Por consistência nas punições, Vergne pede comissários permanentes para temporada completa da FE

Jean-Éric Vergne até foi a favor da própria punição no eP de Roma, mas o que incomodou foi o fato de ter ter sido prejudicado pela falta de punições pelo mesmo motivo no México. Por isso, concluiu que a consistência está faltando

Jean-Éric Vergne pediu mudança. O atual campeão da Fórmula E questionou a punição que sofreu no fim do eP de Roma, quando recebeu um drive-through por ultrapassagem sob bandeira amarela de pista inteira – a full-course yellow. Na realidade, Vergne nem questiona a sua punição, mas a falta de consistência dos comissários da FIA para defini-la.

 
Vergne ultrapassou António Félix da Costa durante a contagem para o acionamento da bandeira amarela de pista inteira. No fim da corrida, veio a punição. Mas Vergne carrega consigo um motivo: sofreu ultrapassagens iguais na Cidade do México que não renderam sanções. O que ele quer é padrão.
 
"Max [Günther] diminuiu a velocidade enormemente, então tentei evitar António e, enquanto isso, mesmo indo muito lento, passei por ele. Mas passei ainda durante a contagem regressiva. Existe a primeira contagem, do diretor de prova, e a segunda, de 5s, para reduzir a velocidade a 50 km/h", explicou.
 
"A razão pela qual eu fiz isso é que no México três carros me passaram durante a bandeira amarela de pista inteira antes que a bandeira vermelha fosse chamada. Fui diretamente aos comissários e perguntei: Eles três vão ser punidos? Responderam que não", lembrou.
Jean-Éric Vergne (Foto: Reprodução/Twitter)

"Logo, depois da corrida no México, foi falar com Scot Elkins, o diretor de corridas, e ele me falou que estava tudo bem e que, não fosse assim, haveria uma multa", contou.

 
"Foi isso que eu fiz. Estou de acordo com a punição: não deveria ser legal ultrapassar com o FCY ativado. Mas uma vez que três corridas atrás era OK, então eu fiz. A equipe me disse: 'Tudo certo, pode manter sua posição'. E ao fim da corrida recebi essa punição de drive-through. Cadê a consistência?", questionou.
 
"Depois da corrida, falei com os comissários e expliquei isso e minha discordância sobre o incidente no México, quando não houve sanções. E resposta de um dos comissários foi que não esteve no México", apontou.
 
Vergne isentou os comissários, porém, por conta da dificuldade pela mudança dos comissários a cada corrida. Prefere que sejam os mesmos nomes de forma constante.
 
"Sim, porque é como se pilotos novos entrassem a cada corrida. O sistema funcionou bem, mas neste ano está difícil, muito difícil de julgar, as pistas são pequenas, estreitas, há muito contato, muitos choques, é complicado acompanhar. É um trabalho muito duro para os comissários. É muita responsabilidade e talvez só eles não sejam suficientes. Não culpo a eles, mas alguma coisa precisa mudar.
 
"Não sou contrário à decisão. Simplesmente sou contra como as coisas estão sendo feitas desde o começo da temporada. Se eu sofri a punição em Roma, eles deveriam ter sofrido no México", finalizou.
 

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