Vitórias, seca de pontos e pódios: o caminho de De Vries rumo ao título da Fórmula E

Foi uma temporada de altos e baixos para Nyck de Vries. O holandês começou vencendo corrida, mas enfrentou grande seca de pódios. O importante foi reagir no fim para ser campeão

Mitch Evans, com chances grandes de título, não conseguiu largar e foi atingido em cheio por Edoardo Mortara (Vídeo: Fórmula E)

Nyck de Vries começou a temporada 2020/21 da Fórmula E ainda como um jovem pouco experiente. Seria a segunda temporada na categoria, e vindo de uma primeira sem tantos destaques assim. As expectativas certamente não eram altas demais. Eis que, alguns meses depois, De Vries é nada menos do que o mais novo campeão da FE.

A história começou em Diriyah, na Arábia Saudita. Seria uma rodada dupla, e logo com resultados empolgantes. De Vries venceu a primeira corrida do ano de forma dominante, sem ser ameaçado por rivais. O nono lugar conquistado na corrida 2 foi menos impressionante, mas ajudou a manter o piloto na liderança do campeonato. Estava claro não só que a Mercedes tinha acertado o carro, como também que De Vries estava realizando seu potencial.

Nyck de Vries venceu em Diriyah (Foto: Fórmula E)

Só que o caminho rumo ao título não é tão simples assim. Dois abandonos em Roma, frutos de dois acidentes, deixaram tudo mais nivelado. De Vries passava a ser o quinto colocado em uma temporada que tinha Sam Bird como líder.

Seria necessário algo especial para dar a volta por cima. E especial é certamente uma palavra que combina com o eP de Valência 1, a corrida seguinte do calendário. De Vries largou em sétimo e tinha uma atuação pouco brilhante até as voltas finais. Foi aí que, por um furo no regulamento da FE, a corrida ganhou contornos inacreditáveis: quase todo mundo ficou sem energia quando os pilotos tiveram que dar uma volta a mais do que o esperado. A dupla da Mercedes, que tinha um pouco mais de energia, levou a melhor. Nyck venceu de forma bizarra, mas venceu. 25 pontos na conta, levando à liderança.

Curiosamente, essa seria a última corrida em um bom tempo com De Vries sorrindo de verdade. O holandês foi apenas 16° no segundo eP de Valência. Em Mônaco, abandonou com problemas mecânicos. Na corrida 1 em Puebla, um mero nono lugar. Na corrida 2, batida. Na rodada dupla de Nova York, um 13° e um 18°. O holandês não parecia ter muita salvação, com esperanças de título dependendo apenas do fato de ninguém estar pontuando muito mais.

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Foi só na reta final do ano que De Vries se reencontrou (Foto: Formula E)

Eis que, em Londres, algo mudou. De Vries finalmente conseguiu reencontrar sua boa forma: na corrida 1, um nono lugar no grid foi seguido por uma corrida livre de erros para terminar em segundo, atrás apenas de Jake Dennis. Na 2, uma bela classificação levou ao quarto lugar no grid, permitindo luta direta pela vitória pela primeira vez em muito tempo. Foi por detalhe que Alex Lynn venceu, com o holandês novamente em segundo. Ainda assim, a excelente pontuação permitiu o retorno à primeira posição do campeonato.

O fim de semana em Berlim seria decisivo, com o campeonato ainda plenamente aberto. O começo não foi dos melhores, com De Vries terminando a corrida 1 em 22°. Na 2, o alívio: três rivais – Mitch Evans, Edoardo Mortara e Jake Dennis – bateram ainda nas voltas iniciais, ficando fora de combate. Isso permitia a Nyck a chance de apenas evitar riscos e trazer o carro para casa. Com um oitavo lugar, o título estava confirmado.

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