Com o campeonato de 2021 encerrado, o GRANDE PREMIUM listou dez pontos que merecem atenção na próxima temporada

REGULAMENTOS CONFUSOS ATRAPALHAM F1 E MOTOGP | GP às 10

O Mundial de Motovelocidade teve um campeonato daqueles em 2021. Com jovens talentos despontando em Moto3 e Moto2 em nomes como Pedro Acosta e Raúl Fernández, respectivamente, um campeão histórico na MotoGP pelas mãos de Fabio Quartararo e um rival a altura em Francesco Bagnaia, o campeonato promovido pela Dorna ofereceu todos os tipos de emoção. Mas agora é hora de olhar adiante.

Oficialmente, o ano ainda não acabou. Mas, nas pistas, muitas das resoluções de Ano Novo já estão feitas: calendário da MotoGP, equipes e pilotos, transmissão na TV e etc. Mas outros tantos que seguem despertando curiosidade.

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Fabio Quartararo vai para 2022 como campeão vigente (Foto: Yamaha)

Sendo assim, o GRANDE PREMIUM listou dez pontos para o espectador ficar de olho no Mundial de Motovelocidade no próximo ano.

1) Diogo Moreira na Moto3

Nova pérola do motociclismo brasileiro, Diogo Moreira vai desembarcar no Mundial de Moto3 em 2022. Aos 17 anos, o piloto natural de São Paulo vai defender a estreante equipe MSI.

Vestindo a ‘camisa’ #10, Diogo chega com uma base sólida. Descoberto por Alexandre Barros, Moreira atuou na Europa debaixo do guarda-chuva da Monlau, a escola técnica que formou ninguém menos do Marc Marquez. E vai estrear na Moto3 depois de uma temporada entre os protagonistas da Red Bull Rookies Cup.

Diogo Moreira vai debutar no Mundial em 2022 (Foto: Red Bull)

2) Pedro Acosta na Moto2

Campeão da Moto3 logo na temporada de estreia, Pedro Acosta ganhou o carimbo de fenômeno e agora atrai atenções pelo salto para a Moto2. O ‘tubarão’ espanhol começou 2021 com muita força, mas pecou pela irregularidade e permitiu o crescimento de nomes como Sergio García e Dennis Foggia.

Depois de um ano de experiência na classe de entrada, Acosta sobe de categoria com a Red Bull KTM Ajo e terá a chance de amadurecer e a reafirmar o talento. A Moto2, porém, é uma pedreira um pouco maior, já que conta com pilotos mais experientes.

3) Raúl Fernández, Remy Gardner, Darryn Binder, Marco Bezzecchi e Fabio Di Giannantonio a MotoGP

A classe rainha verá a chegada de quatro novatos em 2021: Raúl Fernández e Ramy Gardner vão defender a Tech3; Darryn Binder veste as cores da RNF (ex-SRT); e Fabio Di Giannantonio sobe de categoria com a Gresini.

Raúl Fernández é um dos estreantes da MotoGP (Foto: Divulgação/MotoGP)

Sem dúvida, são os pilotos de Hervé Poncharal que chamam mais atenção. Campeão da Moto2 em 2021, Remy é filho de Wayne Gardner e, além do título, tem no DNA um dos motivos de interesse. Raúl, por outro lado, venceu mais do que o australiano no ano passado e chega cercado de expectativas ― e até um pouco de polêmica, já que se vê como campeão moral e deixou claro que não estava muito interessado em chegar à elite com a moto da KTM.

Di Giannantonio, por outro lado, avança para a MotoGP depois de três anos de experiência na Moto2 e chancelado por Fausto Gresini, que antes de morrer vítima da Covid-19 já tinha acertado com o italiano o salto para quando a equipe voltasse a ser uma equipe própria, sem a união com a Aprilia.

Marco Bezzecchi passou três anos na Moto2, onde venceu e teve certo protagonismo. Agora, dá um passo à frente com a VR46, uma equipe que estreia oficialmente na MotoGP, mas que conta com a chancela de Valentino Rossi e experiência sólida nas classes menores.

Binder, contudo, é o novato mais polêmico. Irmão caçula de Brad, Darryn não passou nem perto de ter comprovado o talento, até por ter como melhor resultado da carreira um sétimo lugar no campeonato do ano passado da Moto3. Além de não ter marcas expressivas no currículo, o salto direto da classe menor é outro sinal de alerta contra o piloto de Potchefstroom.

4) Quartararo e Yamaha na defesa do título

Como não poderia deixar de ser, Fabio Quartararo estará sob os holofotes em 2022. Afinal, como campeão vigente, o francês será o homem a ser batido no próximo campeonato.

No ano passado, Fabio mostrou uma enorme evolução, aprendendo com todos os erros que cometeu no ano anterior. Sendo assim, ‘El Diablo’ parece pronto para a defesa, mas precisa de evolução da YZR-M1, que ainda mostra algumas deficiências, especialmente no quesito velocidade.

Em 2021, os japoneses fizeram o suficiente apenas para o título do Mundial de Pilotos, mas foram derrotados pela Ducati nos Mundiais de Construtores e Equipes. E os italianos prometem vir ainda mais fortes. A Yamaha precisa dar um passo à frente se quiser defender a coroa.

5) Marc Márquez: inteiro ou quebrado?

Lesão de 2020 segue atrapalhando Marc Márquez? (Foto: Divulgação/MotoGP)

Marc Márquez viveu um ano de sofrimento em 2021. Embora tenha sido uma temporada muito mais satisfatória do que 2020, quando ficou afastado de todo o campeonato, o espanhol ainda pagou o preço do combo fratura no braço e três cirurgias e, para piorar, ainda encerrou o ano mais cedo depois de voltar a sofrer com diplopia após um acidente em um treino.

