Audi se despede das 12h de Sebring com vitória emocionante de Fässler, Tréluyer e Jarvis. Di Grassi é 2º

A lista de vencedores 12 Horas de Sebring ganhou três novos nomes neste sábado (16). Em uma edição histórica, que marca o fim de uma era na corrida norte-americana, Marcel Fässler, Benoît Tréluyer e Oliver Jarvis levaram a melhor em uma disputa emocionante com o segundo protótipo da Audi, pilotado por Tom Kristensen, Allan McNish e Lucas Di Grassi. Após meio dia de prova, a diferença foi de somente 7s6, sendo que eles chegaram a ficar separados por 1s os 30 minutos finais.

Fässler, Tréluyer e Jarvis serão lembrados como os últimos vencedores da última 12 Horas de Sebring que contou com os protótipos de Le Mans (LMP1) – a partir de 2014, devido à fusão da ALMS com a Grand-Am, esses carros não poderão mais competir na Flórida. O trio também encerra uma fase vitoriosa na história da Audi, que estreou em Sebring em 1999 e, desde então, triunfou 11 vezes na classificação geral.

Fässler, Tréluyer e Jarvis entraram para a história em Sebring (Foto: Facebook/Audi)

O pódio foi completado pela equipe Rebellion, que completou seis voltas a menos que os protótipos da Audi. Nick Heidfeld, Nicolas Prost e Neel Jani são os pilotos.

Fazendo sua estreia como piloto da Aston Martin, Bruno Senna viu seu Vantage V8 ter problemas logo nas primeiras voltas e perder muito tempo no boxes. Assim, ele, Darren Turner e Stefan Mücke terminaram só em oitavo lugar na categoria GT. Na classe PC, Bruno Junqueira liderou boa parte da prova, mas também enfrentou problemas e fechou na quarta posição.

Confira como foi a 61ª edição das 12 Horas de Sebring:

	Parciais:  Largada: Tréluyer mantém liderança, e Delta Wing para nos boxes Hora 1: Equipe de Senna troca radiador. Tréluyer lidera Hora 4: Após punição de McNish, Di Grassi assume carro em 2º lugar Hora 7: Di Grassi e Jarvis se tocam na disputa pela liderança Hora 10: Di Grassi recebe carro na liderança a duas horas do fim
	As imagens das 12 Horas de Sebring

As horas iniciais da prova começaram com o Audi #1, pilotado por Benoît Tréluyer, na liderança. O panorama começou a mudar quando Allan McNish assumiu o lugar de Tom Kristensen no Audi #2 e começou a descontar a diferença.

O crescimento do escocês, porém, foi atrapalhado por uma punição após um toque com o LMPC de Mirco Schultis – os comissários o penalizaram com 60 segundos de stop-and-hold. Já ao volante, Marcel Fässler retomou a ponta.

A partir de então, os dois protótipos adotaram estratégias diferentes, com o #2 tentando compensar o tempo perdido. A briga voltou a esquentar na metade da corrida, quando os dois mais jovens de cada trio estavam na pista: Oliver Jarvis, no #1, e Lucas Di Grassi, no #2.

O brasileiro assumiu a ponta numa manobra em que os dois chegaram a se tocar. Mas Jarvis não vendeu o osso fácil e tratou de recuperar – por alguns minutos, os dois trocaram ultrapassagens e se alternaram na ponta. A alternância acabou quando Tréluyer entrou pela segunda vez no Audi #1.

No início da oitava hora, McNish, de volta ao #2, se aproveitou de uma bandeira amarela provocada pelo forte acidente de Bill Sweedler para tirar Fässler da primeira posição. Essa ordem se manteve até o primeiro pit-stop do segundo turno de Di Grassi, quando o brasileiro, que pilotou por quase 4h neste sábado, ficou mais tempo parado no pit e acabou superado por Jarvis.

Na hora final, com os experientes Tréluyer e Kristensen na pista, a disputa continuou muito próxima. O dinamarquês chegou muito perto de ultrapassar o francês em certo momento, quando os dois estiveram lado a lado, mas um Porsche retardatário acabou deixando o maior vencedor das 12 Horas de Sebring encaixotado e tornou a vida de Tréluyer mais fácil. Dali em diante, ele precisou apenas administrar a vantagem para vencer pela pequena margem de 7s6.

Na categoria LMP2, a equipe Level 5 fez uma dobradinha. Na sexta posição geral, Scott Tucker, Marino Franchitti e Ryan Briscoe ficaram com a vitória na abertura da temporada da ALMS, seguidos pelo mesmo Tucker, Ryan Hunter-Reay e Simon Pagenaud. Tom Kimber-Smith, Christian Zugel e Eric Lux completaram o pódio da classe.

Completando as subdivisões de protótipos, David Cheng, Mike Guasch e David Ostella levaram a PC. A diferença também foi pequena: 15s para Kyle Marcelli, Chris Cumming e Stefan Johansson – que chegou a rodar nas horas finais da prova.

Oliver Gavin, Tommy Milner e Richard Westbrook, de Corvette, desbancaram o favoritismo da Ferrari de Gianmaria Bruni, Olivier Beretta e Matteo Malucelli. A equipe italiana liderou boa parte da prova, confirmando a boa forma apresentada nos treinos livres, mas perdeu a vitória após duas escapadas da pista nas horas finais.

Outra categoria equilibrada e cheia de reviravoltas foi a GTC. O melhor Porsche desta divisão foi de Cooper MacNeil, Jeroen Bleekemolen e Dion von Moltke. Eles bateram Nelson Canache Jr., Spencer Pumpelly e Brian Wong por 35s. O ator de Hollywood Patrick Dempsey foi só o sexto colocado, depois de largar na pole-position. Após as cinco horas de corrida, apenas quatro carros abandonaram, número muito pequeno para uma prova de tamanha dificuldade.

ALMS, 12 Horas de Sebring, final: