Às vésperas do início da temporada 2021 da MotoGP, é hora das aguardadas fichas com cada equipe e cada piloto no grid de 2021
APRILIA
Melhor resultado: 4ª em 2003
Vitórias: –
Poles: 2
Em 2020: 6ª no Mundial de Construtores (51 pontos) e 11ª no Mundial de Equipes (54 pontos)
A Aprilia vai para a temporada 2021 da MotoGP como a única fábrica do grid ainda com direito às concessões previstas no regulamento da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). Embora essas liberdades auxiliem no desenvolvimento, esta está longe de ser uma boa notícia, já que é um reflexo claro do fracasso da casa de Noale nos últimos seis anos.
Desde que voltou à MotoGP, em 2015, a fábrica italiana pouco conseguiu avançar com a RS-GP. 2020 prometia ser um salto importante, mas o resultado ficou aquém da expectativa, apesar dos esforços de Aleix Espargaró, que tradicionalmente é quem leva a equipe nas costas.
No ano passado, a gestão da Aprilia, que hoje é do ex-Fórmula 1 Massimo Rivola, também cometeu uma considerável falha, já que ficou esperando ― e torcendo ― pela absolvição de Andrea Iannone no caso de doping. Quando o Tribunal Arbitral do Esporte deu um gancho de quatro anos, a equipe correu atrás de novatos, mas acabou rejeitada por Marco Bezzecchi, Joe Roberts e Fabio Di Giannantonio. Assim, optou por uma solução caseira, com Lorenzo Savadori sendo escolhido em detrimento de Bradley Smith.
Em um ano de poucas mudanças para a concorrência, a expectativa é de que a Aprilia aproveite as concessões para enfim avançar. Na pré-temporada, Aleix mostrou bom desempenho e celebrou a melhor aceleração, mas segue cobrando melhora na velocidade final da RS-GP.
Aleix Espargaró #41
30 de julho de 1989 (31 anos) – Granollers, Espanha
GPs: 178
Vitórias: –
Poles: 2
Pódios: 1
Na última temporada: 17º
Melhor resultado na MotoGP: 7º em 2014
Aos 31 anos, Aleix Espargaró vai para a quinta temporada com a Aprilia na MotoGP. Com 11 campeonatos na classe rainha no currículo, o catalão inicia mais um ciclo com a casa de Noale com o rótulo de protagonista da equipe, mas ainda pressionando por melhoras em uma RS-GP que ainda não tem condições de fazer pressão na concorrência.
Ano passado, Aleix saiu da pré-temporada animado com a performance do protótipo 1000cc, mas, mais uma vez, acabou se decepcionando. O mais velho dos Espargaró já sinalizou que este deve ser o último contrato na MotoGP. Já passou da hora de a Aprilia dar a ele algo melhorzinho do que nos últimos anos.
Lorenzo Savadori #32
4 de abril de 1993 (27 anos) – Cesena, Itália
GPs: 3
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: –
Na última temporada: 25º
Melhor resultado na MotoGP: 25º em 2020
Já ouviu falar no caso de pilotos com ótimos empresários? Deve ser o que acontece com Lorenzo Savadori. O italiano inicialmente disputaria a vaga com Bradley Smith durante a pré-temporada, mas a Aprilia optou por dar uma chance ao piloto de 27 anos antes mesmo do início dos trabalhos para 2021.
Savadori, porém, não tem um currículo dos mais pomposos. Certamente, nada que seja vistoso o bastante para uma vaga na classe rainha. No Mundial de Motovelocidade, Lorenzo tem 31 GPs nas 125cc, seis largadas na Copa do Mundo de MotoE e outras três corrias na MotoGP. E só. Nenhum pódio, nenhuma pole. Nada.
O piloto de Cesena, porém, tinha a confiança de Fausto Gresini. Veremos como ele vai recompensar isso aí.
