Entre os GPs de Miami e Mônaco, três equipes diferentes comemoraram vitórias na Fórmula 1. É algo que tem sido incomum na categoria
Em tempos de domínios absolutos na Fórmula 1, algo que dominou a ordem de forças dos campeonatos de maneira preponderante desde o começo dos anos 2010, o quão comum é que três equipes diferentes vençam provas consecutivas, como aconteceu nas provas de Miami, Emília-Romanha e Mônaco neste 2024? Não muito. E a maioria dos casos aponta ao menos uma anomalia que jogou o triunfo nas mãos de um sortudo pronto para aproveitar o rebote.
Na sequência deste 2024, acontecida antes do GP do Canadá do último fim de semana, Lando Norris levou a melhor em Miami, Max Verstappen ganhou em Ímola e, por fim, Charles Leclerc finalmente conquistou a primeira vitória dele em casa, o GP de Mônaco.
O GRANDE PREMIUM aproveita o momento e lista as dez últimas vezes em que aconteceu.
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F1 2021
Sequência 1 F1 2021 – GPs da Áustria, Inglaterra e Hungria
Verstappen (Red Bull), Hamilton (Mercedes) e Ocon (Alpine)
Antes do triunvirato de vencedores de 2024, a sequência de três em três estava em falta. Nada disso aconteceu nas temporadas 2023 ou 2022, e foi necessário retornar até 2021 para tanto. E aconteceu em duas oportunidades diferentes durante a perna europeia. A primeira começou na Áustria, nona etapa do campeonato, com direito a vitória de Max Verstappen e a Red Bull. A prova seguinte, na Inglaterra, contou com a recuperação de Lewis Hamilton, ganhando com a Mercedes numa prova em que ele e Verstappen se acharam e fizeram o Mundial explodir na briga pelo título.
A última prova foi justamente a da anomalia: Valtteri Bottas e Lance Stroll, em dois incidentes separados, causaram meia dúzia de abandonos dos primeiros colocados na largada, inclusive Verstappen. Hamilton ficou com a corrida na mão, mas um erro grotesco de estratégia da Mercedes causou a cena do heptacampeão sozinho na pista para a relargada. No fim das contas, a vitória caiu no colo de Esteban Ocon e da Alpine.
Sequência 2 – GPs dos Países Baixos, Itália e Rússia
Verstappen (Red Bull), Ricciardo (McLaren) e Hamilton (Mercedes)
A sequência seguinte começou duas corridas depois. Após a Hungria, Verstappen venceria de novo na não-corrida da Bélgica, em que jamais houve bandeira verde por conta da chuva, e em casa, no primeiro GP dos Países Baixos, em frente ao mar laranja. Aí, na Itália, a corrida se fez à feição da McLaren após Hamilton e Verstappen colidirem novamente.
Max acabou punido para a corrida seguinte, mas ambos abandonaram e deram a oportunidade de uma dobradinha laranja. Daniel Ricciardo venceu pela primeira e única vez pela McLaren.
O fim da série contou com Hamilton se recuperando na Rússia, mas sem facilidade. Na realidade, em dado momento, parecia que Norris levaria a melhor novamente com a McLaren. Mas a chuva caiu e bagunçou tudo. Hamilton ficou com a vitória.
F1 2020
Sequência 3 – GPs do Bahrein, Sakhir e Abu Dhabi
Hamilton (Mercedes), Pérez (Racing Point) e Verstappen (Red Bull)
A temporada 2020 contou com um domínio retumbante de Hamilton misturado com vários momentos em que a loucura se impôs e equipes diversas venceram. A única sequência de três em três, porém, aconteceu justamente nas últimas corridas do ano. A última vitória de Hamilton aconteceu no GP do Bahrein, encerrando as glórias do sétimo título. Mas Hamilton testou positivo para a covid-19 na semana seguinte e ficou fora do GP de Sakhir, realizado na mesma pista barenita, mas na configuração do anel externo.
Por lá, a corrida foi completamente bizarra. Verstappen e Leclerc bateram na largada e abandonaram, enquanto a Mercedes errou feio em pit-stops tanto de Bottas quanto de George Russell, que estreava na equipe como substituto de Lewis. Russell mesmo assim venceria, mas sofreu um furo de pneu e ficou sem a glória. Sergio Pérez, na corrida #190 na F1, ficou com a vitória pela antiga Racing Point, atual Aston Martin. O detalhe é que Pérez estava sem vaga para 2021, já defenestrado da equipe que vestia rosa. A vitória acabou fundamental para conquistar o espaço da Red Bull que detém até hoje. Por fim, Verstappen ganhou o GP de Abu Dhabi para a Red Bull e indicou o que viria no ano posterior.
F1 2019
Sequência 4 – GPs da Alemanha, Hungria e Bélgica
Verstappen (Red Bull), Hamilton (Mercedes) e Leclerc (Ferrari)
A temporada 2019 também contou com uma sequência deste naipe no meio do domínio da Mercedes. A primeira corrida da série foi a grande anomalia. Num chove-e-para alucinante em Hockenheim, os favoritos foram ficando para trás. Nico Hülkenberg passou a ter chances reais de vencer, mas cometeu um erro e abandonou. Verstappen, no fim das contas, levou a Red Bull à segunda vitória daquela temporada após 11 provas.
Na Hungria, logo em seguida, Hamilton conquistou o que era a oitava vitória do ano para a Mercedes. E, por fim, Leclerc ganhou na Bélgica num momento em que a Ferrari apontou como praticamente invencível por conta do motor nas pistas mais velozes. Ainda venceria o GP da Itália em seguida, logo antes da Ferrari ser punida por irregularidades.
