“Triste e frustrado”, Bird diz que confusão com calendário “custou um emprego”

Sam Bird está bastante chateado com a confusão envolvendo o calendario da temporada 2019/20 da Fórmula E. O inglês, que vinha participando concomitantemente das temporadas da Fórmula E e do WEC, lamentou o fato de ter perdido o emprego no endurance por conta das incertezas

A confusão com o calendário da temporada 2019/20 da Fórmula E fez algumas vítimas, mas é Sam Bird que deixa mais claro que qualquer outra pessoa o quanto a vida foi atrapalhada pela situação. Com o contrato com a Virgin na Fórmula E como o principal, Bird acabou cortado da AF Corse Ferrari, no WEC.
 
O calendário divulgado no último mês de julho definiu três conflitos de datas entre FE e WEC. Como a categoria dos bólidos elétricos voltou aos escritórios para buscar soluções, mas a demora para que haja uma definição fez o time italiano do endurance ter de se mover, uma vez que as 4 Horas de Silverstone abrem a temporada em setembro.
 
"Estou obviamente chateado por não estar na temporada do WEC com o #71 da Ferrari, especialmente porque são circunstâncias sobre as quais eu não tenho nenhuma influência. Mas entendo totalmente a posição da Ferrari e eles conhecem a situação com a qual eu fui confrontado", afirmou ao site inglês 'E-Racing365'.
 
"Não há qualquer tipo de ressentimento entre nós e vamos continuar tendo a melhor relação para possíveis trabalhos em conjunto. Somente me deixou triste e frustrado, para ser honesto", falou.
A rodada dupla que encerrou a temporada em Nova York (Foto: Jérôme Cambier/Michelin)

Das três datas conflitantes, uma o próprio WEC resolveu, ao adiantar as 6 Horas de Spa em uma semana, para 25 de abril. As outras duas seguem em aberto: a expectativa é que a FE corte a data de dezembro, uma vez que ainda não conta com uma sede, e que mude o dia do eP de Sanya. Mas a mera confusão irrita, já que aconteceu antes, na temporada 2016/17.

 
"O fato do calendário ter demorado tanto para ser confirmado esse ano me custou um trabalho, não dá para esconder esse fato. Era um trabalho que eu amava na Ferrari e onde tinha bastante sucesso. Os problemas com os calendários e conflitos eventuais criaram caos para minha e minha situação [contratual]. É extremamente irritante, dá para imaginar", seguiu.
 
"Não vou apontar o dedo e criticar alguém, porque sei que é difícil ajustar 100% essas questões, especialmente na Fórmula E, que tem pistas de rua. O que é especialmente frustrante é o fato de termos passado por isso há dois anos, com o conflito entre Nova York e Nürburgring", argumentou.
 
"Depois disso todo mundo disse que não aconteceria novamente, que iam conversar e estruturar as coisas para que não se repetisse, e repetiu. Houve, inicialmente, três conflitos e agora estamos no ponto em que estamos a três meses para a primeira corrida e não sabemos direito ainda como vai ser", finalizou.
 
A temporada da Fórmula E está marcada para os dias 23 e 24 de novembro, em Ad Diriyah.

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