Os 10 últimos pilotos que venceram pela 1ª vez na Fórmula 1

O caminho para chegar até a Fórmula 1 é árduo e muitos pilotos não conseguem concretizar seu objetivo por diversos motivos, seja falta de apoio financeiro, habilidade, ou até mesmo por não estar no lugar certo na hora certa.

E ainda que cheguem à principal categoria do esporte a motor, não existe uma garantia de sucesso na carreira. Inúmeros pilotos que chegam à Fórmula 1 sequer conseguem terminar uma corrida na zona de pontos. Os números vão ficando ainda menores quando se olha para os nomes que possuem pódios ou vitórias.

Ao longo de seus mais de 70 anos de história, apenas 114 pilotos foram capazes de vencer ao menos uma vez na Fórmula 1. Lando Norris foi o último piloto a entrar nesta estatística após cruzar a linha de chegada no GP de Miami.

No 10+ de hoje, o GRANDE PREMIUM relembra os dez últimos pilotos que venceram pela primeira vez na Fórmula 1. Vale destacar que o triunfo na corrida sprint não entra para a estatística. Por isso, Oscar Piastri não vai aparecer nesta lista.

Lando Norris, GP de Miami de 2024

A primeira vitória de Lando Norris demorou a chegar. Foi preciso nada menos que 110 corridas de espera antes que o piloto britânico pudesse triunfar pela primeira vez na Fórmula 1.

Norris é considerado um dos grandes talentos da geração atual, mas tinha como ponto negativo a estatística de nunca ter vencido. Para piorar, o #4 viu o companheiros Daniel Ricciardo vencer o GP da Itália de 2021.

Lando até flertou com a vitória no passado, durante o GP da Rússia de 2021, mas viu as chances irem pelo ralo depois de optar por ficar com os pneus de pista seca durante a chuva que caiu em Sóchi. 

Mas a vitória em Miami ainda veio em boa hora e de forma categórica. O #4 largou de quinto e apostou em uma boa estratégia aliada à entrada do safety-car para se colocar na primeira colocação. No fim, se defendeu do ataque de Max Verstappen e administrou o ritmo para vencer na Flórida.

George Russell, GP de São Paulo de 2022

George Russell foi tratado por um bom tempo como o futuro da Mercedes na Fórmula 1 e antes de assumir um lugar na equipe alemã, acumulou experiência fazendo três temporadas pela Williams.

Em 2020, quando Lewis Hamilton testou positivo para a Covid-19, o jovem britânico assumiu o carro do #44 durante o GP do Sakhir e esteve próximo de vencer a corrida. No entanto, um furo no pneu durante as voltas finais acabou com qualquer chance de vitória.

Russell só foi assumir uma vaga como titular definitivo na Mercedes em 2022. Porém, naquele ano a equipe perdeu rendimento e não era capaz de fazer frente aos carros da Ferrari e da Red Bull.

Mas a equipe conseguiu se encontrar durante o GP de São Paulo e George Russell dominou o fim de semana. Além de vencer a etapa sprint, também levou a melhor durante a corrida principal.

Carlos Sainz, GP da Inglaterra de 2022

Carlos Sainz também é mais um nome da lista que demorou a se encontrar com a vitória. Ao todo foi preciso esperar nada menos que 150 corridas para subir no lugar mais alto do pódio. A diferença, no entanto, é que antes de 2022 o espanhol nunca teve um carro que realmente lhe permitia brigar pela primeira posição.

Apesar do começo de temporada sendo constantemente superado por Charles Leclerc e cometendo erros nos GPs da Austrália e da Emília-Romanha, o #55 deu a volta por cima no GP da Inglaterra, quando se valeu dos problemas de Max Verstappen e foi beneficiado pela estratégia da Ferrari durante o safety-car. Com isso, abriu caminho para vencer pela primeira vez na Fórmula 1.

Esteban Ocon, GP da Hungria de 2021

Esteban Ocon nunca teve um carro capaz de brigar por vitórias na Fórmula 1, mas contou com uma dose de sorte para vencer o GP da Hungria de 2021. A corrida foi marcada pelo caos logo na largada, em que Valtteri Bottas bateu em Lando Norris na curva 1. O incidente ainda envolveu as Red Bull de Max Verstappen e Sergio Pérez. Um pouco mais atrás, Lance Stroll causou outro acidente e tirou Charles Leclerc e Daniel Ricciardo da etapa.

Além de boa parte dos candidatos à vitória estarem fora da disputa, Ocon ainda viu a Mercedes errar na estratégia de Lewis Hamilton e o colocar para recomeçar a corrida com pneus intermediários quando a pista já estava quase secando. Assim, o caminho ficou praticamente livre para Esteban triunfar pela primeira vez na categoria.