F1 2018
Sequência 5 – GPs do Bahrein, China e Azerbaijão
Vettel (Ferrari), Ricciardo (Red Bull) e Hamilton (Mercedes)
A temporada 2018 foi a de maior alternância de equipes vencedoras ao menos na última década, de longe. Isso porque Mercedes e Ferrari lutaram pelo título por parte do campeonato, enquanto a Red Bull acompanhava razoavelmente de perto e tinha ótimas condições de brigar em algumas pistas. Sebastian Vettel ganhou as duas primeiras provas do ano para a Ferrari, na Austrália e no Bahrein, justamente onde a sequência iniciou.
A prova seguinte foi na China, com enorme força da Red Bull e briga das três. Mas foi Ricciardo quem levou a melhor e ganhou para o time dos energéticos. Por fim, a primeira vitória da temporada veio na prova seguinte, no Azerbaijão, abrindo a história do que seria o quinto título dele e quinto seguido da Mercedes.
Sequência 6 – GPs de Mônaco, Canadá e França
Ricciardo (Red Bull), Vettel (Ferrari) e Hamilton (Mercedes)
O três em três seguinte começou em Mônaco, quando Ricciardo ganhou novamente. Foi a sensação de uma devolução da derrota na mesma pista no ano anterior, quando um erro da Red Bull tirou do australiano a chance de vencer. E mais uma vez houve drama, porque Ricciardo relatou problemas no motor e perda de potência ainda na primeira parte da prova. Como em Monte Carlo é praticamente impossível ultrapassar, ficou na pista e segurou a vitória por cerca de 50 voltas.
Duas semanas depois, Vettel venceria mais uma pela Ferrari. Hamilton daria o troco na França para ganhar de novo. Os dois brigavam firme pelo campeonato àquela altura, separados por somente 14 pontos após oito das 21 provas.
Sequência 7 – GPs da Áustria e Inglaterra e Alemanha
Verstappen (Red Bull), Vettel (Ferrari) e Hamilton (Mercedes)
E não é que as três corridas depois da França também seriam três times diferentes no lugar mais alto do pódio? Na casa da Red Bull, a Áustria, deu Verstappen. Mas as duas provas seguintes seriam absolutamente dramáticas para o campeonato e memoráveis para os anos seguintes na F1.
Vettel fez uma grande exibição na Inglaterra, interrompeu uma longa sequência de vitórias de Hamilton em casa e assumiu a liderança do campeonato. A percepção era de que Vettel havia conquistado uma quebra de saque importante, para usar jargão do tênis. Mas a prova seguinte era na casa de Seb, a Alemanha. E Vettel liderava a corrida após mais da metade da jornada, mas o começo da chuva causou confusão. A 15 voltas do fim, o tetracampeão tocou sozinho na brita, rodou e abandonou. Hamilton ficou com a vitória e começou a disparar no caminho do título.
Sequência 8 – GPs do Japão, EUA e México
Hamilton (Mercedes), Räikkönen (Ferrari) e Verstappen (Red Bull)
A sequência derradeira viria na parte final da F1 2018, já sem qualquer briga por caneco e sem Vettel envolvido. Hamilton se aproximava a galope do pentacampeonato. No Japão, deu mais um passo e ganhou a quarta prova seguida com a Mercedes.
Já o GP dos Estados Unidos ficou com a Ferrari, mas não com Vettel: com Kimi Räikkönen, na última vitória dele na F1. Por fim, Verstappen venceu pela segunda vez no ano e numa pista onde a Red Bull se mostrava superior. A prova terminou com a consagração do quinto título de Hamilton.
F1 2017
Sequência 9 – GPs de Mônaco, Canadá e Azerbaijão
Vettel (Ferrari), Hamilton (Mercedes) e Ricciardo (Red Bull)
Assim como em 2018, a temporada 2017 também ensejou uma briga pelo título entre Hamilton e Vettel, Mercedes e Ferrari. A bem da verdade, apesar de 2018 ser lembrado como um campeonato de maior disputa, o duelo durou mais tempo no ano anterior. A primeira das sequências de três em três começou em Mônaco, quando Vettel ganhou a terceira dele na temporada para a Ferrari. Até aquele momento, vencera metade das corridas do ano.
A prova seguinte era no Canadá, e Hamilton também emendou a terceira vitória no campeonato. Das sete provas até aquele momento, cada um vencera três e Bottas ganhara uma corrida perdida no meio. Mas haveria um vencedor diferente na sequência: Ricciardo, de Red Bull. Foi nesta prova, em Baku, a fatídica batida proposital de Vettel na traseira de Hamilton durante intervenção do safety-car. Vettel achou que Lewis fazia um brake-test com ele, algo facilmente desbancado pelas imagens de TV. Seb acabou punido, Hamilton teve problemas mais tarde e a vitória ficou com Ricciardo.
Sequência 10 – GPs dos EUA, México e Brasil
Hamilton (Mercedes), Verstappen (Red Bull) e Vettel (Ferrari)
A última das nossas dez sequência aconteceu na perna americana da temporada. Hamilton venceu a última dele naquela temporada nos Estados Unidos, ficando a detalhes de conquistar o quarto título mundial e apagar de vez o fantasma do ano seguinte, quando perdeu o caneco para Nico Rosberg.
A confirmação do tetra de Hamilton veio na corrida seguinte, no México, mas sem a vitória. Verstappen foi quem venceu, no segundo triunfo dele e terceiro da Red Bull no campeonato. Vettel venceria pela última vez em 2017 no Brasil, a terceira vitória em Interlagos pela F1.
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