O holandês sabe que precisará capitalizar ao máximo as brechas que encontrar diante do britânico nas seis corridas finais da F1. O campeão de 2016 chegou nesta mesma altura do campeonato com maior diferença para o companheiro-rival e ainda assim passou apuros

A medida que Lewis Hamilton enfileira vitórias na Fórmula 1, e lá se vão uma centena delas, mais o feito de Nico Rosberg deveria ser valorizada. O caderninho de contas do título conquistado pelo alemão em 2016 deve andar no cockpit de Max Verstappen na luta pelo troféu nesta temporada. A seis corridas do fim, o britânico está outra vez atrás na pontuação, mas de novo dá mostras que venderá caro uma eventual derrota. 

Os cenários de 2016 e 2021 são relativamente parecidos. Lewis também havia acabado de perder a liderança para Nico neste mesmo momento do calendário à época e ficado a oito pontos do companheiro-rival de Mercedes. Neste ano, além da briga ser contra a Red Bull, a conta está em seis pontos de diferença em favor de Max: 262,5 a 256,5. Só pela matemática já seria um indicativo de que a conta será apertada. No entanto, ainda tem mais. 

Há cinco anos, os seis últimos compromissos eram Malásia, Japão, Estados Unidos, México, Brasil e Abu Dhabi, onde Rosberg efetivamente levou o título com uma breve diferença de apenas cinco pontos. Nesse meio do caminho, o britânico sofreu com um raro estouro de motor e um terceiro lugar, é verdade, mas engatou uma sequência de quatro vitórias consecutivas nas últimas corridas. 

Depois da corrida em Suzuka, em que Rosberg venceu, a diferença chegou a ficar em 33 pontos. Com as quatro vitórias consecutivas, os números foram caindo para 26, 19, 12 até chegar nos cinco pontos decisivos. Nesse período, claro, o alemão precisou sempre ir ao pódio, curtindo a sua própria festa, estando inclusive logo na segunda colocação enquanto ouvia o tradicional God Save the Queen. 

Max Verstappen, Red Bull,
Rosberg chegou a ter 33 pontos de vantagem para Hamilton na reta final em 2016 (Foto: Divulgação/Red Bull Content Pool)

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Se olhado em retrospectiva, dá para dizer que Nico soube administrar a vantagem construída quando faltavam seis provas para o fim da temporada. Mas não foi bem assim. Por mais que estivesse somando pontos, e até comemorando discretamente os pódios, não foi nada fácil. Hamilton já tinha toda a equipe voltada para ele e, além do enorme talento, buscava o que seria só o tetracampeonato. Valeu-se até de uma estratégia polêmica de segurar o pelotão na corrida derradeira, na esperança que Rosberg chegasse em quinto. Não deu certo.

Em um salto no tempo, as próximas provas (com mais pontos em jogo em razão do ponto extra para a volta mais rápida da corrida e de uma corrida sprint, essa em São Paulo, valendo pontos extras aos três primeiros colocados) são nos Estados Unidos, México, Brasil, Qatar, Arábia Saudita e Abu Dhabi. Em resumo, Hamilton que é muito forte na parte final da temporada, pode dar ainda mais trabalho em busca do inédito octacampeonato na história da F1.

Rosberg conquistou o título de 2016 com apenas cinco pontos de diferença (Foto: Pirelli)

Evidentemente que Verstappen e a Red Bull também podem reagir muito bem nesses circuitos que ainda restam no calendário. Do outro lado, pressionada e já nem tão dominante quanto nos últimos anos, a Mercedes mostrou que falha. Acontece que historicamente, mesmo com a brecha do estouro de motor quando liderava a corrida na Malásia ou um quinto lugar na Turquia, como no último fim de semana, Hamilton costuma a vender muito caro as suas derrotas. 

Verstappen até aqui vem fazendo a coisa certa e capitalizando as oportunidades com o caderninho de contas na mão. A seis corridas do fim da temporada, um mísero ponto à frente já significaria muito em uma briga tão intensa. Com a vantagem de seis pontos, a coisa parece caminhar bem, ainda que Rosberg tenha passado apuros quando tinha oito pontos de vantagem nesta mesma altura do campeonato. 

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