Lewis Hamilton venceu pela última vez na Arábia Saudita em 2021 e completou no GP da Inglaterra deste ano 11 corridas sem vencer — um recorde pessoal. Mas o 10+ mostra que outros campeões da F1 tiveram jejuns ainda maiores

Lewis Hamilton alinhou para o GP da Inglaterra de 2022 certo de que quebraria um recorde: ou se tornaria o piloto a vencer por mais vezes um único GP na Fórmula 1 (no caso, uma vitória em Silverstone seria a sua nona no mesmo circuito, batendo as oito de Michael Schumacher na França) ou amargaria a sua pior sequência sem vitórias na categoria. E o heptacampeão esteve muito perto de cruzar a linha de chegada novamente em primeiro em solo inglês, mas a vitória de Carlos Sainz fez Hamilton sair de casa com o recorde negativo na bagagem.

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Agora, Lewis já soma 11 corridas sem subir ao lugar mais alto do pódio, mas a história mostra que outros campeões tiveram jejuns ainda maiores na categoria, e o GRANDE PREMIUM preparou essa lista. Alguns critérios foram definidos para chegarmos aos números, e o principal é que a sequência em destaque é contada a partir do momento em que o piloto já tem um título na F1.

Foram consideradas também as corridas realizadas oficialmente, independente da participação ou não do referido piloto nela. E o último critério para essa lista descarta as sequências recentes sem vitórias de Fernando Alonso, que não vence desde o GP da Espanha de 2013, e Sebastian Vettel, que triunfou pela última vez no GP de Singapura de 2019. Como ambos estão em atividade, o número de GPs realizados até a dupla voltar a vencer ainda pode aumentar.

Critérios esclarecidos, eis a lista com os dez maiores jejuns de vitórias dos campeões da F1:

Kimi Räikkönen — 114 corridas

Räikkönen conquistou o seu único título na F1 em 2007 — coincidentemente, o ano da estreia de Hamilton na categoria — quando defendia a Ferrari. Depois do feito, o finlandês ainda passou mais duas temporadas com a escuderia italiana até ir para a Lotus em 2012.

Após conquistar uma vitória com a nova equipe e ficar em terceiro no mundial, Räikkönen começou 2013 subindo ao lugar mais alto do pódio, no GP da Austrália. Um começo bastante animador, mas que foi seguido de várias batidas na trave (ao todo, foram seis segundos lugares em 2013). Em 2014, o piloto retornou para Maranello, mas só foi reencontrar o caminho das vitórias 114 corridas depois, em 2018 nos Estados Unidos.

Räikkönen e seu reencontro com a vitória em 2018, nos Estados Unidos (Foto: Ferrari)

Nelson Piquet — 51 corridas

Hoje nas manchetes de todo o mundo pelo racismo contra Lewis Hamilton, Piquet teve seu período de glória na Fórmula 1 nos anos 80, quando conquistou seus três títulos na categoria. Em 87, ano em que levou o tricampeonato, Piquet venceu a 11ª etapa, realizada na Itália. Dali em diante, no entanto, só voltaria ao lugar mais alto do pódio novamente em 1990, no Japão — temporada essa que marcou o bicampeonato de Ayrton Senna.

Jack Brabham — 51 corridas

O primeiro dos três títulos conquistados pelo australiano foi em 1959. No ano seguinte, Brabham se sagraria bicampeão, sendo o triunfo em Portugal o último antes do seu maior jejum sem vitórias na Fórmula 1. Da conquista em 60 no Porto, foram 51 GPs realizados até Brabham voltar ao lugar mais alto do pódio, no GP da França de 66. Naquele ano, o australiano chegaria ainda ao seu terceiro título na F1.

O australiano Jack Brabham conquistou 14 vitórias na F1 (Foto: Reprodução)

Niki Lauda — 48 corridas

Mais um tricampeão na lista, e Lauda é, sem dúvida, um dos grandes personagens que a Fórmula 1 teve em seu grid. O primeiro título veio em 1975, com cinco vitórias conquistadas naquele ano. Em 1976, mesmo após o gravíssimo acidente em Nürburgring, o austríaco perdeu o título para James Hunt por apenas um ponto, mostrando que ainda tinha muito a alcançar na elite do automobilismo mundial.

