Piloto japonês ficou no Q1 pela quarta vez em sete corridas. Erro no classificatório para o GP da França acontece exatamente em fim de semana que Albon se destacou na abertura do DTM

Todo mundo tem direito ao erro. Talvez ainda mais em uma ano de estreia na Fórmula 1. Mas sob o guarda-chuva de Helmut Marko não é bem assim. A conhecida falta de paciência do consultor da Red Bull e, consequentemente da AlphaTauri, pode abreviar a experiência de Yuki Tsunoda na categoria. O piloto japonês, de 21 anos, tem cometido alguns erros, falado muito palavrão e entregado pouco resultado até aqui.

O classificatório do GP da França de F1 neste sábado (19) foi um claro exemplo do quanto o piloto está em outra frequência em relação ao homem forte da companhia. Por mais inexperiente que seja, não se pode estragar um carro logo no primeiro minuto da atividade do Q1. O piloto da AlphaTauri exagerou na zebra da curva 1, perdeu o controle e encostou a asa traseira na barreira de pneus. Com as marchas presas, não conseguiu voltar à pista e teve de encerrar a sessão mais cedo. 

Como resultado, largará da última posição, enquanto seu companheiro de equipe, Pierre Gasly, sairá da sexta colocação e dá clara mostras de que o AT02 poderia render muito mais nas longas retas de Paul Ricard. Se a comparação com Gasly, já mais experiente e vindo de um pódio no Azerbaijão, basta olhar o desempenho do próprio piloto japonês. Yuki chegou na sétima posição na última corrida. Se ainda não é o resultado dos sonhos, foi o melhor conseguido até aqui.

Yuki Tsunoda, AlphaTauri, GP da França 2021,
Tsunoda admitiu que batida danificou AlphaTauri para corrida (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

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“Foi meu erro hoje na qualificação e quero pedir desculpas à equipe. Peguei muito do obstáculo amarelo na curva um e girei para fora. Tentei frear o máximo possível para evitar o contato com a barreira, mas era como patinar no gelo enquanto andava para trás. O impacto foi bastante baixo, mas há alguns danos ao carro”, disse o piloto.

Essa, inclusive, não é nem a primeira vez que o #22 fica no Q1. Por diferentes situações, o piloto já havia ficado aquém do esperado na Emilia-Romanha (batida), no da Espanha e em Mônaco (bateu no FP2). Nessa ocasião nas ruas do principado, Marko já havia esbravejado em entrevista à imprensa europeia.

“Em Mônaco é só uma coisa: acumular quilometragem, acumular quilometragem e acumular quilometragem. Ele realmente deveria aprender a mostrar alguma disciplina”, disparou Marko na ocasião.

Já no Azerbaijão, a batida veio no final do Q3 e provocou a reação que de Franz Tost, chefe da AlphaTauri, que pode ser transferida também para este fim de semana. 

“Yuki precisa aprender a reconhecer quando está no limite. Se você está dentro dos mesmos décimos dos pilotos da ponta, não tem muito mais espaço para ser mais rápido. Como piloto, você precisa reconhecer: ‘Não posso frear mais tarde, não posso forçar mais’”, disse Tost, praticamente prevendo o que aconteceria na classificação seguinte.

Os sucessivos erros, ainda que demonstre talento em ultrapassagens e bom ritmo de corrida, obrigaram a equipe a agir antes que fosse preciso uma atitude mais drástica. O time de Faenza tirou o jovem da Inglaterra e o colocou sobre sua vigilância na Itália. Assim, o esperado era por maior envolvimento e responsabilidade com a fábrica durante a semana livre de corridas.

Boca suja e sombra de Albon

Ainda no treino-livre para o GP da Emilia-Romanha, só o seu segundo fim de semana a bordo de um F1, Tsunoda xingou gerações e gerações de Sergio Pérez, da Red Bull, por uma posição controversa de pista. A partir daí, deu para entender um pouco da boca suja do japonês, que não costuma a ser lá muito educado no trato com os engenheiros.

A pior situação, no entanto, foi quando ficou fora do Q2 no GP da Espanha. Depois de um desempenho aquém do esperado, ele sugeriu via rádio que Gasly era favorecido e tinha melhor carro dentro da mesma garagem. Evidentemente, que a declaração não pegou nada bem e o jovem teve de se apressar em pedir desculpas.

O mais curioso nessa história é que o erro de Tsunoda acontece exatamente no dia em que Alexander Albon, preterido nesse guarda-chuva da Red Bull para este anos, volta a ganhar as manchetes. Na mesma hora em que o japonês acertava o muro, o tailandês saiu da 14ª colocação e terminou na quarta posição, na abertura do DTM

A história já mostrou para Tsunoda que é bom ele parar de cometer erros, tratar todo mundo com educação e, principalmente, conseguir melhores resultados. Albon está aí para não deixar mentir.

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