Gerido pelo polêmico Helmut Marko, o Red Bull Junior Team tem um papel importante na Fórmula 1 atual - momento perfeito, então, para listar os 10 melhores pilotos formados pelo programa austríaco

Com praticamente todo o grid de 2022 da Fórmula 1 já confirmado, surge um cenário curioso – mas que, a cada dia, vai se tornando mais comum: sete dos 20 pilotos estarão competindo pelos times da Red Bull ou foram formados pelo Red Bull Junior Team.

É só fazer as contas: além das duplas de Red Bull Racing (Max Verstappen e Sergio Peréz) e AlphaTauri (Pierre Gasly e Yuki Tsunoda), os pilotos Carlos Sainz (na Ferrari), Daniel Ricciardo (McLaren) e Alexander Albon (Williams) tem a influência taurina em suas carreiras.

Curiosamente, desses sete, a Red Bull Racing – a equipe principal da marca de energéticos – tem um representante de fora, que não foi formado pelo seu programa júnior: Sergio Pérez.

Independente desse último detalhe, é fato que o Red Bull Junior Team – apesar das críticas que possam surgir ao modelo e ao seu responsável, o ex-piloto Helmut Marko – tem uma contribuição inestimável ao automobilismo atual.

Por isso, aproveitamos esse 10+ para listar os dez melhores pilotos formados pela iniciativa austríaca.

10. Dennis Hauger

Dennis Hauger é jovem, mas já está pressionado (Foto: Reprodução/Facebook)

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Começando a lista por, na verdade, um voto de esperança no futuro. Dennis Hauger entrou para o Red Bull Junior Team no final de 2017 e, no ano seguinte, fez a estreia nos monopostos.

O primeiro título veio em 2019, na F4 Italiana. Em seguida, ele migrou para a F3 da FIA e, agora em 2021, foi campeão.

Com apenas 18 anos, o austríaco é atual aposta da Red Bull para ser o próximo Max Verstappen. Será?

9. Vitantonio Liuzzi

Vitantonio Liuzzi defendendo as cores da Toro Rosso (Crédito: Red Bull Content Pool)

Ok, a escolha de Vitantonio Liuzzi para esta lista pode ser um pouco polêmica. É verdade: em seus anos de Fórmula 1, o italiano teve resultados muito fracos. Mas também é verdade que, nesse período, ele nunca teve um bom carro nas mãos.

O real motivo para Liuzzi surgir neste 10+ é o que ele fez antes da F1. O piloto foi o campeão da Fórmula 3000 em 2004, trazendo o primeiro grande título para qualquer projeto de automobilismo ligado à Red Bull.

Sim, a F3000 vivia um momento de decadência, mas o italiano fez aquilo que se esperava dele: nove poles e sete vitórias, isso em apenas dez provas. Por isso, merece um lugarzinho na história.

8. Daniil Kvyat

Daniil Kvyat pela AlphaTauri, em 2020 (Foto: AlphaTauri)

Daniil Kvyat é, certamente, o piloto que viveu a relação mais abusiva com a Red Bull. Explica-se: na F1, ap´ós uma passagem pela Toro Rosso, o russo foi promovido para a equipe principal da marca, em 2015 – para ser dispensado depois de apenas uma temporada e três GPs.

Kvyat voltou para a Toro Rosso, de onde viu Max Verstappen vencer corridas com o seu ex-carro – e entrou em sua pior fase. Acabou sem carro em meados de 2017. Porém, a marca de energéticos percebeu que ainda havia potencial no russo, que o recontratou para 2019.

Por fim, deixou a Toro Rosso – na época, já AlphaTauri – no final de 2020. Hoje, é piloto reserva da Alpine.

Ainda que não tenha o mesmo arrojo de Verstappen, Kvyat nunca teve a paz necessária para mostrar as suas reais capacidades na F1. Foi vítima do “moedor de carne” que é o Red Bull Junior Team.

Vale lembrar que, antes de entrar na maior categoria do automobilismo mundial, o russo foi o campeão da GP3, categoria antecessora da atual F3.

