Gabriel Bortoleto dá sequência a uma antiga linhagem de pilotos brasileiros da Fórmula 1 quando começar a trajetória com a Sauber em 2025

A espera durou muito tempo, mas chegou ao fim. Na última semana, a Sauber confirmou Gabriel Bortoleto para a temporada 2025, encerrando jejum de sete anos sem brasileiros titulares na lista dos pilotos da categoria. Com isso em mente, o GRANDE PREMIUM lista os últimos dez estreantes do Brasil no posto de titular na F1.

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Importante ressaltar que a lista, que começa com Bortoleto, não conta com Pietro Fittipaldi, que defendeu a Haas em duas corridas da temporada 2020 enquanto substituía um lesionado Romain Grosjean. Vale apenas aqueles que foram realmente titulares.

A lista está organizada por ordem de estreia.

Gabriel Bortoleto e Mattia Binotto, piloto e diretor da Sauber (Foto: Sauber)

1 – Gabriel Bortoleto, 2025

O jovem piloto que quebra o jejum e põe o Brasil de volta no grid com um piloto titular pela primeira vez desde 2017. Bortoleto chega à F1 como campeão da F3 2023 e, ao menos até agora, líder da F2 2024.

É um pouso lotado de expectativas.

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Nasr foi piloto Sauber em 2015 e 2016 e somou 29 pontos na F1 (Foto: Reprodução)

2 – Felipe Nasr, 2015

Pela mesma Sauber em que Bortoleto vai estrear, mas numa época bastante diferente, Nasr esteve no grid durante as temporadas 2015 e 2016. Ao todo, foram 39 largadas para GPs e 29 pontos.

A Sauber também andava mal, mas por uma questão de grave crise financeira, e precisava dos prêmios da FIA.

Foi o nono lugar de Nasr no GP do Brasil de 2016 e garantiu o décimo lugar do Mundial de Construtores, superando a Manor. Foram ao todo sete provas nos pontos.

Lucas Di Grassi em ação pela Virgin na F1 (Foto: Divulgação)

3 – Lucas Di Grassi, 2011

O sonho por uma vaga na Renault não aconteceu para Di Grassi, que passou pela fila da marca francesa, mas acabou sem espaço.

Terminou promovido ao grid da F1 pela nanica Virgin na temporada 2010, onde largou para 18 corridas no campeonato.

Sem qualquer chance de pontuar, teve o 14º lugar do GP da Malásia como melhor resultado.

Bruno Senna defendeu a Lotus por breve período na F1 (Foto: AFP)

4 – Bruno Senna, 2010

Para Bruno, a F1 foi endereço ao longo de três temporadas e 46 largadas, de 2010 a 2012.

E todas em equipes diferentes: HRT, Lotus – em que assumiu vaga apenas na segunda metade do ano, no lugar de Nick Heidfeld – e Williams.

Marcou os primeiros pontos pela Lotus, mas foi em 2012, quando foi aos pontos dez vezes, que se tornou mais habituado à pontuação. O melhor resultado foi o sexto lugar no GP da Malásia de 2012.

Nelsinho Piquet bateu no maior escândalo da história da F1 (Foto: Reprodução/F1)

5 – Nelsinho Piquet, 2008

Dono de uma temporada completa e demitido na metade do segundo campeonato, Nelsinho representa um caso especial.

Inicialmente, porque foi quem ficou, em 2008, com a tão desejada vaga na Renault ao lado de Fernando Alonso e até viveu bons momentos no ano de estreia, sobretudo com o segundo lugar do GP da Alemanha.

Só que caiu de rendimento e foi demitido durante um 2009 muito ruim. Foi aí que veio a público a fraude do GP de Singapura de 2008, quando bateu propositalmente, num arranjo da Renault para render a vitória a Alonso. Saiu da categoria em desgraça.

Antonio Pizzonia passou pela Jaguar, quando sequer terminou a temporada 2003, e depois correu pela Williams em algumas etapas (Foto: Wikimedia)

6 – Antônio Pizzonia, 2003

O manauara Pizzonia foi alçado ao grid da F1 pela Jaguar na temporada 2003. Mas sem conseguir repetir os resultados do então companheiro Mark Webber ao longo do ano, foi demitido após a queda do chefe de equipe, o tricampeão mundial de Niki Lauda.

Foram 11 GPs como titular. Pizzonia apareceria em várias corridas nos dois anos seguintes, pela Williams, mas sempre como substituto de titulares machucados. Em 2004, de Ralf Schumacher; em 2005, Nick Heidfeld.

Os melhores resultados foram justamente pela Williams, quatro sétimos lugares.

