Barrichello vê reação em ano de FRECA, mas admite F3 distante: “Falta apoio financeiro”
Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, concedida em Interlagos, Dudu afirmou que situação "está bem difícil para mim" em 2023. Justamente por isso, não dá para descartar mais uma temporada na FRECA ou, até mesmo, uma nova aventura
A segunda temporada de Eduardo Barrichello na FRECA (Formula Regional Europeia Alpine) não aconteceu da maneira que o piloto brasileiro imaginava. Ainda assim, em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, o filho de Rubens garantiu que conseguiu evoluir e aprender muito ao longo do ano de 2022.
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Na categoria internacional, o piloto da Arden passou zerado pelas seis primeiras rodadas duplas e só foi pontuar na 13ª corrida da temporada, em Spa-Francorchamps. Mesmo assim, Barrichello conseguiu terminar o campeonato em 11º — com direito à pódio na Bélgica e 51 pontos conquistados ao total.
“Minha temporada foi muito difícil. Tinha expectativas altas no início do ano, os testes na pré-temporada foram muito fortes e, do nada, a equipe inteira perdeu rendimento. Se não me engano, no último teste da pré-temporada em Monza, fomos 1º, 3º e 5º — mas no quali fomos 20º, 22º e 28º”, analisou o brasileiro em Interlagos, onde estava acompanhando a corrida da F1.
“Alguma coisa desandou ali dentro que a gente se desentendeu. Mas, durante o ano, fomos nos reencontrando e, faltando quatro etapas para o fim do campeonato, conseguimos um pódio. Após seis etapas, estava em 29º no campeonato e, depois, acabei em 11º. Foi uma pena que o carro ficou bom só mais tarde e a gente pôde disputar pódio, fizemos pole. Enfim, um ano difícil, mas que aprendi e evoluí muito”, completou Barrichello.
A pedido da reportagem do GRANDE PRÊMIO, Dudu, como é conhecido, detalhou ainda mais o processo de evolução na temporada.
“Acho que foi um pouco de tudo. Dentro da equipe, mudamos completamente o pensamento sobre o carro, basicamente, tivemos de remontá-lo. Lógico que minha adaptação foi um pouco mais fácil. Teve uma química, uma combinação melhor de peças no carro. Sempre me dei muito bem com os engenheiros, com os companheiros de equipe (Arden), que também fizeram parte desta grande evolução, então, acredito que crescemos como time, mesmo”, contou.
Mas o que 2023 reserva para Barrichello? Uma vaga na Fórmula 3, talvez? De acordo com o próprio piloto brasileiro, o sonho é esse — mas a possibilidade real, remota. Justamente por isso, não dá para descartar mais uma temporada na FRECA ou, até mesmo, uma nova aventura.
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“Gostaria de dizer que sim (sobre F3), mas acho que não vai rolar. Falta muito apoio financeiro e, sendo bem sincero, a situação está bem difícil para mim no ano que vem. Mas estou tentando, não vou desistir, acredito que vou conseguir provar que tenho potencial para conquistar alguma pole ou pódio. Estou feliz com a minha performance, fiz tudo o que podia e, agora, é trabalhar fora das pistas para poder voltar em 2023”, garantiu.
“Onde eu puder correr, quero estar correndo. Com apoio financeiro para continuar na Europa, vou seguir. Os Estados Unidos são uma janela também, é um outro caminho que, não necessariamente, é o meu propósito, mas poderia ir também”, revelou, por fim, Dudu.
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