7. Alexander Albon

Alexander Albon
Alexander Albon pilotando pela Red Bull Racing (Foto: Red Bull Content Pool)

De diversas maneiras, a história de Alexander Albon se parece com a de Daniil Kvyat. O tailandês foi vice-campeão da GP3 e da F2, sendo levado à F1 para correr na Toro Rosso em 2019.

Depois de apenas 12 GPs, Albon foi promovido para a equipe principal da Red Bull, no lugar de Pierre Gasly. Na temporada seguinte, o tailandês até que conseguiu dois pódios, mas ainda era muito difícil para um piloto tão novato superar Max Verstappen, que é o dono da casa e para quem o time trabalha.

Foi o suficiente para a Red Bull perder a confiança em Albon, que foi substituído por Sergio Pérez em 2021. Para o próximo ano, a empresa austríaca conseguiu um lugar para tailandês na Williams.

Que Alex Albon consiga se destacar. Afinal, ele é muito melhor do que os resultados que conquistou até aqui.

6. Patricio O’Ward

Antes de ir para a Indy, O’Ward teve uma curta passagem pelo Red Bull Junior Tea, (Foto: Indy)

Sim, isso mesmo: Patricio O’Ward também fez parte do Red Bull Junior Team. Infelizmente, foi por pouco tempo: a admissão foi em maio de 2019, com a empresa austríaca conseguindo uma vaga para o mexicano disputar duas corridas da F2 pouco depois.

Infelizmente, O’Ward não conseguiu os pontos necessários para obter a superlicença para correr na F1 – o que fez com que a Red Bull desistisse do piloto, liberando-o do contrato para que pudesse assinar com a Harding, da Indy, já para 2018.

Nos EUA, o mexicano se encontrou. Na primeira temporada pela McLaren SP, em O’Ward foi quarto colocado no campeonato. Na segunda, agora em 2021, lutou pelo título e ficou em terceiro.

Certamente está muito mais feliz nos Estados Unidos do que estaria na F1.

5. Pierre Gasly

PIERRE GASLY; ALPHATAURI; BAHREIN; PRÉ-TEMPORADA; FÓRMULA 1;
Pierre Gasly pela AlphaTauri, na pré-temporada de 2021 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Pierre Gasly é mais um que vive uma relação abusiva com Helmut Marko e o seu projeto de formação de pilotos.

Na base, a carreira do francês foi meteórica: campeão na GP2 (atual F2) em 2016, foi promovido para a Toro Rosso, da F1, em 2017, quando competiu em cinco GPs na parte final da temporada.

A primeira temporada completa na categoria, em 2018, foi o passe para assumir um dos carros da Red Bull em 2019. Porém, no novo time, o francês não fez o suficiente, na visão do chefe Christian Horner, para se garantir na equipe. Foi sacado após a 12ª etapa daquele ano.

Não foi um momento fácil para Gasly, mas ele certamente tem a maior volta por cima entre todos os “rejeitados” da Red Bull: no oitavo GP após o “rebaixamento” para a Toro Rosso, o piloto conseguiu um segundo lugar. Na temporada seguinte, no mítico circuito de Monza, Gasly conquistou a primeira vitória na carreira.

Em 2021, Gasly continua na AlphaTauri – tendo garantido um outro pódio, com um terceiro lugar no Azerbaijão. Já faz por merecer uma segunda chance na equipe principal da Red Bull.

4. Carlos Sainz Jr.

GP de Mônaco 2021, Carlos Sainz, Ferrari
Carlos Sainz já pela Ferrari, no GP de Mônaco de 2021 (Foto: Reprodução/Twitter/@ScuderiaFerrari)

Nem sempre romper os laços com a Red Bull significa o fim da carreira na Fórmula 1. Carlos Sainz Jr. é o primeiro exemplo disso na nossa lista.

Campeão da extinga F´-Renault 3.5, o espanhol estreou na F1 pela Toro Rosso, em 2015. No time italiano, conquistou alguns bons resultados – mas acabou deixando o programa da Red Bull em meados de 2017 para buscar novos ares.

Desde então, o espanhol competiu por Renault, McLaren e, agora, Ferrari – onde já faz aquela que é a sua melhor temporada na F1.

