Cassidy diz que Nissan “deixou Jaguar para trás” na Fórmula E: “São a referência agora”
Segundo Nick Cassidy, as mudanças estruturais da Nissan no trem de força catapultaram a equipe japonesa na ordem de forças da Fórmula E. O neozelandês admitiu que o projeto da Jaguar não nasceu bem, mas pregou trabalho e destacou evolução nos últimos meses
A Jaguar fechou a pré-temporada da Fórmula E em Jarama com o melhor tempo registrado no período de testes, anotado por Mitch Evans, mas a expectativa dos felinos é de algum sofrimento no início de campeonato, que começa no Brasil em 7 de dezembro. Segundo Nick Cassidy, que ocupa o outro lado da garagem desde o ano passado, a Nissan deu indícios de um “grande passo à frente” e pode ser em breve a grande referência da categoria.
Vale destacar que, em conjunto com a Porsche, a própria Jaguar tem sido a referência da Fórmula E desde o início da era Gen3, na temporada 2022/23. Desde então, os dois trens de força ganharam os dois Mundiais de Pilotos e Construtores em disputa, seja com as equipes de fábrica ou suas clientes (Andretti, no caso dos alemães, e Envision, para os ingleses).
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“Sendo completamente honesto, nosso carro não começou muito bem. Ainda temos muito trabalho a fazer”, disse Cassidy ao portal alemão e-formel. “A Nissan nos deixou facilmente para trás nos testes. Para mim, eles são a referência agora. Eles realmente deram um grande passo à frente”, destacou.
Antes mesmo do fim da temporada passada, Jaguar e Nissan conduziram testes privados com o Gen3 Evo em Itália e Espanha de forma simultânea. Assim, Cassidy conseguiu ter um vislumbre do novo trem de força japonês — que passou por uma série de mudanças de uma edição para a outra. Com o fim da homologação de dois anos, a montadora alterou a concepção do projeto e sonha em consolidar o grande desempenho de 2024 em uma batalha real pelo título.
“Acho que ter testado junto com a Nissan foi um golpe de sorte. Testamos juntos por dois ou três dias, na Itália e na Espanha, antes de Londres [última etapa da temporada passada]. Então, pudemos perceber que tínhamos muito trabalho pela frente”, admitiu.
Cassidy, porém, foca no fato de que a Jaguar conseguiu evoluir bastante nos últimos meses. O neozelandês ainda se vê atrás da concorrência e, segundo ele, será necessário muito trabalho até a abertura do campeonato, em São Paulo, para cobrir essa desvantagem.
“Nas últimas quatro a seis semanas, evoluímos consideravelmente. Trabalhei muito com a equipe para garantir novos desenvolvimentos, mas sabemos que estamos atrás. Então, precisamos continuar trabalhando até São Paulo para diminuir essa distância”, analisou.
Principal piloto da Nissan na Fórmula E desde a temporada passada, Oliver Rowland deu alguns sinais dos motivos por trás da evolução dos japoneses. Segundo ele, os rumores do paddock realmente indicam que o motor do carro vermelho foi o que mais sofreu alterações de uma temporada para a outra.
“Acho que fizemos um bom progresso em alguns dos pontos fracos do ano passado, em que estávamos limitados pela homologação. De acordo com os rumores do paddock, não há grandes mudanças para a maioria dos times em termos de design [do trem de força]. Nós temos, e é grande. Estamos vendo bons resultados, especialmente em termos de corrida e eficiência”, completou Rowland.
A Nissan ainda busca uma recuperação completa na Fórmula E depois de anos de sucesso como Renault. Após absorver a operação na categoria, o time japonês surgiu com um conceito inovador de trem de força duplo para a temporada 2019/20, mas a FIA optou por bani-lo para “controlar gastos”. Obrigada a recorrer à mesma arquitetura que as rivais, a equipe despencou na ordem de forças e começou muitos passos atrás.
Na era Gen3, porém, a Nissan já deu demonstrações claras de força de uma temporada para a outra. Em 2023/24, o trem de força japonês chegou a vencer três corridas: duas na equipe de fábrica, com Rowland, e uma com a cliente McLaren, que triunfou no Brasil com Sam Bird.
Após o fim do período de testes, a Fórmula E começa a se preparar oficialmente para a estreia da temporada, programada para o dia 7 de dezembro, em São Paulo. O GRANDE PRÊMIO fará a cobertura completa do evento, com presença IN LOCO, e do campeonato na íntegra.
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