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AVINTIA
Melhor resultado: 9ª em 2016 (139 pontos) e 2015 (41 pontos)
Vitórias: –
Poles: 1
Em 2020: 6ª no Mundial de Construtores (51 pontos) e 11ª no Mundial de Equipes (54 pontos)
A Avintia começa 2021 no melhor momento de sua história. Depois de conquistar no ano passado o primeiro pódio e a primeira pole, a equipe de Andorra estreitou os laços com a Ducati e, embora não tenha o equipamento mais atualizado, vai contar com dois pilotos escolhidos a dedo pela casa de Borgo Panigale.
Diferente do ano passado, quando Tito Rabat assegurou a vaga muito por causa de um aporte polpudo do patrocinador, desta vez a escuderia comandada por Raúl Romero tem uma equipe mais equilibrada, com campeão e vice da Moto2: Enea Bastianini e Luca Marini.
No caso de Marini, a parceria promete ser um pouco mais chamativa, já que o jovem italiano vai correr com as cores da VR46, a equipe do irmão Valentino Rossi. Existe, ainda, a possibilidade de 2021 marcar a despedida da Avintia, já que boatos dão conta de que o time do multicampeão da MotoGP vai assumir a vaga.
Enea Bastianini #23
30 de dezembro de 1997 (23 anos) – Rimini, Itália
GPs: Novato
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: –
Na última temporada: Campeão da Moto2
Melhor resultado na MotoGP: –
Um dos três estreantes da temporada 2021 da MotoGP, Enea Bastianini chega embalado pela conquista do título da Moto2 no ano passado. O piloto de Rimini já mostrou talento e terá nas mãos uma boa moto. A Avintia pode até não ser lá a melhor equipe do grid, mas Johann Zarco mostrou no ano passado que é possível obter boas performances com as cores de Andorra.
Luca Marini #10
10 de agosto de 1997 (23 anos) – Urbino, Itália
GPs: Novato
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: –
Na última temporada: Vice-campeão da Moto2
Melhor resultado na MotoGP: –
Luca Marini tem um desafio extra em 2021: provar que não chegou à MotoGP apenas por ser irmão de Valentino Rossi. O filho de Stefania Palma já mostrou que tem talento, mas demorou um pouco a se firmar na Moto2. No entanto, é sempre bom lembrar que o piloto conhecido pelo #10 não fez a escada tradicional no Mundial de Motovelocidade.
Hoje com 1,84 metro, Luca fez uma única corrida na Moto3, como wild-card, e passou a maior parte do tempo na Moto2. A estreia oficial foi com a Forward, uma equipe um tanto tumultuada. Uma vez nas mãos da VR46, Marini deslanchou, achou performance e brigou pelo título até a corrida final do ano passado.
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DUCATI
Melhor resultado: Campeã em 2007 (394 pontos)
Vitórias: 51
Poles: 44
Em 2020: Campeã do Mundial de Construtores (221 pontos) e 4ª no Mundial de Equipes (213 pontos)
A Ducati chega 100% repaginada para 2021. Depois de oito anos com Andrea Dovizioso, a fábrica de Borgo Panigale se despediu do experiente italiano, colocou Danilo Petrucci igualmente na bagagem. Os italianos, então, promoveram Jack Miller e Francesco Bagnaia da Pramac para o time principal.
É fato que a Ducati hoje tem uma das melhores motos do grid. Com um pouquinho de melhora aqui e ali, certamente conseguirá recuperar o protagonismo perdido no ano passado. Todavia, resta saber se a fábrica comandada por Claudio Domenicali terá paciência para esperar ou vai sair queimando piloto após um par de corridas.
Jack Miller #43
18 de janeiro de 1995 (26 anos) – Townsville, Austrália
GPs: 99
Vitórias: 1
Poles: 1
Pódios: 10
Na última temporada: Sétimo
Melhor resultado na MotoGP: Sétimo em 2020
Jack Miller terá um ano importante pela frente. Muito embora já tenha tido a experiência de ser apoiado por uma fábrica ― tanto pela Honda quanto pela própria Ducati ―, está será a primeira vez do australiano no posto de protagonista absoluto, de alguém responsável por conduzir o desenvolvimento do time.
