Opinião GP: Ao contrário de Senna em 1990, Di Grassi não premeditou batida em Buemi. Só não tentou evitar

No GP do Japão de 1990, Ayrton Senna esperou Alain Prost passar para tirá-lo da corrida. Foi uma vingança pelo que ele entendia que havia sido uma batida proposital do francês um ano antes. Lucas Di Grassi não fez isso com Sébastien Buemi. Não planejou vencer o campeonato na primeira curva da corrida em Londres, mas não evitou a batida quando viu que um perigo era iminente

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Vai demorar muito tempo para que o mundo do automobilismo se esqueça do que aconteceu neste 3 de julho de 2016. O dia em que o título da F-E foi definido não por um pega na pista, mas pela corrida contra a sombra. O dia em que Sébastien Buemi precisou vencer sua sombra e um relógio para se tornar campeão. E a batida de Lucas Di Grassi em Buemi na primeira volta acende uma dúvida clara: Lucas bateu de propósito para ser o campeão com atalhos?

Primeiro, vamos a uma resposta muito clara – e isso foi debatido exaustivamente pela equipe do GRANDE PRÊMIO antes de virar editorial. Di Grassi não premeditou a batida em Buemi. Lucas não largou no Battersea Park com um toque como o do GP do Japão de 1990 na cabeça, atrás de um atalho para sair campeão. Mas não se incomodou em deixar bater quando se viu em situação apertada.

Di Grassi sabia que estava numa situação complicada. Largando atrás das duas e.dams, sabendo que Nicolas Prost faria de escudeiro se necessário fosse e que tinha um carro mais fraco, teria que agir na largada. Era isso ou ver os dois se afastarem e levarem consigo o campeonato. E assim foi. Mergulhou, tentou tirar Prost da frente como deu. Quando conseguiu, encontrou um Buemi que fechou a pista por fora. Sim, as e.dams povoaram toda a pista para evitar um ataque. Sim, Di Grassi poderia ter tirado o pé. Quando notou que um acidente era iminente, tratou de ter certeza que não fosse só dele.

O toque de 89 fez Senna querer se vingar um ano depois (Foto: LAT Photographic/Forix)
Em Suzuka, 1990 – e pegamos este acidente não por aleatoriedade, mas porque é o esteticamente mais parecido -, Senna estava esperando Prost para se vingar em seus meios da situação do ano anterior. Para Ayrton, Prost o havia tirado o título por uma batida deliberada na mesma pista, em 1989. Não há aqui um juízo de valor, apenas uma constatação: ali, houve premeditação.

É a sensação deste lado. Di Grassi não arquitetou bater, mas não se incomodou também. Teria sido o campeão caso Buemi não tivesse dada extrema sorte e ficasse de frente para a pista. E aí, foi fazer o que dava. Tentou na pista, com a volta mais rápida, mas era evidente que a equipe francesa bateria a marca. Então, como dito por Buemi, Lucas tentou entrar na pista em sua frente e evitar que ele marcasse a volta que tentava. Artifícios que sobraram numa briga pelo título que murchou em cinco segundos de prova.

As comparações, então, são óbvias, mas se perdem. Naquela batida em Suzuka, 1990, Ayrton esperava salivando para o encontrão em Prost. Uma premeditação que aqui não houve. Assim como a outra batida do dia, entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton no GP da Áustria de F1. Sem o menor planejamento, Rosberg jogou com suas fichas ao tentar não ser passado e ganhar a prova. Algumas semanas atrás havia sido criticado pela ‘afinação’, então resolveu não afinar. Não deu certo, mas foi uma manobra pontual e totalmente de corrida. Quase romântica.

O polêmico incidente entre Di Grassi e Buemi (Foto: Reprodução/TV)
Lucas não fez uma manobra exatamente de corrida, mas de campeonato. O desenho da situação, a freada e a ocupada de pista inteira das e.dams dá ao brasileiro uma certa guarida. Ele jamais será punido como Michael Schumacher após acertar Jacques Villeneuve em 1997, não caçou alguém, mas deixou bater. Podia tê-lo dado o campeonato e aberto um mundo de polêmica, mas o fez perder. O esporte tem disso, onde o melhor piloto do campeonato aceita, ainda que por um milésimo de segundo, que talvez a temporada precise ser ganha na barreira de pneus e não na pista.
Se houve um Senna x Prost na corrida do sábado com Bruno e Nico, o domingo viu apenas a imagem de Alain nos boxes de Buemi tentando captar algum tipo de demonstração dele de que já esteve na mesma situação antes. Só que, desta vez, o batido conseguiu bater. Buemi se recuperou e é o campeão.
 
O volante puniu.

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