Buemi e Wehrlein se agridem e precisam ser separados por diretor da Andretti em Londres
Pascal Wehrlein cobrou Sébastien Buemi por uma defesa de posição em Londres e o suíço não gostou, dando início a uma discussão que envolveu empurrões e acusações de ambas as partes
Sébastien Buemi e Pascal Wehrlein quase chegaram às vias de fato após a realização da segunda corrida do eP de Londres, no último domingo (31), quando as câmeras já não estavam mais focadas nos pilotos. Os dois travaram uma batalha particular pela sétima posição — na qual o suíço acabou levando a melhor — e não se entenderam após o encerramento da disputa, precisando que um dos dirigentes da Andretti evitasse um confronto físico entre os dois rivais — que chegaram a se empurrar, de acordo com relatos de testemunhas que estavam no local.
A situação teve dois momentos principais, ainda durante a corrida. Primeiro, Wehrlein desafiou Buemi pela sétima posição e passou o piloto da Nissan, que conseguiu retomar o sétimo lugar duas voltas depois. A pressão do alemão seguiu, e Pascal tentou novamente a ultrapassagem quando ambos voltaram a passar pela curva 1.
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No entanto, foi nesse momento que Buemi efetuou uma defesa considerada “tardia” por Wehrlein, que reclamou bastante pelo rádio com a Porsche. Além do entrevero entre os dois, a defesa de Sébastien necessitou que Pascal freasse de repente, o que afetou diretamente Edoardo Mortara — o suíço da Venturi tentava passar por Sam Bird, mas precisou frear diante do carro da Porsche e perdeu o controle. Como resultado, rodou e foi parar fora da pista.
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Depois da corrida, os dois pilotos iniciaram uma discussão após Wehrlein cobrar o suíço antes da pesagem. Neste momento, os dois chegaram até mesmo ao ponto de se empurrarem, no que foram separados pelo diretor-comercial da Andretti, Jim Wright. Além dele, António Félix da Costa e Robin Frijns — que passavam pelo local no momento da confusão — ajudaram a apartar. Após o entrevero, Wehrlein explicou o que disse para despertar a fúria de Buemi.
“Várias vezes em que estávamos perto um do outro na corrida, ele estava se movendo bastante sob frenagem”, disse Wehrlein ao portal inglês The Race. “Esse é um tópico que todos nós pilotos discutimos na reunião [de sexta-feira], o que deveria ser evitado — e claramente, ele não fez isso”, reclamou.
“Depois da corrida, fomos para as balanças e eu disse a ele: ‘se mover sob frenagem é muito perigoso, talvez na próxima vez eu não vá conseguir evitar uma batida caso você continue pilotando assim'”, revelou. “Eu não sei o que aconteceu então, mas ele se sentiu muito provocado e me disse para repetir o que eu tinha dito enquanto chegava muito próximo do meu rosto. Então, eu repeti”, afirmou.
Para Buemi, no entanto, o incidente não foi bem assim. De acordo com o campeão da Fórmula E em 2015/2016, Wehrlein inverteu a situação e o acusou de ter cometido um erro causado pelo próprio piloto da Porsche. Como argumento, ainda lembrou do incidente entre Pascal e Mitch Evans em Marrakech, quando o alemão chegou a empurrar o neozelandês para muito perto do muro de proteção.
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“Honestamente, eu não acho que tenha feito nada de errado”, disse o suíço. “Acho que ele tomou mais decisões erradas, porque no fim, ele que estava sob investigação. Foi meio engraçado, porque quando fomos para a sala de descanso, Sam [Bird] disse: ‘Seb [Buemi] fez um grande trabalho, Pascal [Wehrlein] estava se movendo demais sob frenagem’. Ou seja, é exatamente o contrário do que ele estava dizendo”, comentou.
“Também lembro de [Mitch] Evans em Marrakech, reclamando sobre ele se mover enquanto estava freando”, prosseguiu. “Então, parece que ele faz isso e depois reclama quando acha que outros fizeram”, salientou.
No fim das contas, nenhuma punição foi dada aos pilotos. A direção de prova da FIA considerou o lance como uma defesa justa de Buemi, que teria deixado um “espaço adequado” para Wehrlein. Ao final da corrida, o piloto da Nissan finalizou com o sexto lugar, enquanto o alemão da Porsche foi o décimo após se envolver em batalha de posição com o brasileiro Sérgio Sette Câmara, o nono.
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