Enquanto Mercedes e Lewis Hamilton buscam todos os caminhos para lutarem pelo título, a Red Bull parece ter sentido o baque
Ânimos exaltados na Fórmula 1. A disputa pelos Mundiais de Pilotos e Construtores, que pegou fogo a partir do GP da Inglaterra, ganhou mais um capítulo polêmico neste sábado, 31, na classificação para o GP da Hungria, em Hungaroring.
Se nos últimos dias a Red Bull continuou reclamando da atitude de Lewis Hamilton em Silverstone, além da punição dada ao piloto pela FIA, o time austríaco sofreu mais uma derrota dura em Budapeste. Uma derrota na estratégia e dentro do regulamento, mas será que foi ética?
O heptacampeão e a Mercedes nunca vão assumir, mas a realidade é que o #44 saiu antes para dar a última volta rápida antes do fim do Q3 e segurou todos os adversários, incluindo Max Verstappen, o grande adversário pelo título. O holandês, por outro lado, se deixou cair na armadilha.
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Além de Hamilton, só o piloto da Red Bull e a outra Mercedes, de Valtteri Bottas, conseguiram essa última volta rápida justamente por conta da “lentidão” do inglês. Pior: os três fizeram tempos muito mais lentos nessa última tentativa.
O que teria acontecido se Lewis tivesse andado mais rápido na volta de aquecimento, dando mais tempo aos adversário e todos com pneus na temperatura ideal? Ou se Max não tivesse se curvado à presença do adversário, ultrapassando-o rapidamente? Será que, com tudo isso, a ordem final do grid de largada seria diferente?
Muitas perguntas, mas é difícil dizer o que mudaria, até porque a Mercedes está bem na Hungria, mas não deixa de ser uma atitude passível de críticas por parte do time alemão.
Não é por menos que o público nas arquibancadas aplaudiu o piloto holandês e vaiou o inglês.
Claro que são todos adultos, vacinados (vacinem-se!) e dentro do regulamento. É uma disputa por um título mundial e, seguindo os limites da legalidade, toda a estratégia é permitida. Por outro lado, os sentimentos não se curvam, muitas vezes, a tais lógicas.
Agora, as reações viram combustível. Hamilton deixou claro que a recepção negativa de parte do público o alimenta, enquanto Verstappen é o típico piloto que cresce em situações de conflito como essa.
Amanhã, o #44 largará em primeiro e com pneus médios, uma condição perfeita para, sem sobressaltos, ganhar a corrida. Já Verstappen, de compostos macios e partindo de terceiro, terá que arriscar tudo nos primeiros metros. Receita para o caos.
Mais do que nunca, agora é guerra na Fórmula 1 em 2021. Disputa aberta. Vale tudo, como valia em 2007 – quando, no mesmo Hungaroring, Fernando Alonso deflagrou a guerra contra o próprio Hamilton na classificação.
Uma coisa é certa: tudo isso irá render comentários acalorados, dos pilotos, equipes e fãs, por um bom tempo.
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