Mesmo perdendo quatro corridas no ano, Marc venceu três corridas: duas em circuitos anti-horários e uma em traçado horário. A solidez da recuperação, contudo, passa também pela Honda, que promete um protótipo novinho para enfrentar a concorrência em condições melhores.

6) Bagnaia + 7?

Dona da melhor moto de 2021, a Ducati vem aí com uma equipe reforçada. Além de Francesco Bagnaia, a fábrica de Borgo Panigale terá mais sete pilotos no elenco, dois a mais que no ano passado: Jack Miller, Johann Zarco, Jorge Martín, Enea Bastianini, Fabio Di Giannantonio, Luca Marini e Marco Bezzecchi.

O piloto de Torino é, sem dúvida, o nome mais forte do momento. Grande rival de Quartararo em 2021, Pecco fechou o ano em excelente fase e, se conseguir manter o nível, deve ser um dos principais pilotos do próximo ano. Miller, por outro lado, está sob pressão. O australiano foi contratado para liderar a Ducati, mas acabou superado por Bagnaia e não brigou pelo título.

Francesco Bagnaia elogiou a moto que testou em Jerez (Foto: Divulgação/MotoGP)

Para piorar a situação de Jack, Martín e Bastianini deram bons sinais em 2020. No caso de Jorge, até vitória teve. Enea, mesmo com uma moto de 2019, conseguiu dois pódios. Zarco não foi dos mais impressionantes neste ano, mas é sempre um candidato forte.

E resta ver o quão rápido os demais estreantes vão se adaptar à Desmosedici.

7) O que será da Suzuki?

Deu quase tudo errado na Suzuki em 2021. Sem Davide Brivio, que partiu para a Fórmula 1, a defesa do título de Joan Mir ficou bem abaixo da expectativa e ele mal teve chance de se defender de Yamaha e Ducati. Ainda assim, o espanhol conseguiu salvar um terceiro posto na classificação final, 70 pontos atrás do campeão Joan Mir.

Do outro lado dos boxes, a situação foi ainda pior. Álex Rins viveu um ano próximo de caótico, cheio de quedas e abandonos, e foi apenas 13º no campeonato, com 99 pontos.

Para 2022, a Suzuki prometeu um substituto para Brivio, para que pudesse deixar de sobrecarregar Shinichi Sahara e, assim, ser mais competitiva. Por enquanto, nenhum nome foi oficializado ― nem mesmo o do próprio Davide, que se vê envolto de um monte de rumores.

Com um novo chefe ou não, a Suzuki precisa acelerar o desenvolvimento da GSX-RR, algo em que pecou no ano passado. Fácil não será, mas os japoneses já provaram ter condições de encarar a concorrência.

8) Aprilia com Aleix e Maverick

Maverick Viñales agora é titular da Aprilia (Foto: Divulgação/MotoGP)

A Aprilia conseguiu dar um passo à frente em 2021, mas, mais do que qualquer avanço da RS-GP, o grande trunfo do ano foi a contratação de Maverick Viñales, que foi dispensado da Yamaha depois de aprontar uma verdadeira lambança.

Ainda que a atuação de Maverick seja sempre cercada de questionamentos, o fato é que, na época em que formaram par na Suzuki, o Top Gun e Aleix foram muito bem na evolução da MotoGP.

Com aquele que provavelmente é o duo mais forte desde que voltou à MotoGP, em 2015, a Aprilia pode começar a sonhar com voos mais longos em 2022.

9) KTM sob nova direção

Decepção na temporada 2021, a KTM também vai repaginada para o campeonato do próximo ano. Miguel Oliveira e Brad Binder seguem na equipe principal, mas a Tech3 terá Remy Gardner e Raúl Fernández.

Mas não é só isso. Mike Leitner deixou o comando da equipe, que agora está com Francesco Guidotti. Sem um engenheiro à frente, a expectativa é que a equipe aprenda a trabalhar com o que tem ao invés de demandar constantes evoluções da fábrica de Mattighofen.

10) Ducati na MotoE

Michele Pirro testou a Ducati elétrica em Misano (Foto: Ducati)

Não bastasse as oito motos na MotoGP, a Ducati ainda vai produzir as 18 motos do grid da Copa do Mundo de MotoE. O protótipo, que recebeu o codinome de V21L, será a primeira moto elétrica da marca e já começou a ser testada por Michele Pirro, piloto de testes da marca de 2013.

Depois de três campeonatos com a Energica, a chegada da Ducati é uma novidade e tanto. E, conhecendo o apreço dos italianos com tecnologia de ponta, difícil duvidar que vem algo bom por aí.

RETROSPECTIVA 2021
Quartararo usa consistência para dominar e vencer na MotoGP
Ducati fica sem cereja, mas tem bolo para lá de saboroso na MotoGP
Suzuki perde força e vira incógnita no grid da MotoGP em 2022
Marc Márquez vive montanha-russa em 2021, mas reencontra vitória
Viñales ativa ‘modo insano’ e acumula nova mancha na carreira
KTM ameniza crise com duas vitórias, mas faz ano opaco na MotoGP
Bagnaia floresce, ganha força e vira protagonista na MotoGP
Aprilia cresce, vai ao pódio e ganha reforço inesperado na MotoGP
Rossi dá adeus e encerra carreira vitoriosa após 26 temporadas
Honda segue perdida na MotoGP, mas vê luz no fim do túnel
Gardner e Fernández se agigantam e tomam protagonismo da Moto2
Acosta supera obstáculos e faz por merecer título da Moto3

GRANDE PRÊMIO lança especial que celebra carreira de Valentino Rossi. ACESSE

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