Novo regulamento da categoria em 2022 trouxe carros com conceitos muito diversos, e decidimos relembrar alguns dos designs mais diferentes da F1

A Fórmula 1 entra em uma nova era no ano de 2022. Os carros foram completamente remodelados, com o intuito de gerar corridas mais disputadas e possibilitar que os pilotos sigam os outros com mais facilidade e menos turbulência. A grande chave para isso é a volta do efeito solo, que trouxe grandes desafios para as equipes.

A pré-temporada em Barcelona e no Bahrein nos mostrou designs muito diversos. A Ferrari tem uma lateral larga e afundada, enquanto a Red Bull apresenta uma entrada de ar maior e um assoalho mais decalcado. Mas a interpretação mais diferente foi a da Mercedes, que praticamente eliminou a lateral do carro e trouxe um visual muito diferente

O design arrojado é só mais um na história da Fórmula 1. Com engenheiros sempre buscando uma vantagem sobre seus competidores, vários carros ao longo dos anos chamaram a atenção por conta de seus visuais. Nesta lista, o GRANDEPREMIUM aponta os dez desenhos mais inusitados da história da categoria.

1976-77 – Tyrrell P34

Tyrrell com seis rodas marcou época na F1 (Foto: reprodução)

Em qualquer lista dos carros mais diferentes da história da Fórmula 1, o Tyrrell P34 vai estar presente, por um motivo muito único: foi o primeiro e único carro com seis rodas da categoria. A ideia do engenheiro Derek Gardner era que, com mais borracha na pista, o carro teria mais aderência. O design funcionou, e a Tyrrell conseguiu uma histórica dobradinha no GP da Suécia de 1976 com Jody Scheckter e Patrick Depailler. Algumas equipes, como Ferrari e Williams, chegaram a copiar a ideia, mas no final das contas seguiram por outros caminhos. A FIA baniu os carros com seis rodas em 1983.

1978 – Brabham BT46

Brabham BT46 tinha um ventilador na traseira (Foto: reprodução)

O “carro ventilador” também é um dos designs mais famosos da história da Fórmula 1. Sem conseguir replicar o efeito solo dos carros da Lotus, o engenheiro Gordon Murray optou por uma solução drástica, ao colocar um ventilador na traseira do carro para puxar o ar e criar mais downforce. O BT46 ficou tão poderoso que Bernie Ecclestone, então dono da equipe, pediu para seus pilotos segurarem o desempenho. Niki Lauda venceu de forma dominante o GP da Suécia de 1978, com mais de 30 segundos de vantagem, mas o carro acabaria sendo banido após apenas uma prova por questões de segurança.

1971 – March 711

Asa dianteira da March chamou atenção em 1971 (Foto: Reprodução)

A March apresentou um conceito bem diferente de asa dianteira para a temporada de 1971. O formato oval e plano da parte dianteira gerou o apelido de “Tea Tray”, ou bandeja de chá. Para o brasileiro, a asa lembra mais uma prancha de surfe. O carro também ficou marcado por ser o primeiro de Niki Lauda na Fórmula 1. Dentro das pistas, não fez feio, levando o sueco Ronnie Peterson a cinco pódios e um vice-campeonato.

1976 – Ligier JS5

Ligier chegou chegando na Fórmula 1 (Foto: Divulgação)

O JS5 foi o primeiro carro da equipe francesa na Fórmula 1, e a imensa corcova atrás dos pilotos chamou a atenção de todo o paddock. Desenhado por Gérard Ducarouge, o carro ficou com o apelido de “Bule de chá”. A enorme entrada de ar não durou muito tempo, e foi diminuída depois de mudanças no regulamento no meio da temporada. Mas a Ligier teve sucesso com o modelo, conquistando um quarto lugar em Long Beach e três pódios durante o ano de 1976.

