Carlos Sainz e Charles Leclerc foram forçados a deixar a disputa do GP do Azerbaijão por conta de falhas da Ferrari - mais um abandono duplo para a conta da escuderia italiana

FÓRMULA 1 2022: VERSTAPPEN VENCE GP DO AZERBAIJÃO DE F1. FERRARI ABANDONA E ZERA | Briefing

Tragédia. Essa é a palavra certa para resumir o que foi o GP do Azerbaijão de Fórmula 1 para a Ferrari. A escuderia italiana viu seus dois pilotos abandonarem a crucial disputa – Carlos Sainz sofreu um problema hidráulico na nona volta, enquanto Charles Leclerc viu seu motor esfumaçar pouco depois, no 20º giro. O duplo abandono seria amargo por si só, mas ficou ainda pior (acredite): Max Verstappen venceu a corrida, com Sergio Pérez – dono da melhor volta – em segundo. A principal rival na temporada coletou a maior quantidade possível de pontos.

Infelizmente (se você for fã da Ferrari), o abandono duplo não é um episódio lá tão incomum para o time de Maranello. Aconteceu em Baku e aconteceu outras diversas vezes na história da escuderia italiana na principal categoria de automobilismo do mundo. Chegou a hora de listar um 10+ que a equipe vermelha faz questão de esquecer.

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Foi um domingo para se esquecer para Carlos Sainz e a Ferrari (Foto: Ferrari)

1 – GP do Azerbaijão de 2022

Sainz teve um problema hidráulico e logo no começo da corrida, abandonou. 11 voltas depois, Leclerc liderava a prova quando o motor de sua F1-75 passou a esfumaçar e forçou o monegasco a deixar a prova. Prejuízo imenso para a Ferrari: a escuderia italiana viu a Red Bull abrir 80 pontos de vantagem no Mundial de Construtores e, no de Pilotos, Pérez ultrapassou Leclerc pela segunda posição.

Vettel sem freios em Monza (Foto: F1/Twitter)

2 – GP da Itália de 2020

Abandono duplo na corrida 999 da mais longeva equipe do grid? Temos, sim senhor. Com um péssimo carro naquele 2020, Sebastian Vettel ficou sem freios e deixou a prova logo no começo. Leclerc vinha bem e poderia pontuar – milagre que o monegasco constantemente fez naquela temporada -, mas bateu forte na Parabólica e assustou a todos. Sem maiores problemas físicos, ficou o lamento pelo abandono, mesmo.

Charles Leclerc atropela o carro de Sebastian Vettel e força o abandono do companheiro de Ferrari (Foto: Reprodução)

3 – GP da Estíria de 2020

A Ferrari, na segunda corrida do ano, já dava indícios de que seria uma temporada complicada. Leclerc sequer se classificou ao Q3, Vettel foi apenas o 10º. E logo na primeira curva da corrida… o monegasco deu um mergulho irresponsável e acertou o companheiro de equipe em cheio. O alemão abandonou instantaneamente, o jovem piloto, pouco depois. Fim de prova para os dois.

Verstappen toca em Räikkönen, que toca em Vettel (Foto: AFP)

4 – GP de Singapura de 2017

Essa não tem como esquecer, né? Hamilton chegou ao fim da perna europeia da Fórmula 1 com somente três pontos de vantagem para Vettel. Marina Bay, portanto, seria decisiva para o campeonato – e a Ferrari veio forte, com o tetracampeão na pole-position e Kimi Räikkönen em quarto, imediatamente à frente do piloto do Mercedes. Mas uma das largadas mais famosas da história da categoria viu Max Verstappen tocar no finlandês, que não conseguiu evitar o contato com o companheiro de equipe: fim de prova para os três e vitória que caiu no colo do eventual campeão daquele ano.

Räikkönen naquele fatídico GP do México em 2015 (Foto: Ferrari)

5 – GP do México de 2015

Após 23 anos, o México retornava ao calendário da Fórmula 1. Hamilton já havia se consagrado campeão daquela temporada, mas ainda tínhamos uma briga pela segunda colocação do Mundial de Pilotos, entre Vettel e Nico Rosberg. Durante a corrida, o ferrarista perdeu o controle de seu bólido, passou reto na curva e abandonou. Depois, Räikkönen se envolveu em colisão com Valtteri Bottas – que eventualmente terminaria no pódio. Triunfo para Rosberg, que ultrapassou Vettel na tabela do campeonato a duas etapas do fim, e abandono duplo para a Ferrari.

