Australiano, mexicano e russo chamaram a atenção nos testes de pós-temporada, em Abu Dhabi. Com diferentes caminhos traçados, eles podem integrar um futuro mercado de pilotos na Fórmula 1

Oscar Piastri, Patricio O’Ward e Robert Shwartzman foram alguns dos nomes que chamaram a atenção nos testes de pós-temporada da Fórmula 1. Nem tanto pelos resultados obtidos na pista do GP de Abu Dhabi, em que muita coisa foi avaliada e não necessariamente se brigava sempre pelo melhor tempo a todo instante, mas pelo impacto que já causam em um futuro mercado dos pilotos. O GRANDE PRÊMIO põe Lado a Lado o caminho traçado para cada um.

Por “caminho traçado” pode-se entender o guarda-chuva a que cada um dos pilotos está submetido. Por maior que seja o caminhão de dinheiro a ser injetado na equipe, o sobrenome famoso ou (até) o próprio talento, o meio menos complicado de assegurar um cockpit na F1 é por uma boa relação com as equipes. Desses, Piastri e Shwartzman pertencem às academias da Alpine e da Ferrari respectivamente. O’Ward piloto para a McLaren na Indy.

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Nem sempre juntos, também com condições imprecisas, nos dias de testes para novatos e para os pneus de aro 18 polegadas a partir de 2021, cada um deles recebeu a sua oportunidade. E souberam aproveitar se não com voltas rápidas ou feedbacks importantes, com um maior aprendizado e bom relacionamento com as suas equipe. Em um mundo tão complicado como o da F1, isso não significa lá muita coisa. Ainda assim, é interessante observar os diferentes estágios em que esses pilotos estão.

Outros competidores importantes, alguns com até mais experiência, também estiveram em ação no circuito ao redor da Yas Marina: Nyck de Vries (Mercedes), Jüri Vips (Red Bull), Antonio Fuoco (Ferrari), Liam Lawson (AlphaTauri), Pietro Fittipaldi (Haas), Logan Sergeant (Williams), mas aí seria debate para um mercado de pilotos de infinitas combinações. 

Conheça um pouco mais dos jovens pilotos a seguir:

Oscar Piastri | Austrália | #36

Oscar Piastri, Alpine, testes Abu Dhabi 2021,
(Foto: Reprodução/Twitter/@AlipneF1Team)

20 anos

Atual campeão da Fórmula 2

Alpine Academy

O australiano — campeão da F2 com cinco poles, seis vitórias e 11 pódios — é talvez quem tenha um caminho menos tortuoso dos três para estar no grid dos 20 melhores carros do automobilismo. Promovido a piloto reserva da Alpine, pode se beneficiar se uma catástrofe tirar Lewis Hamilton prematuramente da categoria e Esteban Ocon herdar a vaga na Mercedes. Só um exemplo. O caminho mais certo seria contar com a não-renovação de contrato do quarentão Fernando Alonso em 2023.

“Foi muito legal. Não foi a minha primeira vez em um F1, mas dirigir o carro atual, em uma pista nova, foi incrível. Estou muito cansado, porque fizemos muitas voltas, mas adorei cada segundo. Espero que possa fazer um pouco mais em breve”, disse Piastri, que rodou quase 130 giros em um único dia.

Piastri também contou um ligeiro lobby do seu compatriota Daniel Ricciardo, que disse que o jovem dominou a F2 e merece ser observado de perto.

Pato O’Ward | México | #26

O’Ward, McLaren, testes Abu Dhabi 2021,
(Foto: Reprodução/Twitter/@McLaren)

22 anos

Terceiro colocado na Indy

Piloto Arrow McLaren

O teste de Pato surgiu um tanto de brincadeira. O mexicano, que ficou com a terceira colocação na Indy, tendo vencido duas provas, havia feito um trato com o norte-americano Zak Brown para um dia guiar o MCL35. A oportunidade foi concretizada depois que conquistou sua primeira vitória, no circuito do Texas, mas agora a coisa pode tomar outros rumos se o time de Woking tiver um tanto mais de coragem.

Apesar de devolver a McLaren para o alto do pódio, no GP da Itália, Ricciardo não agradou a todos na equipe com o seu desempenho inconstante, tendo perdido na classificação para o companheiro Lando Norris (respectivamente sexto e oitavo no Mundial de Pilotos). O australiano tem contrato por mais duas temporadas e já estipulou 2024 como o limite para concretizar o sonho de ser campeão mundial. A sua vaga não está ameaçada, mas um talento mexicano batendo à porta pode incomodar.

“Ahhh… Isso é legal”, foram as primeiras palavras do mexicano no rádio. “A aderência do carro é alucinante. No fim do dia, minha cabeça estará caindo com certeza, mas estou muito apaixonado com essa coisa”, completou ao descer do carro de Lando.

Robert Shwartzman | Rússia | #39

Robert Shwartzman, Ferrari, testes Abu Dhabi 2021,
(Foto: Reprodução/Twitter/@scuderiaferrari)

22 anos

Atual vice-campeão da Fórmula 2

Ferrari Driver Academy

Em determinado momento da temporada 2020 da F2, Shwartzman brilhava até mais que Mick Schumacher, seu companheiro de Prema. O futuro em um dos carros de relação com a Ferrari, a Alfa Romeo e a Haas, parecia certo para o jovem piloto da escuderia italiana. Nada feito. Mick o ultrapassou na disputa, mas foi quase que penalizado, se rastejando com a Haas. 

Não dá para dizer que foi bom para o russo, que ficou em segundo na categoria de acesso neste ano, e viu Guanyu Zhou, terceiro no campeonato, ficar com a vaga na Alfa Romeo. Mas o próprio Shwartzman já havia se colocado fora da disputa por um assento na F1 em 2022 e focado em amadurecer mais. A experiência no SF21 foi um aprendizado e tanto. 

“Estou muito feliz. Espero que o time também esteja. É muito bom estar aqui pelo segundo ano e dirigir o carro de novo. Ainda tenho como objetivo continuar trabalhando para a escuderia e tomará que tenha a chance de dirigir o carro de novo em breve”, resumiu o russo.

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