Verstappen ganhou ponto extra com melhor giro no GP da Áustria, mas fará falta ao final do ano na briga contra Hamilton? Muita artificialidade não mascara o que realmente foi a corrida?

Não é fácil precisar quando as coisas começaram a mudar, quando a Fórmula 1 passou a querer tanto a tal da imprevisibilidade. O ponto extra pela volta mais rápida, especificamente, voltou à cena no ano passado e, neste domingo (4), foi entregue a Max Verstappen. O vencedor do GP da Áustria estava tão à frente dos rivais que se deu ao luxo de parar a sua Red Bull nos boxes, colocar pneus novinhos e assim ampliar ainda mais a diferença na classificação geral.

Verstappen alcançou os 182 pontos, 32 a mais que o rival Lewis Hamilton, apenas o quarto na corrida — Valtteri Bottas (92) e Lando Norris (101) completaram o pódio da nona etapa do Mundial. 

A diferença está em 32 pontos, mas 31 poderia ser mais natural e não mudaria a vida do holandês ou do inglês. Ninguém vai reclamar desses ‘um ponto’ no final ainda que possa ser um tanto forçado. Por mais especialistas que os mecânicos dos touros vermelhos sejam, parar nos boxes ainda tem seus riscos. A volta para a pista, inclusive, pode necessitar uma nova parada. E aí como ficaria? Tudo iria por água abaixo? Parece imprevisibilidade demais para um temporada em que se esperava mais dos carros preto-prateados, se tratada especificamente a luta pelo título no final do ano. 

Na parte final da prova, o próprio engenheiro do #44 foi ao rádio sugerir que o ponto extra pela volta rápida seria mais interessante do que somente os 12 pelo quarto lugar. Pouco para quem está brigando pelo octacampeonato. Desde o começo da era híbrida, em 2014, a menor diferença do campeão para o vice foi justamente quando o inglês perdeu o título para Nico Rosberg por cinco pontos, em 2016. No mais, nenhuma dessas voltas rápidas ao longo do ano teria adiantado alguma coisa, como não deve adiantar muita a vida do #33.

GP da Áustria 2021,
Vertappen sobrou nas duas corridas na Áustria (Foto: Reprodução/Twitter/@F1)

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Se está no regulamento e todos estão cientes, tudo bem. É válido. Parabéns, inclusive, à Red Bull que, em casa, por duas vezes, fez o que quis com a Mercedes e levou Verstappen duas vezes ao alto do pódio. Para ficar só na última corrida, a diferença para Bottas foi de 17s973, mas poderia ser pra lá dos 40s se não fosse o capricho na volta 60, a 11 do final. Deu certo e ajudou no agora ainda mais raro Grand Chelem (quando o piloto faz pole-position, vence a corrida liderando todas as voltas e ainda crava o giro mais rápido).

“Hoje, foi incrível para ser honesto. O carro estava realmente no trilho. Foi muito gratificante de dirigir. Entramos no fim de semana como os favoritos, mas nunca é uma coisa fácil a se fazer”, disse o piloto holandês, que ainda saudou a torcida presente nas arquibancadas. “Foi insano ver a quantidade de torcedores e o tanto de laranja ao redor do circuito.” 

Mercedes pediu a volta mais rápida, mas era impossível para Hamilton (Foto: Reprodução/Twitter/@MercedesAMGF1)

O ponto extra pela volta mais rápida vigorou na F1 de 1950 até 1959. No campeonato seguinte, esse ponto passou para o sexto colocado e assim durou até o fim de 2002.

Sprint qualifying 

Ainda na história de maior dinamismo, vem mais novidade por aí. Como alterar o esquema da classificação de sábado esbarra diretamente no poderio das equipes, foi pensado para este ano a implantação de três das chamadas sprint qualifying. Essas podem até criar emoção de verdade com treino livre e classificação na sexta-ferira, uma prova de 100 km no sábado e aí a corrida no domingo, de 300 km, com a classificação originária da corrida anterior. Ainda assim, estratégias especiais serão desenvolvidas para  finais de semanas específicos.

A primeira experiência — serão outras duas, no GP da Itália e provavelmente no GP de São Paulo — acontece no GP da Inglaterra, no fim de semana dos dias 16, 17 e 18 deste mês.

A torcida fica para Verstappen e Hamilton brigarem na pista pela primeira posição e assim construírem suas margens para o título mundial. Por mais que o holandês esteja bem à frente, não se pode considerar o campeonato como perdido para o inglês. Vem mais de imprevisibilidade, artificial ou não, até o fim do campeonato.

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