébastien Buemi, perdeu controle na saída da chicane da reta oposta e bateu no muro. Sem conseguir escapar, Nico Müller virou passageiro e acertou a Maserati.

Depois de três giros, a bandeira verde voltou em São Paulo, com Rowland na frente, seguido por Wehrlein, Günther, Da Costa e Vergne. Di Grassi era apenas o 13º. Na relargada, porém, poucas mudanças de posições.

A bandeira amarela voltou logo depois, quando Di Grassi ficou parado na pista, mas conseguiu voltar logo depois. Além disso, destroços ficaram na reta do sambódromo e geraram mais caos em São Paulo.

O ritmo insano da corrida seguiu com tudo. Rowland seguia líder, mas Cassidy pegou o modo ataque e subiu para o segundo lugar, seguido por Günther, Da Costa e Wehrlein. Na oitava volta, foi a vez de Nato, Mortara, Ticktum e Beckmann pegarem a ajuda para ter mais potência.

Ainda na oitava volta, Cassidy passou por Rowland e assumiu a liderança. De quebra, o neozelandês ainda fez 1min13s958, com a melhor volta da prova paulista. No giro seguinte, mais ativações de modo ataque, bagunçando de vez a ordem do pelotão. Di Grassi, na décima volta, recolheu o carro para a garagem e abandonou de maneira precoce o eP de São Paulo.

Cassidy seguia líder, com Nato, Rowland, Dennis e Günther logo atrás. Wehrlein era o sétimo, acompanhado pelo companheiro Da Costa.

A direção de prova decidiu puniu Barnard, Bird e Nato por excederem o limite de potência durante a corrida. Os três pilotos tiveram que passar por dentro do pit-lane, voltando entre 16º e 18º lugares, respectivamente.

Na volta 13, Rowland passou por Cassidy e voltou para a liderança. Dennis era o terceiro, com um recuperado Evans em quarto e Günther em quinto. A dupla da Porsche, porém, seguia em oitavo e nono lugares durante a disputa.

Rowland pegou o modo ataque na volta 15 e seguiu líder, apesar da pressão de Cassidy e Dennis. Maloney também usou a vantagem e ficou na oitava colocação, mas logo superou Günther e subiu para o sétimo posto.

No giro 18, Wehrlein começou a recuperação e passar um a um até subir para o segundo lugar. O alemão, no entanto, se viu 1s2 atrás de Rowland, mas caçando o rival de maneira feroz. Na volta seguinte, porém, foi a vez de Da Costa atacar e subir para segundo.

No momento, porém, Wehrlein assumiu a liderança seguido pelo companheiro e por Mortara. Rowland caiu para quarto depois de pegar o modo ataque. O britânico, porém, rapidamente superou o rival da Mahindra e viu Da Costa tomar a liderança.

A bandeira amarela voltou a pintar em São Paulo porque Dennis passou reto e ficou parado no fim da reta principal. Alheio a isso, Rowland superou a dupla da Porsche e tomou a liderança da prova, seguido por Da Costa, Günther, Wehrlein e Mortara.

Instantes depois, a direção de prova deu bandeira vermelha por questão de segurança e resgate do bólido da Andretti comandado por Dennis. Neste momento, o céu ficou nublado em São Paulo e os carros retornaram para os boxes.

Minutos depois, o safety-car foi à pista com os pilotos atrás. Da Costa reassumiu a liderança após os comissários devolverem a posição, com Rowland em segundo, Wehrlein em terceiro, Günther e Mortara fechando o top-5. A decisão foi de relargada com carros parados na reta principal.

A relargada mostrou novamente a força de Rowland, que reassumiu a liderança. Günther foi para o ataque e dividiu as primeiras curvas com o português e subiu para a segunda colocação. Mais atrás, os pilotos pareciam mais comportados nas ruas de São Paulo.