Ainda que não tenha conquistado a primeira vitória na Fórmula 1, Sainz já demonstrou todo o arrojo de um grande piloto. Resta, agora, estar no lugar certo na hora certa.

3. Daniel Ricciardo

DANIEL RICCIARDO; RED BULL; F1; GP DO CANADÁ; 2014
Daniel Ricciardo teve grandes resultados durante o seu período de Red Bull (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Daniel Ricciardo é um dos grandes exemplos de sucesso do Red Bull Junior Team. Campeão da F3 Inglesa em 2009, o australiano foi promovido para a F1 em 2011, em um “empréstimo” para a pequena HRT. No ano seguinte, foi para a Toro Rosso.

A estreia na Red Bull foi em 2014, onde foi muito mais consistente que o companheiro de equipe, Sebastian Vettel, e teve três vitórias – conquistando o terceiro lugar no campeonato. O piloto repetiria a marca na temporada de 2016.

Porém, a partir daí, Ricciardo sofreu com a competição contra Max Verstappen e foi procurar novos ares, deixando de vez a Red Bull. Desde então, pilotou por Renault e McLaren – sendo que, por esta última, venceu uma prova em 2021.

Dono do maior sorriso da história da Fórmula 1, falta mesmo mais consistência ao australiano.

2. Max Verstappen

Max Verstappen, Red Bull, GP da Holanda 2021,
Max Verstappen vem fazendo a melhor temporada na carreira em 2021 (Foto: Reprodução/Twitter/@redbullracing)

Para muitos, Max Verstappen é o melhor piloto formado pela Red Bull. Nem tanto – ainda. O holandês é o grande líder da equipe principal da empresa nos últimos anos, conquistando 17 vitórias e dois terceiros lugares no Mundial de Pilotos.

Em 2021, Verstappen vem fazendo uma temporada impecável, lutando pelo título ponto a ponto na luta contra Lewis Hamilton, da Mercedes.

A verdade é que o filho do ex-piloto Jos Verstappen teve um início meteórico, sendo o piloto mais jovem da história a largar, a marcar pontos (ambos com 17 anos) e a vencer um GP (com 18). Hoje, ele tem o recorde do maior número de vitórias na carreira sem ter um título mundial – algo que ele tentará reverter em breve.

Por tudo isso, Max é, claramente, uma das joias na coroa do Red Bull Junior Team – e tem chances, sim, de ser o maior piloto formado pelo programa. Ele, porém, terá que provar um pouco mais nas pistas para superar o primeiro lugar…

1. Sebastian Vettel

SEBASTIAN VETTEL; TORO ROSSO; GP DA ITÁLIA; MONZA; 2008
Sebastian Vettel venceu pela primeira vez no templo da velocidade em 2008 com a Toro Rosso (Foto: Bridgestone Motorsport)

De diversas formas, a trajetória de Sebastian Vettel se assemelha a de Max Verstappen. O alemão foi um prodígio descoberto certo por Helmut Marko, que o colocou como piloto reserva na BMW Sauber – equipe pela qual fez a sua estreia na categoria máxima do automobilismo, em 2007.

Já em 2008, em seu primeiro ano de Toro Rosso, o alemão fez um GP da Itália de gente grande, faturando a pole e a vitória – o mais jovem a ter tais conquistas, na época. No ano seguinte, Vettel foi vice-campeão da F1. Em 2010, em um final incrível em Abu Dhabi, foi campeão.

Aquele foi o primeiro de quatro títulos seguidos na Fórmula 1. Não é para qualquer um.

Porém, após o tetracampeonato, o alemão se viu desmotivado na Red Bull. Foi para a Ferrari, onde conseguiu alguns bons resultados, mas acabou com dois vices após perder os campeonatos de 2017 e 2018 para Lewis Hamilton.

Caindo na sombra do novato Charles Leclerc e, mais uma vez, sem a mesma motivação, Vettel partiu em 2021 para a Aston Martin, ex-Racing Point, onde tenta se reencontrar após os anos duros de Ferrari.

De qualquer forma, tudo o que fez nos anos de Red Bull já garantem a Vettel o posto de melhor piloto formado pela empresa austríaca.

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