Sergio Pérez, GP do Sakhir de 2020

Antes de se mudar para a Red Bull em 2021, Sergio Pérez nunca teve um carro que lhe permitia brigar por vitórias. Por isso, teve de esperar nada menos que 190 corridas para subir no lugar mais alto do pódio.

Na ocasião, ‘Checo’ caiu para a última posição do GP do Sakhir depois de ser tocado por Charles Leclerc ainda na primeira volta. No giro 57 dos 87 previstos, o mexicano já era o terceiro colocado com a Racing Point e estava atrás apenas da dupla da Mercedes.

Na volta 63, um safety-car acionado por Jack Aitken — que substituía Russell na Williams —, mudou os rumos da corrida. A Mercedes aproveitou a oportunidade para fazer uma parada dupla com Bottas e Russell, mas acabou se atrapalhando na operação e colocou os compostos de Valtteri no carro de George e vice-versa. 

Com isso, os carros da Mercedes tiveram de voltar para os pits para desfazer a troca e Pérez assumiu a ponta para não perder mais.

Pierre Gasly, GP da Itália de 2020

Aqui é mais um caso em que um piloto de equipe mediana vence após uma trapalhada da Mercedes nos boxes. Isso porque os alemães chamaram Lewis Hamilton para trocar os pneus quando o pit ainda estava fechado. O heptacampeão, que liderava a prova, foi punido com um stop and go de 10s.

Com isso, Gasly assumiu a liderança na volta 29. O francês ainda precisou segurar a pressão de Carlos Sainz nas últimas voltas para vencer pela primeira vez na carreira com a AlphaTauri.

Charles Leclerc, GP da Bélgica de 2019

Charles Leclerc estreou na Fórmula 1 em 2018 pela Sauber, mas não demorou muito até conquistar sua primeira vitória na categoria. O triunfo veio no ano seguinte, durante o GP da Bélgica de 2019, quando já estava correndo pela Ferrari.

A primeira vitória, na verdade, poderia ter acontecido algumas corridas antes. Porém, o monegasco sofreu com a confiabilidade da Ferrari e viu o motor perder potência nas últimas voltas do GP do Bahrein.

Onze corridas mais tarde, em Spa-Francorchamps, a vitória do monegasco foi inevitável. Partindo da pole-position, Leclerc administrou o ritmo e só foi ameaçado por Lewis Hamilton durante a última volta do GP da Bélgica. Mas não houve tempo suficiente para o heptacampeão tentar um ataque. Assim, Charles venceu pela primeira vez na F1 em sua 34ª corrida.

Valtteri Bottas, GP da Rússia de 2017

Valtteri Bottas não teve muitas dificuldades para vencer o GP da Rússia de 2017. Em um ano em que a Ferrari se colocou como a grande rival das Flechas de Prata, o finlandês partiu da terceira posição em Sóchi, mas assumiu a liderança logo na primeira volta depois de superar Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel.

O finlandês da Mercedes administrou bem o ritmo e só perdeu a liderança quando precisou ir para os boxes trocar os pneus. Nas voltas finais, Vettel até ensaiou um ataque, mas Bottas conseguiu se manter à frente para vencer pela primeira vez na F1.

Max Verstappen, GP da Espanha de 2016

Max Verstappen estreou pela Red Bull no GP da Espanha de 2016 depois de a equipe decidir promovê-lo para a equipe principal e rebaixar Daniil Kvyat para a Toro Rosso. A decisão se mostrou certa logo na primeira corrida.

Lewis Hamilton e Nico Rosberg se enroscaram na primeira volta e tiveram de abandonar a corrida. Verstappen passou a ser o segundo colocado, atrás apenas do companheiro Daniel Ricciardo. Porém, após a rodada de pit-stops, o neerlandês se colocou na primeira colocação.

Na parte final da prova, Max ainda precisou segurar os ataques de Kimi Räikkönen para vencer pela primeira vez na carreira.

Daniel Ricciardo, GP do Canadá de 2014

Daniel Ricciardo largou apenas da sexta posição no GP do Canadá de 2014 e demorou a se colocar como um dos candidatos à vitória. No início da prova, a disputa estava concentrada entre as Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, com Sebastian Vettel e Felipe Massa brigando por fora. O #44, no entanto, teve problemas e precisou abandonar na volta 48.

Ricciardo só foi se colocar como protagonista a cinco voltas do fim, quando superou Sergio Pérez e tomou a segunda colocação. Três giros mais tarde o australiano buscou Rosberg e assumiu a liderança. O alemão até tentou uma reação, mas a corrida terminou com safety-car após um acidente envolvendo Pérez e Massa.

A Fórmula 1 retorna neste fim de semana, de 17 a 19 de maio, em Ímola, para o GP da Emília-Romanha. E o GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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