As duplas de pilotos da F1 2025

O 10+ que abre a temporada 2025 vai ser um pouco diferente. O GRANDE PREMIUM resolveu listar as dez duplas de pilotos da F1 deste ano e tentar ranquear da mais fraca até a mais forte.

É claro que, como quase toda lista, os critérios são subjetivos, mas tentamos nos basear em alguns pontos. São eles: talento, potencial, momento, possível química e, claro, experiência na categoria, afinal, é um ano cheio de pilotos novatos. Ou seja, não entra na conta aqui o que o carro e a equipe podem entregar, é uma lista só das duplas.

Antes de passar equipe por equipe, uma observação: não consideramos que nenhuma equipe esteja fraca de verdade. Há algum desequilíbrio aqui e ali, mas, em geral, todos os times têm ao menos alguém que pode fazer barulho de verdade na temporada 2025.

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10- RACING BULLS (YUKI TSUNODA E ISACK HADJAR)

Como falamos ali em cima, não tem nenhuma dupla que seja exatamente ruim e o décimo lugar mostra bem isso. Tsunoda começa o ano como líder da equipe e está longe de ser uma tragédia, mas também não é um primor. Entre os pilotos que vão ter parceiros novatos, é provavelmente o que desperte menos confiança, ainda que venha de temporada decente.

Ao lado do japonês, Hadjar, atual vice-campeão da F2. É complicado fazer o ranking justamente por coisas assim: o franco-argelino tem tudo para ser um dos melhores novatos, mas o somatório com Tsunoda não ajuda. Aliás, indo além: a dupla pode dar errado pelo temperamento forte de ambos.

9- ALPINE (PIERRE GASLY E JACK DOOHAN)

Machuca colocar uma dupla que tenha Gasly em uma posição tão baixa, hein? Mas é aquilo: o somatório não ajuda em nada. Do lado do francês, um cara que todo ano é um dos destaques da ‘F1 B’ e do grid como um todo e que fechou a temporada 2024 muito em alta, elevando o patamar da Alpine.

O problema da equação é o novato. Ninguém aqui quer destruir Doohan ou coisa do tipo, mas o australiano tem enormes chances de ser o destaque negativo entre os pilotos que chegam na categoria. Com um teto que não é tão alto e sem quase experiência nenhuma, pode deixar Gasly transformar a Alpine em um clássico exército de um homem só.

8- ASTON MARTIN (FERNANDO ALONSO E LANCE STROLL)

Colocar Alonso na oitava posição também parece coisa de maluco, mas isso aqui acho que já ficou normalizado com os últimos anos. O espanhol continua sendo um pilotaço e, mesmo que nem tenha feito um 2024 brilhante, ainda é bem acima da média e capaz de atuações geniais.

Mas Stroll é um grande problema. É tanto um problema que até gerou dúvidas aqui se não poderia ficar atrás da Alpine, mas a total falta de experiência de Doohan pesou. O canadense tem quilometragem e até uma ou outra boa atuação na carreira, mas a média é muito baixa. A ver como chega em 2025, mas em 2024, além de tudo, estava totalmente desanimado. Não pontua desde o GP da Hungria.

7- HAAS (ESTEBAN OCON E OLIVER BEARMAN)

A verdade é que do sétimo ao nono lugar a tarefa foi mais complicada do que no resto do ranking, que já é bem difícil de fazer. Optamos pela Haas aqui por causa de quem, em tese, é o segundo piloto. Bearman já não vai chegar totalmente cru na F1 e, mais do que isso, deu ótimos sinais quando apareceu na categoria principal. É melhor que Doohan e tem grande chance de ser melhor que Stroll mesmo no ano de novato.

A dificuldade maior foi por causa de Ocon. É que o francês não tem exatamente o mesmo nível de Gasly e Alonso e também não costuma ser um companheiro de equipe tão amigável, o que pode complicar as coisas na Haas. De toda forma, os americanos ficam em sétimo porque Stroll e Doohan jogam as equipes anteriores para baixo.

6- SAUBER (NICO HÜLKENBERG E GABRIEL BORTOLETO)

Essa combinação aqui agrada bastante. De um lado a experiência de Hülkenberg, do outro a juventude de Bortoleto. Dos dois, muito talento e velocidade. A Sauber tem grande chance de ser última colocada no Mundial de Construtores, mas desde já tem dupla para fazer muito mais.

