Sem investidores, Techeetah se ausenta do grid da Fórmula E 2022/23

Única equipe a alcançar o feito de ser tricampeã da Fórmula E, a Techeetah não estará presente no grid da categoria em 2023. As informações são do portal The Race, e encerram um período grande de especulações sobre qual seria o destino do time chinês no ano que vem. Apesar da saída, a intenção dos chefes da escuderia é de retornar à Fórmula E assim que a situação financeira estiver equilibrada.

A Techeetah passa por graves problemas econômicos desde 2019 e acabou “salva” pela DS em 2022. No entanto, o sistema no qual funcionava a parceria deixou de agradar à montadora francesa, que não queria gerenciar as operações da equipe, e o vínculo chegou ao fim. Com a DS oficialmente confirmada como parceira da Penske para o ano que vem, a Techeetah não conseguiu encontrar uma substituta a tempo e não terá como competir em 2023.

Mark Preston, CEO da Techeetah, e Keith Smout, diretor-comercial da equipe, passaram os últimos meses buscando um parceiro disposto a investir no time chinês para os próximos anos. No entanto, sem atrair o interesse de novos investidores, a escuderia mudou seus planos: prefere ficar de fora em 2023 e organizar a estrutura, para enfim retornar em 2024 com uma base sólida.

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“Nós construímos uma equipe fantástica e provamos que com os parceiros certos, podemos conseguir vitórias e títulos com frequência”, afirmou Preston ao The Race. “Agora, temos que nos reagrupar e construir tudo de novo do zero, com novos investidores para o futuro. Acreditamos que a equipe reúne os atributos necessários para escrever um novo capítulo de sucesso na Era Gen3”, completou o diretor-executivo.

A saída da DS, inclusive, representou a partida do francês Jean-Èric Vergne, único bicampeão da categoria — com dois títulos pela Techeetah — e que vai ser titular da Penske em 2023 ao lado do atual campeão Stoffel Vandoorne. Além do piloto, boa parte da equipe também seguiu o caminho da DS e deixou a Techeetah consideravelmente desfalcada.

Vergne, assim como António Félix da Costa, chegou a ser liberado para procurar uma nova equipe no grid antes do início da temporada 2021/2022. No entanto, com todos os assentos fechados, os pilotos disputaram mais uma edição pelo time chinês — e o francês chegou a estar na briga pelo título por boa parte do campeonato. Em 2023, o bicampeão inicia uma nova etapa na DS Penske, enquanto o português fechou com a Porsche para ser companheiro de Pascal Wehrlein.

Por fim, o único problema no plano da equipe de retornar em 2024 diz respeito à sua licença para competir. Os direitos da Techeetah pertencem à SECA, empresa de marketing e gerenciamento esportivo chinesa — no entanto, a ausência em 2023 faria a companhia perder a licença no ano que vem. Assim, não está claro se a permissão continuará valendo mesmo após um ano de hiato.

Antes da estreia do campeonato, com o eP da Cidade do México em 14 de janeiro, a Fórmula E aquece os motores para a realização da pré-temporada, em Valência, entre os dias 13 e 16 de dezembro.

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