A temporada 2018 da Indy teve destaques importantes. Além, obviamente, do campeão Scott Dixon, Alexander Rossi, Ryan Hunter-Reay, Will Power e o novato Robert Wickens também chamaram a atenção

A temporada 2018 da Indy acabou neste fim de semana em Sonoma e o GRANDE PREMIUM chega com a avaliação final do desempenho de cada piloto no campeonato.
A nota mais alta ficou com o campeão Scott Dixon, o vice Alexander Rossi, Robert Wickens, Ryan Hunter-Reay e Will Power. Por outro lado, Simon Pagenaud, Ed Jones, Max Chilton, René Binder e Jordan King ficaram com marcas bem baixas.
Confira como foram avaliados todos os titulares, lembrando que Jordan King e Ed Carpenter se revezaram no #20 da Carpenter, enquanto Gabby Chaves, Zachary Claman DeMelo, Jack Harvey, Pietro Fittipaldi e René Binder não fizeram o campeonato todo, mas atingiram ao menos cinco provas para serem avaliados.
(INDYCAR 2018; GP DE SONOMA; LARGADA; HONDA; INDYCAR)

Simplesmente a temporada mais regular da carreira de um dos maiores nomes da história da Indy. Dixon buscou o pentacampeonato de forma espetacular com uma Ganassi que não era mais que mediana e, agora, se isola no ranking histórico de campeões da categoria. Já perto de completar 40 anos, está na melhor fase da vida.
Foram três vitórias, nove pódios, 12 top-5 e nada menos que 15 top-10 nas 17 corridas do ano. Scott não chegou atrás da 12º colocação em prova nenhuma e, assim, tirou da disputa carros mais fortes como os da Penske.
(INDY 2018, GP DE PORTLAND, SCOTT DIXON, INDYCAR)

É bem provável que Rossi fosse receber 10 se conseguisse o título em Sonoma, mas a forma como perdeu suas chances acaba pesando na avaliação. Um acidente tolo logo na largada ao carimbar a traseira de Marco Andretti e tudo ia para o espaço. Inevitavelmente, erros como o da corrida 1 de Detroit e o da classificação na Indy 500 voltam à mente e a perda de um pontinho parece mais justa.
Rossi tinha um carro um pouco melhor que o de Dixon, é verdade, mas também impressionou pela regularidade dos resultados e, principalmente, pela forma quase que híbrida de lidar com dificuldades. Digamos que o americano sempre conseguia achar uma saída para se livrar dos problemas, seja na tática, seja nas manobras agressivas. Ainda vai fazer muito na Indy.

Top-3 na classificação, um comportamento muito melhor para lidar com os problemas e a primeira vitória na Indy 500. Bem longe de ter sido um ano ruim para Power, mas a sensação é de que, se fosse menos inconsistente, poderia tranquilamente ter sido bicampeão, afinal, tinha mais carro que Dixon e Rossi.
Power teve uma sequência extremamente tumultuada pouco depois das vitórias em Indianápolis, mas conseguiu ser o melhor da Penske e deixa o ano com três vitórias e oito pódios. Difícil saber se um dia Will ainda vai ter um ano com menos abandonos, mas, se tiver, é postulante grande ao caneco.
(Will Power)

A descrição da temporada de Hunter-Reay tem muitas semelhanças com a de Power no que diz respeito à falta de consistência. É muito abandono para alguém que pensa em ser campeão e, aí, nem duas vitórias e seis pódios salvam.
O saldo de 2018, no entanto, é muito positivo para Ryan. Após anos apagado, voltou a ser um nome forte na categoria e, principalmente, quebrou jejuns longuíssimos sem vitória e pole-position. Parece pronto para lutar em 2019 com uma Andretti muito mais forte.
(Ryan Hunter-Reay)

Impressionante como Newgarden foi irregular em 2018. Após um início de ano muito promissor e com cara de defesa do título, o americano começou a errar muito mais que o de costume e, num golpe de azar em Portland, sequer chegou com chances reais de título à final em Sonoma.
É claro que o comparativo com o ano do título é cruel para Newgarden, mas não há dúvidas que o futuro reserva mais títulos para o americano. Só precisa ir um pouco mais ao pódio: foram três o ano todo, curiosamente apenas com vitórias, tendo o mesmo número de triunfos que Dixon, Rossi e Power e um a mais que Hunter-Reay.
(Josef Newgarden)