Diferente de muito de seus pares, Miller saltou da Moto3 direto para a MotoGP. A queima de etapa cobrou um preço, retardando a adaptação. É fato, porém, que Jack trabalhou firmemente para chegar onde está, o que fica claro no próprio preparo físico. O piloto de 26 anos está pronto para assumir mais responsabilidade, mas a Ducati tem em mãos alguém um tanto mais passional que Dovizioso. Jack sabe brigar quando é necessário. Inclusive pelos outros.
Francesco Bagnaia #63
14 de janeiro de 1997 (24 anos) – Torino, Itália
GPs: 29
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: 1
Na última temporada: 16º
Melhor resultado na MotoGP: 15º em 2019
Um dos pupilos de Valentino Rossi, Francesco Bagnaia vai para a terceira temporada na classe rainha. Depois de dois anos com a Pramac, o italiano chega à equipe de fábrica da Ducati após vencer uma disputa com Johann Zarco pela posição.
Ano passado, Pecco teve ótimas atuações em San Marino. Na primeira parada do campeonato em Misano, conseguiu um segundo lugar. Na semana seguinte, no mesmo Circuito Marco Simoncelli, caiu e viu ir por água abaixo o sonho da primeira vitória. O pior mesmo foi uma fratura na perna que o tirou de algumas corridas.
Bagnaia, porém, mostrou capacidade para mais. A pressão será maior com o uniforme vermelho, mas a Moto2 e a Academia de Pilotos VR46 já se mostraram ótimas escolas preparatórias.
HONDA
Melhor resultado: 25 títulos
Vitórias: 309
Poles: 306
Em 2020: 5ª no Mundial de Construtores (144 pontos) e 9ª no Mundial de Equipes (101 pontos)
A Honda chega para a temporada 2021 da MotoGP envolta em mistério. Mas por dois motivos diferentes. O primeiro deles é o destino de Marc Márquez, que perdeu a pré-temporada e segue se recuperando da fratura no braço direito sofrida no início do ano passado. A data de retorno ainda é um mistério.
O segundo ponto é a estreia de um novo piloto. Álex Márquez não fez feio no ano passado, mas acabou substituído por Pol Espargaró antes mesmo do início da temporada.
Ano passado, a Márquez-dependência da Honda ficou evidente. Resta saber se os engenheiros da marca da asa dourada conseguiram fazer da RC213V uma moto um pouco mais receptiva aos pilotos um pouco menos especiais do que o mais velho dos Márquez.
Pol Espargaró #44
10 de junho de 1991 (30 anos) – Granollers, Espanha
GPs: 109
Vitórias: –
Poles: 2
Pódios: 6
Na última temporada: 5º
Melhor resultado na MotoGP: 5º em 2020
Pol Espargaró pode não ter o currículo mais chamativo de todos, mas é um bom piloto. Depois de três boas temporadas com a Yamaha da Tech3, o catalão mudou para a KTM em 2017 e foi peça-chave no processo de evolução da RC16.
Pol, contudo, não conseguiu vencer com a marca laranja, que somou três triunfos no campeonato passado. Ainda assim, o irmão de Aleix foi escolhido para tentar fazer mais pela Honda, que nos últimos anos decepcionou com um dos lados dos boxes.
Marc Márquez #93
17 de fevereiro de 1993 (28 anos) – Cervera, Espanha
GPs: 128
Vitórias: 56
Poles: 62
Pódios: 95
Na última temporada: 16º
Melhor resultado na MotoGP: Campeão em 2013, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019
Marc Márquez não é bem um piloto que precisa de descrição. A fama, certamente, o antecede. Com o #93 na pista, o campeonato ganha nova dinâmica e o sarrafo vai lá para cima para a concorrência.
Só que ninguém sabe ao certo como o espanhol vai voltar para pista. Ou quando. A recuperação da fratura sofrida na primeira corrida de 2020 levou muito mais tempo do que o esperado e é natural esperar um piloto um tiquinho mais enferrujado. Em se tratando do hexacampeão, porém, não convém duvidar.
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KTM
Melhor resultado: 4ª no Mundial de Construtores de 2020
Vitórias: 3
Poles: 3
Em 2020: 4ª no Mundial de Construtores (200 pontos) e 3ª no Mundial de Equipes (222 pontos)
A casa de Mattighofen roubou os holofotes na temporada 2020 da MotoGP. Caçula entre as equipes da classe rainha, a KTM deu um enorme salto de performance e se transformou em uma das equipes mais atrativas do grid.
