Lendário fundador da equipe que leva o seu sobrenome até os dias de hoje contou com seis titulares e tantos outros competidores do país que guiaram o seu carro pelo menos por algumas voltas

Por mais que a saúde fosse frágil, pouco gente poderia imaginar a morte de Frank Williams, no último domingo de novembro (28), aos 79 anos. Com o lendário fundador da equipe que leva o seu sobrenome até os dias de hoje, lá se vai uma enorme relação de admiração, carinho e respeito com pilotos brasileiros.

O 10+ do GRANDE PREMIUM desta semana relembra os sete pilotos brasileiros que foram titulares na Williams. De José Carlos Pace a Felipe Massa, passando, claro, por Ayrton Senna, as histórias são muitas. Histórias vitoriosas para o país, como no tricampeonato mundial de Nelson Piquet, em 1987.

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GP da Arábia Saudita, no último domingo, foi o primeiro após a morte de Frank Williams (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

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Pouca gente, no entanto, pode se lembrar das oportunidades menos badaladas para jovens pilotos de testes brasileiros. Em uma outra época do automobilismo, em que se incentivava a evolução do carro ao longo da temporada e, paralelamente, servia de vitrine para grandes talentos. Para essa seção, Max Wilson, Bruno Junqueira e João Paulo Oliveira foram retratados.

Veja os pilotos brasileiros que pilotaram pela Williams

José Carlos Pace | 1972

Tão pioneiro no automobilismo brasileiro, Pace também tinha que estar nesta intensa relação com a equipe de Frank. O piloto ingressou na F1 pela Williams, ainda de chassi March, tendo pontuado logo em duas oportunidades: um sexto lugar no GP da Espanha e um quinto lugar no GP da Bélgica, totalizando três pontos.

Nelson Piquet | 1986 e 1987

Em um pequeno salto no tempo, é verdade, um outro brasileiro só foi pilotar para o empresário, nascido em South Shields, 14 anos depois de Pace. Depois de duas temporadas ruins na Brabham, equipe pela qual tinha conquistado o bicampeonato, Piquet foi para a Williams. No primeiro ano, venceu quatro corridas, mas ele e Nigel Mansell perderam para a Mclaren de Alain Prost. Na temporada seguinte, bater o próprio companheiro de equipe para ficar com o seu terceiro título mundial.

Filho de Piquet, Nelsinho fez o seu primeiro teste de F1 a bordo de uma Williams, em 2003. O piloto, inclusive, postou fotos marcantes dessa época.

Ayrton Senna | 1994

O momento mais infeliz nessa relação, talvez até controverso para os mais críticos, foi com Senna. O já tricampeão mundial pela McLaren pilotou a Williams por três corridas, sem completar nenhuma. A história que todo mundo sabe e quem viveu se lembra exatamente o que estava fazendo, no entanto, começou 11 anos antes do acidente fatal no GP de San Marino. Frank convidou o então campeão da F3 Britânica para testar o carro, em Donington Park, na Inglaterra.

Antonio Pizzonia | 2004 e 2005

O amazonense não pode ser considerado um titular, tampouco só um piloto de testes da Williams. Piloto da Petrobras Junior Team, ele ingressou na F1 em 2003, como piloto de testes da equipe, mas correu pela Jaguar. Nos anos seguintes, no entanto, substituiu Ralf Schumacher e depois Nick Heidfeld na equipe. Ao todo, foram nove provas pela equipe, tendo conquistado quatro sétimos lugares.

“Obrigado por tudo, Frank. Você sempre fará falta, mas o seu legado sempre viverá”, escreveu Pizzonia, no dia da morte do ex-patrão.

Rubens Barrichello | 2010 e 2011

A Williams foi a sexta e última equipe de Rubinho na F1. O brasileiro chegou ao time de Woking vindo da Brawn GP, mas sem chances claras de lutar por vitórias. O plano ali era fazer o carro evoluir para conquistar o maior número de pontos possíveis. E deu certo até determinado ponto. A melhor colocação foi a 4ª posição, no GP da Europa, de 2010. No ano seguinte, o GP do Brasil acabou sendo a última das 326 corridas do piloto na categoria.

“Pela felicidade quando assinamos o contrato em 2009 e por tudo o que você fez pelo automobilismo”, disse Barrichello, antes das hashtags de “descanse em paz Frank Williams”. 

Bruno Senna | 2012

Sobrinho do tricampeão mundial, Bruno já andava por HRT e Lotus Renault antes de assinar com a equipe de Frank. A oportunidade da reedição da parceria Williams-Senna veio com a opção por não-renovação do contrato com Barrichello. Logo na segunda corrida, no GP da Malásia, um empolgante 6º lugar, mas os bons resultados demoraram a se repetir nas outras 18 corridas. Ficou mesmo novamente a imagem do capacete com as listras azul e verde saindo da altura da viseira do piloto.

Felipe Massa | 2014 a 2017

Depois de oito temporadas na Ferrari, Massa desembarcou na Williams que já se esforçava para se manter em um bom nível. Ao longo de quatro temporadas (seriam três se não fosse a opção por ajudar o time que havia perdido Valtteri Bottas para a Mercedes ao final de 2016), foram cinco pódios. O terceiro lugar no GP do Brasil de 2014, no entanto, não foi mais emocionante do que a primeira despedida, dois anos depois, quando todo o paddock aplaudiu a sua caminhada de volta aos boxes.

“Guardarei no meu coração todos os momentos que vivemos juntos e tudo o que você fez por mim”, relatou Massa, em português e em inglês, nas redes sociais.

Max Wilson | 1998

Na transmissão da TV Band para o GP da Arábia Saudita, o primeiro depois da morte de Frank, Max, comentarista da emissora, lembrou os seus tempos a bordo da Williams. Na mesma época em que o colombiano Juan Pablo Montoya, o brasileiro também pilotou o carro da equipe britânica. Em suas redes sociais, ele postou uma lembrança do motor Renault V10, durante um teste em Silverstone. “Esse fazia barulho”, escreveu.

Bruno Junqueira | 1999

Campeão da Fórmula 3000 Europeia, Junqueira chamou a atenção da equipe garagista e foi chamado para ser piloto de testes, enquanto Alessandro Zanardi e Ralf Schumacher eram os pilotos titulares — o apoio da Petrobras começou nessa mesma época. A ansiedade por mostrar o seu talento em corridas, já que vinha de vitórias sobre Fernando Alonso e Mark Weber na base, o fez migrar para a Indy

João Paulo Oliveira | 2006

“Obrigado por ser uma inspiração para muitos de nós e obrigado também por dar a minha única chance de dirigir um carro de F1.” Foi assim que João Paulo Oliveira, campeão da F3 Japonesa e da Super Formula, agradeceu o legado deixado por Frank. O teste em questão foram algumas tantas voltas inesquecíveis para o piloto e aconteceu em Valência, na Espanha

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