Apatia pura define a temporada 2018 de Pagenaud. Campeão em 2016 e vice em 2017, ano passado o francês já havia passado boa parte do campeonato apagado, mas voltou com força no fim e brigou pelo caneco. Em 2018 só ficou apagado, mesmo.
Nenhuma vitória, só dois pódios. Não adiantou de nada fazer fazer 14 top-10 nas 17 corridas se em poucos deles os pontos foram significativos. A postura de Pagenaud em pista também foi sempre muito discreta. Um ano péssimo.
(Simon Pagenaud)

A Dale Coyne está bem longe de ser o saco de pancadas que era até pouco tempo, mas é muito especial para o time e Bourdais terminar o ano como 'melhor do resto'. Abaixo apenas de Ganassi, Andretti e Penske, Bourdais segue como um dos grandes nomes da Indy mesmo já veterano.
É curioso que 2018 foi um dos anos em que Bourdais mais foi irregular, mas isso não atrapalhou os planos tanto assim. Esteve na briga por vitórias algumas vezes e foi peça chave na evolução de um time que, em 2019, tende a seguir ocupando o top-10 constantemente.
(Sébastien Bourdais)

Graham e a equipe de sua família deram um passo para trás em 2018. Num dos times que mais problemas mecânicos teve, Rahal até conseguiu manter certa regularidade – principalmente na primeira metade do ano -, mas faltava velocidade, especialmente nos ovais.
Não teve vitória também, mas, de fato, a RLL não merecia muito. Deve ter três carros em 2019 e isso tende a ajudar na evolução, mas o time terá de tomar mais cuidado para não perder a mão nos acertos. Tem bastante dinheiro e tudo para ser a quarta força do grid.
(Graham Rahal)

Não que tenha sido uma temporada excelente ou que Marco esteja na melhor forma da carreira, mas teve pole, dois top-5 e uma evolução significativa em relação ao desempenho de 2017. Precisa voltar a vencer, já que sua equipe está cada vez mais forte.
Andretti também teve alguns problemas mecânicos e se envolveu em lances de azar como na largada de Portland, mas classificar melhor é uma necessidade para 2019, já que é extremamente raro ver o americano em Fast Six.
(Marco Andretti )

A temporada de Hinch virou de cabeça para baixo quando o canadense não conseguiu se classificar para a Indy 500. Está certo que venceu em Iowa depois disso, mas a regularidade foi para o espaço e a possibilidade de título sumiu completamente. Se arrastou até fechar o top-10 de 2018.
James foi batido quase que o ano todo pelo companheiro e amigo novato Robert Wickens. De qualquer forma, foi importante na nítida evolução da Schmidt Peterson, teve seus dois pódios e, no fim, ainda foi o terceiro melhor piloto do resto na classificação geral.
(James Hinchcliffe)
11º) ROBERT WICKENS – 391 PONTOS – 8,5
12º) TAKUMA SATO – 351 PONTOS – 5,5
13º) ED JONES – 343 PONTOS – 3,0
14º) SPENCER PIGOT – 325 PONTOS – 6,0
15º) ZACH VEACH – 313 PONTOS – 5,0

16º) TONY KANAAN – 312 PONTOS – 7,0
17º) CHARLIE KIMBALL – 287 PONTOS – 7,0
18º) MATHEUS LEIST – 253 PONTOS – 5,5
19º) MAX CHILTON – 223 PONTOS – 1,0
20º) ED CARPENTER – 187 PONTOS – 7,5

21º) GABBY CHAVES – 187 PONTOS – 6,0
22º) JORDAN KING – 175 PONTOS – 4,0
23º) ZACHARY CLAMAN DEMELO – 122 PONTOS – 4,5
24º) JACK HARVEY – 103 PONTOS – 5,0
26º) PIETRO FITTIPALDI – 91 PONTOS – 6,0
28º) RENÉ BINDER – 61 PONTOS – 0,5
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