Na volta 24, Cassidy pegou o modo ataque e caiu para a oitavo posição, logo atrás do companheiro Evans. Bird, Barnard e Nato também aproveitaram a vantagem no mesmo giro.

A estratégia de Cassidy deu certo e o neozelandês foi empilhando ultrapassagens. Na reta principal, passou por Wehrlein e tomou a quarta colocação. Depois, colou em Da Costa e também superou o português, assumindo a terceira colocação e ficando 2s7 atrás do líder.

Ainda na volta 26, Cassidy superou Günther e foi para o segundo lugar, mas a potência extra acabou logo na sequência. A diferença para Rowland, porém, caiu apenas para 2s4. Ao mesmo tempo, Beckmann foi para os boxes e abandonou.

Na volta 28, Rowland abriu a vantagem para 3s8, mas levou punição por excesso de potência e precisou passar pelos boxe, caindo para o 12º lugar. Lá na frente, Evans superou o companheiro Cassidy em reação incrível para assumir a liderança.

A direção de prova deu quatro voltas extras depois do safety-car e da bandeira vermelha. Da Costa, no giro 30, foi para o ataque e superou Cassidy, subindo para segundo. Günther aproveitou o embalo e foi para a terceiro lugar.

Na mesma volta, mais drama no Anhembi e nova bandeira vermelha. Wehrlein forçou passagem na chicane e tocou em Cassidy, que jogou Günther no muro. Na saída da curva, o piloto da Jaguar ainda bateu no rival da Porsche, que ficou de lado e capotou na reta oposta da pista paulistana.

Depois de mais alguns minutos de pausa, a direção de prova optou por largada em movimento para os últimos quatro giros em São Paulo. Na relargada, Evans manteve a liderança, apesar da pressão de Da Costa. Barnard seguiu em terceiro, seguido por Bird e Mortara.

Na volta 33, Da Costa forçou na chicane da reta oposta, mas sem sucesso. O português se movimentava de um lado para o outro pressionando o piloto da Jaguar, mas sem sucesso para alcançar o triunfo no Anhembi. Com isso, a dupla da McLaren se aproximou rapidamente.

Na última volta, Da Costa seguia pressionado Evans , mas o neozelandês travou as ruas de São Paulo. Barnard, mais atrás, perdia folego na luta pela vitória, assim como o companheiro Bird.

No fim, Evans segurou no braço e conquistou uma improvável vitória para a Jaguar na abertura da temporada. Da Costa e Barnard fecharam o pódio em São Paulo.

Fórmula E 2024, eP de São Paulo, Resultado Final:

Pos	Carro	Piloto	Equipe	Diff
1	9	M EVANS	Jaguar	35 Voltas
2	13	AF DA COSTA	Porsche	+ 0.384
3	5	T BARNARD	McLaren	+ 0.844
4	8	S BIRD	McLaren	+ 1.158
5	48	E MORTARA	Mahindra	+ 1.800
6	17	N NATO	Nissan	+ 2.174
7	21	N DE VRIES	Mahindra	+ 2.640
8	16	S BUEMI	Envision	+ 2.997
9	33	D TICKTUM	Cupra Kiro	+ 3.683
10	25	JE VERGNE	DS Penske	+ 4.216
11	2	S VANDOORNE	Maserati	+ 4.779
12	7	M GÜNTHER	DS Penske	+ 5.093
13	22	Z MALONEY	Lola	+ 6.212
14	23	O ROWLAND	Nissan	+ 11.385
15	37	N CASSIDY	Jaguar	+ 1 volta
16	1	P WEHRLEIN	Porsche	Abandonou
17	3	D BECKMANN	Cupra Kiro	Abandonou
18	27	J DENNIS	Andretti	Abandonou
19	11	L DI GRASSI	Lola	Abandonou
20	55	J HUGHES	Maserati	Abandonou
21	51	N MÜLLER	Andretti	Abandonou
22	4	R FRIJNS	Envision	Não Largou

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