Apoiada pelo trabalho de bastidores de Dani Pedrosa e Mika Kallio e de uma fábrica mais do que acostumada a vencer, a KTM conseguiu crescer na MotoGP em um ritmo impressionante entra em 2021 com a expectativa de poder muito mais.
Brad Binder #33
11 de agosto de 1995 (25 anos) – Potchefstroom, África do Sul
GPs: 14
Vitórias: 1
Poles: –
Pódios: 1
Na última temporada: 11º
Melhor resultado na MotoGP: 11º em 2020
Brad Binder conseguiu a primeira vitória da história da KTM na MotoGP no ano passado, apenas na terceira corrida da carreira na classe rainha. Mas apesar de ter iniciado o ano muito bem, foi mais irregular na metade final do campeonato e acabou ofuscado não só por Pol Espargaró, mas também por Miguel Oliveira.
Ainda assim, o sul-africano já mostrou do que é capaz e, se conseguir corrigir as falhas do ano passado, vai poder aproveitar melhor o poderio da KTM.
Miguel Oliveira #88
4 de janeiro de 1995 (26 anos) – Pragal, Portugal
GPs: 30
Vitórias: 2
Poles: 1
Pódios: 2
Na última temporada: 9º
Melhor resultado na MotoGP: 9º em 2020
Miguel Oliveira fechou a temporada 2020 em alta, já que foi dominante no GP de Portugal. Ainda correndo pela KTM, o português deu o passo que faltava e se converteu em protagonista.
Para este ano, vem a justa promoção para a equipe de fábrica, onde vai reencontrar Binder. Parceiros nas categorias menores, os dois já mostraram que podem extrair o melhor um do outro. Assim, resta esperar mais um bom campeonato do também estudante de odontologia.
LCR
Melhor resultado: Melhor equipe independente em 2016
Vitórias: 24
Poles: 26
Em 2020: 8ª no Mundial de Equipes (148 pontos)
A LCR é sempre uma constante. Equipe satélite da Honda, a estrutura de Lucio Checcinello é de competência reconhecida, mas começa o ano um pouco diferente. Takaaki Nakagami segue na equipe, mas agora para formar par com Álex Márquez, rebaixado do time de fábrica.
Os dois pilotos, porém, contam com o apoio da HRC, a divisão esportiva da Honda. Além disso, Nakagami cresceu bastante no ano passado, colocando a equipe mais em evidência. Veremos se o bom momento continua em 2021.
Takaaki Nakagami #30
9 de fevereiro de 1992 (29 anos) – Chiba, Japão
GPs: 48
Vitórias: –
Poles: 1
Pódios: –
Na última temporada: 10º
Melhor resultado na MotoGP: 10º em 2020
Takaaki Nakagami deu um passo importante de performance na temporada passada da MotoGP. Na ausência de Marc Márquez, o japonês foi incumbido da missão de conquistar resultados e conseguiu crescer, ainda que não tenha alcançado pódios.
Agora, Nakagami precisa dar mais um passo para poder alcançar os resultados. Com Álex Márquez do outro lado da garagem, Taka terá outro padrão de comparação em 2021.
Álex Márquez #73
23 de abril de 1996 (25 anos) – Cervera, Espanha
GPs: 14
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: 2
Na última temporada: 14º
Melhor resultado na MotoGP: 14º em 2020
Álex Márquez vai para o segundo ano na MotoGP carregando nas costas um rebaixamento que pode ser considerado injusto. Antes mesmo do início do campeonato, a Honda optou por enviar o caçula dos irmãos de Cervera para a equipe satélite, mas depois viu o espanhol subir duas vezes no pódio.
Mas apesar de ter perdido a pompa de ser piloto de fábrica, Álex não está em uma equipe ruim e segue contando com o respaldo da HRC. 2020 foi um bom ano para o piloto de 25 anos, o que deixou todo mundo curioso por mais.
