Vandoorne sobra em Londres e abre contagem regressiva pelo título da Fórmula E

A contagem regressiva para a coroação de um novo campeão na Fórmula E já começou. E o cronômetro já tem data prevista para zerar: dia 14 de agosto de 2022, em Seul, na última corrida da temporada 2021/2022. E se no ano passado a imprevisibilidade permaneceu até o último suspiro, o final de semana de Londres acabou por encaminhar o primeiro título mundial de Stoffel Vandoorne com uma etapa — duas corridas — de antecedência.

A verdade é que o campeonato sempre indicou uma definição do vencedor apenas na rodada dupla da Coreia do Sul, que fecha a temporada, e realmente teria sido assim se o carro de Mitch Evans não tivesse sofrido uma pane na 35ª volta deste domingo (21) — em um total de 38.

O neozelandês da Jaguar era o postulante ao título que conseguia fazer a melhor recuperação na corrida, após a classificação que viu todos os concorrentes serem eliminados ainda na fase de grupos. No momento em que começou a sentir problemas no carro, Evans era o quarto — uma posição à frente de Vandoorne.

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Naquele momento, a diferença entre os dois no campeonato caía para 23 pontos, o que ainda representava uma tarefa bastante difícil para Evans em Seul — mas ainda assim possível com duas corridas pela frente. Agora, a distância passou a ser de 36 tentos, o que inviabiliza a conquista de Mitch em qualquer cenário que não envolva uma verdadeira tragédia para Vandoorne.

A situação só não foi pior para os dois outros participantes do top-4 porque Evans chegou a vislumbrar uma excelente quarta colocação — após largar em 14º — e viu o carro deixá-lo na mão com apenas três voltas pela frente. Mas tanto Edoardo Mortara quanto Jean-Èric Vergne deixaram Londres sem absolutamente nenhum motivo para comemorar.

O piloto da Venturi sofreu para encontrar o ritmo ao longo de todo o final de semana e não apresentou o ritmo costumeiro nas classificações, o que já trouxe a necessidade de escalar posições em ambas as corridas. Na primeira, foi abalroado por Sam Bird e viu a disputa escorrer pelo ralo ainda na largada; na segunda, simplesmente não teve o ritmo suficiente para buscar um lugar na zona de pontuação após sair em 17º — terminou como 13º colocado, em um dia no qual seu único momento memorável foi uma rodada que lhe fez perder duas posições enquanto estava em décimo.

O francês da DS Techeetah, bicampeão da Fórmula E em 2017/2018 e 2018/2019, vive um final de temporada terrível. Piloto mais regular entre os 22 do grid até chegar a Nova York — pontuando em todas as corridas até ali —, Vergne simplesmente não se encontrou mais e chegou à quarta corrida seguida sem pontos: duas no Brooklyn e as duas da ExCel Arena.

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Ou seja, a vantagem por si só já deveria tranquilizar a cabeça de Vandoorne na chegada à Seul. No entanto, a própria fase do piloto indica que mesmo se o campeonato tivesse mais corridas pela frente, a diferença apenas seria maior: nas últimas duas etapas, que envolveram quatro provas, Stoffel fez 60 pontos — Evans marcou 25, Mortara fez cinco e Vergne não somou nenhum.

Os resultados não mentem, e a tabela também não: o título mundial da Fórmula E deve permanecer na garagem da Mercedes na temporada de despedida do time alemão da categoria — mas dessa vez, do outro lado do box.

Após o caos do eP de Londres de 2021, que encerrou suas chances de vencer o campeonato e gerou consequências que fizeram a taça ir para seu próprio companheiro de equipe, Vandoorne viveu uma verdadeira catarse em 2022 e viu a ExCel Arena lhe trazer um sopro de alívio. A contagem regressiva para o título já está em andamento.

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