1979 – Ensign N179

O N179 ficou marcado como um dos carros mais feios da F1 (Foto: Reprodução)

O Ensign N179 é considerado por alguns como o carro mais feio da história da Fórmula 1. O desenho de Dave Baldwin, com os radiadores posicionados na frente do carro, formando uma escada, não ficou nem um pouco agradável aos olhos. A ideia era maximizar o efeito solo, mas o problema maior foi que o desempenho na pista acompanhou a beleza do carro: em 11 provas disputadas, o N179 não se classificou em sete, abandonou em três e terminou apenas uma corrida, na 13ª colocação. O carro seria remodelado para o ano seguinte, mas não o suficiente para manter o time no grid, e a Ensign deixou a categoria ao final de 1982.

1997 – Tyrrell 025

Tyrrell trouxe as asas em X em 1997 (Foto: Reprodução)

Olha a Tyrrell aparecendo de novo! Passando por dificuldades financeiras em 1997, a equipe britânica achou uma solução curiosa para aumentar o downforce: asas extras na lateral do carro, que ficaram conhecidas como X Wings. A estrutura canalizava o ar da parte superior do carro para aumentar a aderência e era útil em corridas em circuitos mais travados, como Mônaco. Foi justamente no principado que a equipe conseguiu seus únicos pontos na temporada, com o quinto lugar de Mika Salo. Para o ano seguinte, a equipe continuou a desenvolver o projeto, sendo copiada por Ferrari, Jordan, Sauber e Prost. Mas a FIA baniu a solução ainda no meio da temporada, preocupada com possíveis acidentes em que as X Wings se soltassem.

1969 – McLaren M7C

A McLaren “guilhotina” (Foto: reprodução)

Bem antes das X Wings na década de 2000, as equipes começavam a descobrir os potentes efeitos da aerodinâmica. Em 1968, a Colin Chapman e a Lotus iniciaram a era das asas elevadas. O impacto foi tão grande que os rivais passaram a competir para ver quem tinha a maior estrutura. Mas a pressão gerada na traseira dos carros precisava ser compensada, e alguns times, como a McLaren, acabaram optando por colocar uma outra asa extra na frente do carro. “O carro de quinta”, apelido recebido por ser introduzido em um treino numa quinta-feira em Mônaco. Mas o design se mostrou perigoso, e os “carros guilhotina” tiveram a asa frontal banida.

2001 – Arrows A22

Arrows recriou asa dianteira em 2001 (Foto: reprodução)

A experimentação com as asas não acabou com as X Wings. Em 2001, A Arrows apareceu para o GP de Mônaco com um remake do conceito da McLaren em 1969. Uma mini asa no bico do carro havia sido instalada nos carros de Jos Verstappen e Enrique Bernoldi, com a ideia de melhorar o downforce no carro no estreito e sinuoso circuito do principado. Mas a FIA reagiu rápido, e baniu o dispositivo antes mesmo da corrida. 

1972 – Eifelland type 21

Eifelland durou apenas um ano na Fórmula 1 (Foto: Reprodução)

A Eifelland foi uma pequena alemã que durou apenas uma temporada na Fórmula 1. O empresário Günther Hennerici decidiu que valia mais apenas transformar seu patrocínio para o piloto conterrâneo Rolf Stommelen em uma equipe própria, e comprou um chassi da March. Luigi Colani, famoso designer industrial alemão, desenhou o carro baseado na sua paixão por formas circulares. Um duto de ar na frente do cockpit e o retrovisor posicionado no meio do carro combinaram para um dos visuais mais únicos da história da categoria

2022 – Mercedes W13

Mercedes apresentou carro sem sidepods para 2022 (Foto: Mercedes)

Ainda é difícil saber como o W13 da Mercedes entrará para a história. Depois de apresentar um modelo mais convencional nos testes de pré-temporada em Barcelona, a Mercedes apareceu com um modelo completamente diferente no Bahrein. Os sidepods (ou a falta de) pequenos foram em uma direção totalmente oposta ao resto do grid. Por enquanto, Lewis Hamilton e George Russell relataram dificuldades com o carro, e não esperam brigar por vitórias no início. Mas, se a equipe alemã conseguir domar o próprio monstro, pode acabar dominando a Fórmula 1 mais uma vez.

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