Hülk voltou muito bem para a F1 e, em 2024, teve uma das melhores temporadas da carreira. O veterano foi destaque importante do pelotão intermediário e responsável direto pelos bons resultados que a Haas teve no campeonato. Bortoleto, enquanto isso, chega cheio de moral de forma merecidíssima. Os títulos seguidos de F3 e F2 credenciam fortemente o brasileiro a chegar com tudo também na F1.

5- MERCEDES (GEORGE RUSSELL E ANDREA KIMI ANTONELLI)

Antonelli é um novato, e isso prejudica a Mercedes aqui no ranking, mas não dá para deixar mais baixo que o quinto lugar. O italiano é bem promissor e, mesmo vindo de um ano de altos e baixos na F2, teve momentos de projeto de fenômeno em outras categorias e no kart. Deve sofrer, claro, é garotão de tudo, mas tem um potencial gigante.

Ao lado dele, um Russell que parece capaz de liderar esse projeto. O inglês foi um dos destaques da temporada 2024 e é inegavelmente um dos pilotos mais rápidos do grid. Ainda falta para virar um postulante real a títulos, mas George é capaz de grandes performances e vitórias.

4- WILLIAMS (CARLOS SAINZ E ALEX ALBON)

É, sem dúvidas, uma das duplas mais interessantes do grid. Muito porque existe um potencial grande de ser equilibrada, mas também porque os dois caras são bons, não tem muita conversa aqui. Verdade também que Albon precisa se provar depois de uma reta final bem esquisita de 2024, mas a passagem do tailandês pela Williams já é um sucesso considerável.

Ao lado dele, Sainz, um cara que poderia tranquilamente estar em uma equipe bem melhor que a Williams. O espanhol sai da Ferrari pela porta da frente e teve, em 2024, mais uma temporada muito competitiva. Para quem fez frente a Leclerc tantas vezes nesses anos, a tarefa de bater Albon pode ficar menos difícil. Se derem carro para esses dois, pode sair coisa muito boa dali.

3- RED BULL (MAX VERSTAPPEN E LIAM LAWSON)

Vamos ser honestos aqui: aquele negócio todo de critério foi meio desfeito nesse item porque é o Verstappen. Simplesmente é o melhor piloto da atualidade, e isso faz a dupla dele ter de estar no top-3 mesmo nas atuais circustâncias. Max, depois de um título conquistado sem ter o melhor carro a maior parte do tempo, já é sozinho mais que muita dupla.

Ao lado do neerlandês, uma incógnita grande. Por um lado, simplesmente a Red Bull ter se livrado de Sergio Pérez já é uma boa notícia. Por outro, a chegada de Lawson não inspira lá grandes esperanças. Tanto que a chefia taurina fala abertamente que não consegue nem ver o neozelandês ameaçando Verstappen. Nem a gente.

2- MCLAREN (LANDO NORRIS E OSCAR PIASTRI)

Não tem jeito, essa dupla é tecnicamente muito forte. Dá para contestar bastante coisa em Norris e Piastri, mas o talento é meio complicado. São bons, são rápidos, capazes de vencer corridas e conquistar poles e pódios.

Parece claro que os dois precisam ainda dar um passo adiante em decisões nas provas, Norris precisa largar melhor e ter mais atitude, Piastri precisa ser mais consistente. A realidade, hoje, põe o inglês à frente do australiano e os resultados mostram isso, mas Oscar tem total condição de evoluir bem em seu terceiro ano de F1. A McLaren agradece.

1- FERRARI (LEWIS HAMILTON E CHARLES LECLERC)

A dupla mais forte do grid da F1 2025, pelo menos no papel, tem de ser Hamilton e Leclerc. É a junção de um dos maiores pilotos de todos os tempos com um cara com inegável potencial de campeão. A Ferrari já talvez até tivesse o melhor par em 2024, com Sainz, mas conseguiu subir de nível.

Hamilton não vive a melhor de suas fases, claro, mas mostrou em 2024 que ainda tem dentro dele aquela versão absurda. Leclerc, enquanto isso, talvez tenha vivido a melhor temporada da carreira. Não tem como tirar a Ferrari do primeiro lugar.

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