Provavelmente o melhor carro, talvez a melhor dupla de pilotos e, mesmo assim, a Ferrari dificilmente será campeã da F1 2022. A gente ajuda a explicar com 10 erros cometidos ainda antes das férias da categoria

É difícil explicar como a Ferrari não está liderando a temporada 2022 da Fórmula 1. Quer dizer, dá para explicar, mas é duro de acreditar. É que a equipe tem o melhor carro, uma ótima dupla de pilotos e teve chances reais em praticamente todas as corridas. E mesmo assim já está consideravelmente distante da Red Bull no Mundial de Construtores e de Max Verstappen no de Pilotos.

O motivo é simples: são muitos erros, erros em escala industrial. No 10+ da semana, separamos dez falhas cruciais que já vão afastando a Ferrari do páreo. E a gente alerta: tinha mais erro para entrar na lista, especialmente em tomadas de decisão durante as provas, mas ficamos só com os maiores.

Abandono de Sainz na Austrália

Aqui foi o começo de tudo. É que na época caiu tudo em cima de Carlos Sainz e a Ferrari estava tão superior que já se cogitava um duelo interno pelo título caso a Red Bull não subisse de rendimento. Bom, não tem nada de duelo interno atualmente, mas o espanhol começou a ficar para trás em Melbourne, com uma classificação decepcionante, problema no volante, largada ruim e uma escapada que o fez abandonar, atolado na brita australiana.

Sainz abandonou o GP da Austrália de 2022 após um erro logo no começo em sua Ferrari (Foto: Reprodução/F1 TV)

Batida de Leclerc em Ímola

Na quarta corrida do ano, em terras italianas, a coisa já estava virando. A Red Bull dava sinais de força e Charles Leclerc já não venceria em Ímola. Mas ficou pior porque, na sanha de buscar o segundo lugar, o monegasco errou e deu no muro. Por muita sorte, não abandonou, mas acabou a corrida em sexto com o carro danificando, deixando pontos grandes pelo caminho.

Quebra de Leclerc na Espanha

Bom, se os dois primeiros foram na conta dos pilotos, a Ferrari começa a tomar o protagonismo das falhas na Catalunha. Leclerc dominava a corrida com folgas quando teve, segundo o time, uma “falha repentina” no motor. Se eles soubessem como essas falhas virariam costumeiras…

A estratégia em Mônaco

O GP de Mônaco abre uma sequência de provas de rua em que a Ferrari viveu pesadelos. E nós dividimos em dois itens as duas corridas. Em Mônaco, começamos falando da estratégia. Com a pista molhada, estava claro que o ideal seria usar intermediários e, depois, secos. Mas para quem tivesse atrás, não na frente. A Ferrari só tinha de ter mantido seus pilotos ali porque ninguém passava ninguém em Monte Carlo, mas quis marcar a Red Bull e jogou Leclerc da liderança para o quarto lugar. Uma beleza.

Mattia Binotto foi um dos protagonistas do fiasco de Mônaco 2022 da Ferrari (Foto: Ferrari)

O pit-stop duplo em Mônaco

A outra parte do festival de falhas em Mônaco é o tal do pit-stop duplo, que tirou Leclerc do sério. As paradas foram tão ruins que Sainz foi de primeiro para segundo e o monegasco de terceiro para quarto. É bastante possível que a gente nunca mais veja a Ferrari tentando algo parecido, traumatizou.

Quebra de Sainz em Baku

Apesar do resultado não ter sido o esperado em Mônaco, Sainz vinha embalado porque teve boa performance e chamou para si a tática que era correta. Em Baku, quando poderia ampliar o bom momento, durou incríveis oito voltinhas na prova, quando um problema hidráulico acabou com tudo.

Quebra de Leclerc em Baku

13 voltas mais tarde foi a vez de Leclerc deixar a disputa. Pole de novo, o monegasco dificilmente venceria uma prova que tinha carinha de Red Bull, mas aquilo foi um golpe gigantesco de azar. O motor quebrou de novo, o que levou a uma punição de grid no Canadá e o tirou do páreo no Azerbaijão. Quebras, quebras e mais quebras. E o chefe Mattia Binotto ressaltando que a equipe seguiria focada em performance, não confiabilidade.

Carlos Sainz venceu o GP da Inglaterra 2022 e, mesmo assim, a Ferrari saiu perdendo (Foto: AFP)

A estratégia sem sentido na Inglaterra

Você não precisa ter ordem de equipe sempre, mas, por favor, seja esperta. E a Ferrari não foi nem um pouco em Silverstone, ignorando que Leclerc tinha muito mais chances de título e dando vantagem para Sainz na tática de corrida. Não pareceu que ela escolheu o espanhol, apenas que não foi esperta o suficiente para ver o que estava fazendo. E isso preocupa. Venceu com Sainz, mas perdeu chance de ouro de triunfar com o piloto que tem mais chances no campeonato de 2022.

A quebra de Sainz na Áustria

Sainz tinha tudo para chegar em segundo na Áustria, mas parece que o destino queria provar para a Ferrari que a equipe errou na corrida anterior. E aí o motor do espanhol foi para o saco nas voltas finais, tirando Carlos do pódio e gerando punição no grid que complicou tudo também na França. Um golpe enorme num piloto que vinha em bom momento e que sonhava, ainda que bem de longe, com a chance de título.

A batida de Leclerc na França

A montanha-russa da Ferrari – pelo menos até agora – termina em Paul Ricard. Leclerc vinha de triunfo na Áustria, tinha cortado a distância para Max Verstappen e liderava na França, tinha a chance de ouro para voltar de vez para a disputa. E errou. O monegasco rodou, bateu e, aparentemente, pelo menos desta vez, foi sozinho, sem interferência do time, que tratou de tirar o corpo fora para evitar novas críticas. São 63 pontos de desvantagem para Max e 82 para a Red Bull…

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