PRAMAC
Melhor resultado: 5ª colocada no Mundial de Equipes em 2017, 2018 e 2020
Vitórias: –
Poles: 1
Em 2020: 5ª no Mundial de Equipes (183 pontos)
A Pramac chega 100% repaginada para a temporada 2021 da MotoGP. Com Jack Miller e Francesco Bagnaia promovidos ao time de fábrica da Ducati, a equipe comandada por Francesco Guidotti terá a experiência de Johann Zarco e a juventude de Jorge Martín.
Acostumada a lidar com jovens talentos, a Pramac promete ter paciência com Martín, mas aposta na força de Zarco para manter a linha crescente dos últimos anos. Com a Desmosedici, a equipe tem um bom equipamento para seguir na briga por pódios e, quem sabe, até vitórias.
Johann Zarco #5
16 de junho de 1990 (30 anos) – Cannes, França
GPs: 66
Vitórias: –
Poles: 5
Pódios: 7
Na última temporada: 13º
Melhor resultado na MotoGP: 6º em 2017 e 2018
Johann Zarco soube aproveitar bem a segunda chance que recebeu. Depois de jogar a carreira para o alto ao desistir do contrato com a KTM, o francês se agarrou na corda oferecida pela Ducati e, depois de um ano até que positivo com a Avintia em 2020, dá um passo adiante para correr com a Pramac.
O piloto conhecido pelo #5 já provou que tem talento, mas falta consistência. Se conseguir encontrar, Zarco é alguém que certamente pode incomodar os ponteiros.
Jorge Martín #89
29 de janeiro de 1998 (23 anos) – Madri, Espanha
GPs: Estreante
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: –
Na última temporada: 5º colocado na Moto2
Melhor resultado na MotoGP: –
Um dos novatos de 2021, Jorge Martín é um dos pilotos mais interessantes da nova geração. Talentoso, o espanhol passou bem pela escadinha de formação do Mundial e, justamente por isso, chega cheio de expectativas.
Nos últimos anos, a qualidade de formação de Moto3 e Moto2 se refletiu no desempenho dos estreantes da MotoGP. Considerando que tem nas mãos um equipamento competitivo, é justo pensar que o piloto de Madri fará uma boa estreia.
STR
Melhor resultado: Vice-campeã do Mundial de Equipes em 2020
Vitórias: 6
Poles: 23
Em 2020: 2ª no Mundial de Equipes (248 pontos)
Mais novinha entre as equipes do grid, a malaia SRT é um dos grandes destaques da MotoGP no momento. Ano passado, foi a equipe que mais venceu, com seis triunfos em 14 corridas ― três com Fabio Quartararo e três com Franco Morbidelli.
Para este ano, a equipe vem mais ou menos repaginada. Morbidelli segue, mas Quartararo partiu para a equipe de fábrica e vai dar lugar para ninguém menos do que Valentino Rossi.
Além de ter um dos pilotos mais vitoriosos de todos os tempos, a equipe vai chamar a atenção pela relação entre os titulares, já que Franco é um dos pupilos da Academia de Pilotos VR46 e tem Rossi como um de seus melhores amigos.
Relacionamento à parte, Franco chega como um dos favoritos para 2021, enquanto Vale precisa reagir depois de uma temporada mais apagada no ano passado.
Franco Morbidelli #21
4 de dezembro de 1994 (26 anos) – Roma, Itália
GPs: 49
Vitórias: 3
Poles: 2
Pódios: 5
Na última temporada: 2º
Melhor resultado na MotoGP: 2º em 2020
Franco Morbidelli passou perto de conseguir o primeiro título na MotoGP em 2020. Campeão da Moto2 em 2017, o ítalo-brasileiro ficou só 13 pontos atrás do campeão Joan Mir, mas venceu mais que o rival da Suzuki: 3 a 1 para o #21 no placar.
Agora, mesmo com a Yamaha mais defasada entre as quatro do grid, o filho da brasileira Cristina com o italiano Livio encara o campeonato cercado de expectativas. Morbidelli já mostrou o que é capaz de fazer. Resta saber se o equipamento deste ano vai ajudá-lo a fazer frente à concorrência.