O bi com a Ferrari veio em 77, e Lauda decidiu ir para a Brabham ao final daquele ano. Mas a temporada de 78 não foi como o piloto esperava, com Niki vencendo apenas duas corridas, sendo a última na Itália. Depois, só voltaria a vencer nos Estados Unidos em 1982, já na McLaren — mas isso não o abateu em nada: dois anos depois, Lauda escreveria seu nome de vez na história ao se tornar campeão do mundo pela terceira vez.

NIKI LAUDA; MCLAREN; 1982;
Niki Lauda voltou à Fórmula 1 em 1982. Dois anos depois, foi novamente campeão (Foto: McLaren)

Alain Prost — 34 corridas

O tetracampeão teve o seu maior jejum de vitórias na Fórmula 1 entre as temporadas de 1990 e 1993. No ano do segundo título de Ayrton Senna, Prost, que fazia sua primeira temporada com a Ferrari, venceu cinco vezes, sendo a última na Espanha. A partir daí, o francês viu Senna se tornar tricampeão em 1991, Nigel Mansell vencer o título em 1992 para só então, em 1993, voltar a subir ao degrau mais alto do pódio. 34 corridas depois, Prost venceu o GP da África do Sul daquele ano — e reencontrar o caminho das vitórias deu sorte, uma vez que ao final daquele campeonato, ele se tornou tetracampeão.

Nigel Mansell — 33 corridas

A Williams dominou em 1992 com o seu histórico FW14B, o modelo com suspensão ativa combinado à potência do motor Renault que não deu chances aos adversários. Mansell foi campeão após o segundo lugar no GP da Hungria daquele ano, o 11º do calendário. Já com o título assegurado, venceria pela última vez em 92 em Portugal, e a partir daí, só voltaria a cruzar a linha de chegada em primeiro na última corrida da temporada de 1994, na Austrália.

Nigel Mansell, 32 poles, a última delas com o Williams FW16B no GP da Austrália de 1994 (Foto: AFP)

Damon Hill — 29 corridas

No dia 13 de outubro de 1996, Damon Hill entrou para a história ao se tornar o primeiro filho de um campeão mundial da F1 a também ser campeão na categoria. A vitória naquele ano no GP do Japão, no entanto, acabou dando início a um jejum que só terminaria 29 corridas depois, em 1998. O palco era Spa-Francorchamps, numa corrida que ficou marcada pelo múltiplo acidente na largada sob chuva, com 13 carros batendo — entre eles, David Coulthard (McLaren), Eddie Irvine (Ferrari) e Rubens Barrichello (Stewart).

Hill, com a Jordan, conseguiu escapar do caos e acabou vencendo — coincidentemente, o triunfo na Bélgica também foi o último do inglês na Fórmula 1.

Sebastian Vettel — 27 corridas

Como dito no início do texto, o jejum recente de Vettel não conta nessa lista porque está em andamento, mas o segundo maior jejum do tetracampeão aconteceu de 2015 a 2017. Nesse período, Seb defendia a Ferrari e foi um coadjuvante de luxo no início do domínio da Mercedes na Fórmula 1. Em sua primeira temporada defendendo Maranello, Vettel venceu três vezes, sendo a última em Singapura. Depois, voltaria ao topo do pódio novamente apenas na abertura do Mundial de 2017, na Austrália.

Vettel ficou um bom tempo sem vencer entre 2015 e 2017 na Ferrari (Foto: Ferrari)

Denny Hulme — 25 corridas

O neozelandês faz parte da saudosa geração dos anos 60, tendo sido campeão em 1967 ao volante da Brabham, conquistando naquele ano duas vitórias, três segundos lugares e três terceiros. No ano seguinte, venceria mais duas corridas, porém terminaria o campeonato apenas em terceiro, atrás de Graham Hill e Jackie Stewart.

Em 1969, com a McLaren, Hulme venceu apenas uma corrida, no México. Depois, só voltaria a subir ao degrau mais alto do pódio três anos depois, no GP da África do Sul de 1972 (vale lembrar que as temporadas na época tinham, em média, cerca de 12 corridas).

Graham Hill — 22 corridas

O pai de Damon também passou por um período de seca quando já era campeão na Fórmula 1. Hill, um dos grandes nomes dos anos 60, foi campeão pela primeira vez em 1962 com a BRM. Em 65, com dois vice-campeonatos na conta após o primeiro título, o inglês foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada em Mônaco e depois nos Estados Unidos. A partir daí, Hill só voltaria a vencer em 1968, no GP da Espanha — triunfo que o ajudou na conquista do seu segundo título na F1.

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