Vai um sanduíche de Felipe Massa aí? (Foto: Ferrari)

6 – GP da Austrália de 2006

Sim, você não leu errado. Antes daquele GP do México, a Ferrari passou nove anos sem abandonos duplos. A última vez que isso havia acontecido foi em Melbourne: Felipe Massa foi o recheio do sanduíche montado por Rosberg e Christian Klien, logo na primeira volta, enquanto Michael Schumacher – no 32º giro – escapou da pista na reta principal, agressivou demais na ‘zebra’, tocou na grama e, incapaz de retornar ao circuito, bateu no muro.

Muita água em 2003 no Brasil (Foto: Ferrari)

7 – GP do Brasil de 2003

Terceira corrida da temporada, Interlagos viu uma chuva considerável cair. Na volta 27, o então terceiro colocado Schumacher aquaplanou na Curva do Sol e rodopiou até bater no muro. Rubens Barrichello, que largou da pole-position e liderou boa parte da corrida, era inclusive o líder quando, a sete giros do fim, sofreu uma pane seca. Mais uma decepção para o brasileiro em sua prova de casa.

Momento exato da inesquecível colisão (Foto: Reprodução)

8 – GP da Bélgica de 1998

Este é outro abandono duplo inesquecível. Afinal, a clássica largada em Spa está no imaginário de todo fã da Fórmula 1. Em Spa, Schumacher largou da quarta posição e, Eddie Irvine, da quinta. Logo após a primeira curva, David Coulthard perdeu o controle de sua McLaren, cruzou a pista e bateu do outro lado do muro. O spray proveniente da chuva impediu que os pilotos atrás conseguissem ver o acidente e desviar. Conclusão: reação em cadeia e 11 carros envolvidos no acidente. A corrida foi interrompida e, na relargada, alguns dos tais carros puderam recomeçar – as regras da época assim permitiam.

Na 25ª volta, Irvine – que já havia escapado da pista e perdido sua asa dianteira -, rodou e foi forçado a abandonar. Mas isso ficou em segundo plano quando, no mesmo giro, o retardatário Coulthard foi dar passagem a Schumacher desacelerando na linha seca da pista, ainda com muito spray. Resultado? O alemão deu com tudo na traseira da McLaren rival. Depois do acidente, o eventual heptacampeão foi prestar contas nos boxes da McLaren, em uma das cenas mais emblemáticas da história da F1.

No canto da tela, as duas Jordan e Schumacher (Foto: Reprodução)

9 – GP de Luxemburgo de 1997

Para a antepenúltima prova da temporada, Schumacher foi com um pontinho de vantagem para Jacques Villeneuve no Mundial de Pilotos. Na largada, o irmão Ralf largou muito bem e pulou para 5º com sua Jordan, ultrapassando o companheiro de Giancarlo Fisichella e o ferrarista. Mas, na primeira curva, Ralf espremeu seu parceiro de time, e Michael ficou sem ter para onde ir. Colisão entre os dois bólidos amarelos, que resultou em dano na suspensão do carro número 5. Na 22ª volta, Irvine teve problema no motor e também abandonou. Villeneuve venceu a disputa – seu último triunfo na F1 – e, também, o campeonato.

Villeneuve venceu aquela etapa na Grã-Bretanha (Foto: Williams)

10 – GP da Inglaterra de 1997

Antes, naquele mesmo ano, a Ferrari já havia se encontrado com a desgraça dupla. Schumacher liderava a prova com 40 segundos de vantagem para Mika Häkkinen, mas uma falha em seu volante o tirou da etapa. Na 44ª volta, um problema de eixo forçou Irvine a abandonar também. O piloto da McLaren eventualmente assumiu a liderança e parecia confortável para a vitória, mas o motor foi embora e o triunfo caiu no colo de Villeneuve.

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