Valentino Rossi #46
16 de fevereiro de 1979 (42 anos) – Urbino, Itália
GPs: 354
Vitórias: 89
Poles: 55
Pódios: 199
Na última temporada: 15º
Melhor resultado na MotoGP: Campeão em 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009
Valentino Rossi é outro daqueles pilotos que dispensam apresentação. Dono de sete títulos da classe rainha, o italiano é um dos competidores mais conhecidos da MotoGP e atrai uma legião de fãs ao redor do mundo.
2021, porém, é uma história diferente para Rossi. Depois de anos como piloto de fábrica, o italiano de 42 anos vai correr pela satélite SRT, ainda que contando com o apoio total da Yamaha, e teve até de se contentar com uma mudança de lado, já que estava acostumado com o lado esquerdo dos boxes e agora terá de ficar à direita.
As novas cores caíram bem no italiano, mas o futuro segue indefinido. Indo para a 26ª temporada na classe rainha, Rossi quer decidir no meio de ano se fica ou se aposenta. E, para isso, vai precisar de desempenho. Depois de registrar em 2020 o pior resultado da carreira ― também resultado de uma infecção por Covid-19, uma quebra e um número elevado de quedas ―, Valentino precisa mostrar que ainda tem motivo para ficar na MotoGP.
SUZUKI
Melhor resultado: Campeã em 1976, 1977, 1981, 1982, 1993, 2000 e 2021
Vitórias: 95
Poles: 94
Em 2020: 3ª no Mundial de Construtores (202 pontos) e Campeã no Mundial de Equipes (310 pontos)
A Suzuki entra em 2021 como a equipe a ser batida. Campeã com Joan Mir no ano passado, a escuderia japonesa encerrou um longo jejum de títulos e, assim, não viu motivos para alterar a composição da equipe.
A fábrica, porém, não contava com a intervenção da Alpine, que ‘roubou’ Davide Brivio para comandar os trabalhos na Fórmula 1. A saída do italiano, claro, causa impacto, mas a Suzuki optou por uma solução interna e confia em manter o time funcionando alinhadinho em mais um ano.
Joan Mir #36
01 de setembro de 1997 (23 anos) – Palma de Maiorca, Espanha
GPs: 31
Vitórias: 1
Poles: –
Pódios: 7
Na última temporada: Campeão
Melhor resultado na MotoGP: Campeão de 2020
Joan Mir colocou a marca da consistência no campeonato passado. Dono de uma única vitória na temporada ― e na carreira ―, o espanhol conseguiu pontuar bem ao longo de todo o ano e garantiu o título com só 13 pontos de vantagem.
Dono da placa mais recente na Torre dos Campeões, Joan, claro, é o homem a ser batido em 2021, mas precisar dar um passo à frente em termos de performance para poder defender o título. Afinal, ninguém espera tantos ‘poréns’ no campeonato deste ano.
Álex Rins #42
8 de dezembro de 1995 (25 anos) – Barcelona, Espanha
GPs: 63
Vitórias: 3
Poles: –
Pódios: 12
Na última temporada: 12º
Melhor resultado na MotoGP: Sexto em 2019
Mais experiente do duo do Suzuki, Álex Rins mostrou boa forma no campeonato passado, mas uma lesão ainda no início da temporada foi determinante para demovê-lo da briga pelo título.
Em forma, o piloto de Barcelona tem tudo que é necessário para ser protagonista e brigar pela coroa deste ano.
TECH3
Melhor resultado: Terceira colocada no Mundial de Equipes em 2013
Vitórias: 2
Poles: 10
Em 2020: 7ª no Mundial de Equipes (152 pontos)
A Tech3 abre 2021 ainda no embalo do ótimo campeonato do ano passado. Depois de uma longa história na classe rainha, a primeira vitória aconteceu só em 2020 e ainda em dobro, com dois triunfos de Miguel Oliveira no ano.
Para este ano, porém, o português partiu para a KTM e foi substituído pelo experiente Danilo Petrucci, que acertou a transferência de Ducati para Tech3 antes de saber que a RC16 era capaz de vencer. Ao lado do italiano, Iker Lecuona vai para a segunda temporada na categoria ainda precisando mostrar a que veio.
