Sem brasileiro na temporada pela primeira vez desde 1970, F1 pode experimentar por aqui sensação vivida pelo Ultimate Fight Championship quando lutadores do País deixaram de ser protagonistas no evento. A reinvenção foi a saída no octógono

Pode virar e remexer o grid de largada para o GP da Austrália de F1. Você não encontrará sequer uma bandeirinha do Brasil na transmissão oficial para a televisão. Como já foi dito, debatido e amplamente divulgado, essa é a primeira vez desde 1970 que o País não terá um representante na categoria. Tradições e gostos à parte, a sensação é semelhante à vivida pelo Ultimate Fight Championship por aqui quando os lutadores verde-amarelos deixaram de ser protagonistas no evento.

Datada de 1950, a F1 é muito mais antiga que o UFC e a própria mistura de artes marciais. Bem por isso, a história é um tanto mais rica com os dois títulos de Emerson Fittipaldi, os três de Nelson Piquet e outros três de Ayrton Senna – isso para citar apenas os campeões. Longe de qualquer comparação dos pilotos com os lutadores, é inegável que o MMA perdeu fãs com as derrotas de nomes como Anderson Silva, Vitor Belfort, Wanderlei Silva e, mais recentemente, Júnior Cigano e José Aldo.

As principais lutas passavam ao vivo na Globo e, de pouco em pouco, foram minguando juntamente com os golpes dos atletas nacionais. Os mais críticos podem até achar um exagero, mas primeiro foram as lutas exibidas ‘ao vivo com atraso de meia hora’, o fim do reality de novos lutadores até a clara opção por Serginho Groisman; na F1, somente os 15 minutos finais da classificação, o abandono dos programas direto de Interlagos antes do GP do Brasil e a preferência pelo futebol relegando a corrida ao Sportv.

(AFP)

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Editor da Tatame, revista referência no mundo das lutas, Diogo Santarém ajudou a compreender melhor o auge vivido pelo UFC no Brasil, a queda com a perda dos cinturões e a agora retomada. Ele ainda classificou as mulheres como peças fundamentais para a reinvenção dentro do octógono.  

“O UFC perdeu espaço, sim, ainda não recuperou completamente mas, depois de tomar um baque, está se recuperando no território brasileiro. Precisou perder o público para se reinventar. Se não voltar com a mesma força de antes, vai conseguir se estabilizar um pouco melhor”, contou Santarém. “Tem muitos nomes novos surgindo, que trazem um público novo. O outro ponto são as mulheres que, se por um lado os homens perderam os cinturões e deram uma caída, o MMA feminino cresceu bastante.”

Com ou sem brasileiros, ainda restam lutas e personagens interessantes para os fãs da modalidade acompanhar a cada final de semana. O UFC não ficou pior sem os lutadores daqui levantando os cinturões. Os atuais campeões, esses talvez, sim, não estejam no mesmo nível de seus antecessores, mas a briga aí é diferente. A classificação por época, no esporte de maneira geral, nunca é benéfica para os que vivem o presente. Ou alguém sai por aí dizendo que Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi são melhores que Pelé ou Maradona?

Sem Felipe Massa, Brasil não terá representante na F1 pela primeira vez desde 1970 (AFP)

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O automobilismo também paga o preço de ser muitas vezes inviável economicamente, enquanto as artes marciais muitas vezes são as soluções para famílias já acostumadas a lutar diariamente. Os próprios pilotos em atividade apontam os problemas estruturais que podem atrapalhar os planos de jovens pilotos. Entre os que estariam no caminho para F1, os sempre citados são: Sérgio Sette Câmara (F2), Pedro Piquet (testes na GP3 Series), Bruno Baptista (GP3 Series), Pietro Fittipaldi (convidado na Indy) e Gianluca Petecof (F4 da Alemanha e da Itália) e Caio Collet (F4 dos Emirados Árabes).

“Se olharmos um pouco para trás, o kart passou por momentos difíceis. Hoje, é preciso estar no lugar certo, na hora certa, de repente apadrinhado por alguém. É chato, é ruim não ter brasileiro na F1, mas acredito que é um ciclo. Existem muitos moleques bons que não têm tanta exposição”, disse Daniel Serra, vencedor da Corrida do Milhão da Stock Car. “Dependemos muito mais do país poder acreditar em um projeto, em um investimento do que só de talento. Hoje, na F1, o talento já não é mais o fator principal, virou uma coisa muito secundária”, completou Felipe Nasr, o penúltimo brasileiro a deixar a F1, em 2016, em entrevista ao GRANDE PRÊMIO.

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