Cristiano da Matta estreou na F1 em 2003 após o título na Indy. Em 2004, foi trocado pela equipe e não voltou mais ao grid (Foto: Wikimedia)

7 – Cristiano da Matta, 2003

Dono de enorme sucesso nos Estados Unidos quando migrou para a F1. Da Matta foi campeão da CART, antiga versão da Indy secionada, em 2002 e estreou como titular da Toyota no ano seguinte.

Em 2003, pontuou quatro vezes – na época apenas os oito primeiros colocados anotavam pontos – num momento em que a fábrica japonesa tinha carro deficitário. Mas foi o suficiente para superar Oliver Panis, experiente companheiro de equipe.

Em 2004, contudo, o carro piorou e Da Matta sofreu. Acabou demitido no meio do ano e, traumatizado com a falta de competitividade do carro que tinha em mãos jurou não voltar mais à F1. Ao todo, disputou 28 GPs.

Felipe Massa teve carreira longa e cheia de vitórias (Foto: Ferrari)

8 – Felipe Massa, 2002

Massa é de longe o piloto de maior sucesso entre os brasileiros que estrearam na F1 após a virada do século. Foram 15 temporadas no grid e 269 largadas, 1.167 pontos, 16 poles, 41 pódios e 11 vitórias, além do vice-campeonato mundial de 2008.

A estreia se deu pela mesma Sauber de Bortoleto, em 2002, para onde retornou em 2004 após ficar fora do grid em 2003.

Em 2005, migrou para a Ferrari, onde ficou até 2013 e por onde conquistou todas as vitórias. Nos últimos quatro campeonatos, defendeu a Williams e ainda conquistou pole e pódios.

Enrique Bernoldi correu dois anos na Arrows. A equipe, no entanto, faliu e o brasileiro encerrou a breve passagem na F1 (Foto: Miguel Costa Jr.)

9 – Enrique Bernoldi, 2001

Enquanto estrela ascendente no esporte, pelo fim dos anos 1990, Bernoldi foi piloto da equipe de Helmut Marko na F3000 e acabou se tornando o primeiro piloto da Academia da Red Bull. Empurrado por ela, chegou a testar com a Sauber, mas acabou preterido por Kimi Räikkönen na esquadra suíça.

A estreia na F1 veio em 2001, pela Arrows. Tinha o patrocínio da marca de bebidas e Jos Verstappen como parceiro. Bernoldi disputou as temporadas 2001 e 2002, com contrato renovado após o primeiro campeonato. Mas a Arrows faliu no meio de 2002 e nem chegou a terminar a temporada. Bernoldi terminou com 28 largadas, mas sem pontuar.

É bem verdade que, caso o sistema de pontuação fosse o atual, teria ido aos pontos quatro vezes na pequena e em crise equipe inglesa. Enrique ainda assinou com a BAR para ser piloto de testes nos anos seguintes, mas não voltou ao grid.

Luciano Burti teve curta passagem pela F1 no começo do século (Foto: Arquivo Red Bull)

10 – Luciano Burti, 2001

Há toda uma geração de apaixonados pela F1 que pensa em Burti como comentarista das corridas na TV Globo, mas muito antes disso foi dono de uma curta e tortuosa carreira na categoria. Preparado como piloto de testes da Stewart desde o fim dos anos 1990, continuou mesmo após a venda da escuderia para a Ford, que transformou o time em Jaguar.

No ano 2000, substituiu Eddie Irvine em uma corrida, após o titular sofrer de apendicite, mas em 2001 seria efetivado na vaga do aposentado Johnny Herbert. E foram somente quatro corridas pela Jaguar, até decidir por conta própria pela mudança para a Prost, onde correu as dez provas seguintes.

O famoso e grave acidente no GP da Bélgica fez Burti decidir deixar os GPs. Ainda foi piloto de testes da Ferrari por alguns anos, mas nunca voltou às pistas da F1. Nunca pontuou sob o formato antigo, mas, caso o sistema em vigor fosse o atual, teria marcado ponto em quatro oportunidades nas 15 largadas que teve.

Vice-campeão de 2002 e 2004, Rubens Barrichello venceu 11 vezes na F1 (Foto: Ferrari)

Menção honrosa: Rubens Barrichello

Dono de 322 largadas na categoria, Barrichello é o brasileiro mais longevo da F1. Tão longevo que superou as carreiras de vários nomes na lista até deixar a categoria, no fim de 2011. A ausência como um dos dez nomes se desta ser uma lista estabelecida de acordo com a data de estreia, e a de Rubens aconteceu em 1993. Ao todo, venceu 11 provas e foi a 68 pódios, além de 14 pódios durante tempo em que defendeu Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams.

BRASIL VOLTA À F1 COM BORTOLETO. O QUE ISSO SIGNIFICA? | TTGP #160

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