Danilo Petrucci #9
24 de outubro de 1990 (30 anos) – Terni, Itália
GPs: 151
Vitórias: 2
Poles: –
Pódios: 10
Na última temporada: 12º
Melhor resultado na MotoGP: Sexto em 2019
Danilo Petrucci vai tentar reavivar a carreira em 2021. Agora com a Tech3, o o italiano de Terni precisa tentar aproveitar o bom momento da RC16 para acabar da memória os últimos capítulos da história com a Ducati.
Petrux é basicamente alguém que veio de baixo. O piloto de 30 anos guiou nos primeiros dois anos do campeonato a Ioda-Suter, a pior moto do grid. Com a Ducati, ganhou competitividade e uma vaga na equipe de fábrica, mas acabou dispensado pelos italianos para então encontrar abrigo na esquadra de Hervé Poncharal.
Vale destacar que Petrucci conquistou o lugar na KTM com uma visita a fábrica. O italiano conquistou a cúpula de Mattighofen, mas agora tem de justificar a escolha na pista.
Iker Lecuona #27
6 de janeiro de 2000 (21 anos) – Valência, Espanha
GPs: 12
Vitórias: –
Poles: –
Pódios: –
Na última temporada: 20º
Melhor resultado na MotoGP: 20º em 2020
Caçula do grid da MotoGP, Iker Lecuona ainda na mostrou muito a que veio. No ano passado, perdeu duas corridas por conta da Covid-19 ― primeiro por que o irmão foi infectado e, depois, por ele próprio ter contraído a doença ― e não teve lá uma atuação muito chamativa nas corridas restantes.
Se foi difícil com Miguel Oliveira do outro lado da garagem, a parceria com Petrucci tampouco prevê facilidades. No entanto, Poncharal tem um histórico positivo em suas últimas apostas em jovens pilotos. Ou seja, é prudente ficar de olho.
YAMAHA
Melhor resultado: Terceira colocada no Mundial de Equipes em 2013
Vitórias: 2
Poles: 10
Em 2020: 7ª no Mundial de Equipes (152 pontos)
No ano em que completa 60 anos no Mundial de Motovelocidade, a Yamaha tem contas a acertar. A YZR-M1 foi muito inconstante no ano passado, mas, mesmo assim, especialmente nas mãos de Franco Morbidelli ― com a moto mais defasada das quatro do grid ―, conseguiu ameaçar a briga pelo título.
Para 2021, o time de Iwata tem um perfil diferente, mais jovem. Maverick Viñales segue na equipe, mas agora terá a companhia de Fabio Quartararo. Se conseguir acertar a mão com as mudanças na moto e os pilotos encontrarem a constância necessária, a Yamaha é forte candidata a encerrar a seca.
Maverick Viñales #12
12 de janeiro de 1995 (26 anos) – Figueres, Espanha
GPs: 105
Vitórias: 8
Poles: 12
Pódios: 26
Na última temporada: 6º
Melhor resultado na MotoGP: 3º em 2017 e 2019
Maverick Viñales vai começar 2021 um homem diferente. Agora casado e a espera da primeira filha, o espanhol vai em busca da performance uniforme que não apareceu no ano passado.
Desde que chegou à Yamaha, Maverick mostrou velocidade, mas tem sido excessivamente irregular na hora da corrida. Veremos de 2021 será suficiente para colocar a performance do espanhol nos trilhos.
Fabio Quartararo #20
20 de abril de 1999 (21 anos) – Nice, França
GPs: 33
Vitórias: 3
Poles: 10
Pódios: 10
Na última temporada: 8º
Melhor resultado na MotoGP: 5º em 2019
Depois de dois anos com a equipe satélite, Fabio Quartararo conseguiu a promoção para o time de fábrica. O contrato com a Yamaha é fruto de uma performance arrebatadora, também no ano de estreia na categoria.
2020, contudo, não foi lá um ano memorável. Apesar das três vitórias, Fabio também não conseguiu uma atuação linear e de postulante ao título, foi parar apenas em oitavo na classificação final. No time de fábrica, a pressão será maior. E o jovem francês vai precisar lidar com isso.
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