Sem eTrophy, Fórmula E planeja novas categorias formadoras: “Até mesmo no kart”

A F1 tem a F2; a Indy tem a Indy Lights. A Fórmula E, por sua vez, não tem um único evento suporte. A gestão do certame tenta mudar isso, abrindo um caminho para jovens pilotos

Acidente do líder, erro do campeão e vitória de Pérez: os melhores momentos do GP do Azerbaijão (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

O fim do Jaguar eTrophy significa que a Fórmula E não tem mais qualquer evento suporte. O certame virou o único a promover o automobilismo elétrico em nível internacional. Isso, entretanto, é apenas temporário: Alberto Longo, um dos fundadores da FE, revelou planos de criar categorias inferiores para formar pilotos.

A proposta de Longo é semelhante à vista na F1 com F2 e F3, ou na Indy com toda a escada do Road to Indy. Como o automobilismo elétrico ainda é algo relativamente recente – a própria Fórmula E realizou sua primeira corrida apenas em 2014 –, ainda não há uma cultura de pilotos crescendo no esporte a motor através de carros elétricos.

“Estamos claramente pensando em ter uma escada inteira até a Fórmula E”, disse Longo, entrevistado pelo site americano Motorsport.com. “Precisamos eletrificar a escada inteira, incluindo até mesmo o kart. Temos uma abordagem muito agressiva, com objetivos claros em mente”, seguiu.

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Pilotos como António Félix da Costa só tiveram contato com automobilismo elétrico na Fórmula E (Foto: FIA Fórmula E)

“É claro também que a Covid significou uma parada completa desses planos, e por uma série de motivos. Mas estamos trabalhando nisso e, tomara, no futuro próximo sejamos capazes de ter diversos campeonatos diferentes abaixo da Fórmula E”, destacou.

Todos os campeões da Fórmula E até aqui foram pilotos que cresceram com o sonho de correr na Fórmula 1. Nelsinho Piquet, Sébastien Buemi, Lucas Di Grassi e Jean-Éric Vergne chegaram lá, enquanto António Félix da Costa foi no máximo piloto reserva. O quinteto só foi ter a primeira experiência com carros elétricos já na FE.

O Jaguar eTrophy tentou preencher essa lacuna, mas não teve muito sucesso. As duas temporadas da categoria suporte foram marcados por grids esvaziados e de qualidade técnica não muito alta. Mesmo assim, a organização da categoria encerrou atividades ao fim de 2020 afirmando já ter alcançado seus objetivos.

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