3ª via de 2020, O’Ward começa 2021 pisando firme. Dixon e Newgarden que se cuidem

Pato O'Ward viveu um 2020 de afirmação na Indy e, em 2021, chega atrás da primeira vitória na categoria, mas podendo sonhar ainda mais alto. O esperado duelo Scott Dixon x Josef Newgarden, no fim, pode muito bem ter um terceiro envolvido

A Indy 2021 finalmente abriu os trabalhos neste sábado (17) no Alabama e, de cara, já teve o primeiro sinal mais do que positivo com Pato O’Ward. Terceira força da temporada passada, o mexicano iniciou o ano novo com tudo, cravou a segunda pole da carreira e já jogou a primeira responsabilidade para cima dos rivais diretos.

Foi só uma classificação, é só a primeira corrida do ano, mas já dá para dizer que Pato chegando pisando forte em 2021, falando alto. Se foi a terceira via de 2020 em um duelo isolado entre Scott Dixon e Josef Newgarden, agora chega com ambições maiores. Maiores até do que simplesmente tentar a primeira vitória na Indy, algo que, obviamente, precisa acontecer para que possa sonhar mais alto.

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E é esse primeiro passo que tem de acontecer logo. Se a afirmação na classificação é importante, empolga e faz sonhar, O’Ward e a McLaren precisam mostrar que 2021 vai ser diferente de 2020 também nesse aspecto: as chances que surgirem devem ser aproveitadas e nada melhor do que sair na frente em um campeonato, especialmente pelo fato de Dixon ter sido campeão no ano passado com base praticamente só nas primeiras provas da temporada.

Patricio O’Ward busca a primeira vitória na Indy (Foto: Indycar)

O domingo vai ser fundamental para o mexicano e para a equipe, por mais que seja só o início do ano. Caso vençam, tiram um peso grande das costas, abrem a porteira e se afirmam como candidatos reais. Caso percam, é mais uma oportunidade desperdiçada, mais uma chance que vai martelar na cabeça e que pode pesar na pressão da disputa.

“Nós fizemos algumas mudanças depois do treino livre 2. Foi uma sessão bagunçada. Trabalhamos muito antes da temporada e está tudo se encaixando. Toda a equipe está trabalhando junta e eu sabia exatamente o que eu precisava fazer. Só precisamos manter o ritmo nos pneus duros. Estou na pole, é um sentimento ótimo. Mas temos uma corrida a vencer amanhã”, disse O’Ward, deixando bem claro em poucas palavras o que é necessário fazer para ser um candidato em 2021: vencer.

Assim como Pato, existem outros candidatos que sonham em se meter na briga pelo título. Talvez o melhor paralelo com o mexicano seja o de Álex Palou, que era novato em 2020, mas saltou enormemente em 2021, assumindo uma vaga na Ganassi e, agora, tem nas mãos um carro vencedor. E o catalão já abre o campeonato largando em terceiro em Barber.

“Minha primeira classificação como um piloto da Ganassi foi completada. Começamos muito bem. O treino livre foi muito bom. A classificação foi dura, bem apertada. A Indy é bastante apertada, e é incrível. A competitividade é maluca. Vamos largar de terceiro. É um bom começo, temos um bom carro e espero trazer um troféu”, falou Palou.

Álex Palou liderou TL1 no Alabama e classificou bem (Foto: Indycar)

Os outros nomes aí são de dois pilotos da Andretti. Colton Herta foi melhor em 2020, é verdade, mas o histórico de Alexander Rossi não pode ser esquecido. Foi ele, afinal, quem mais se aproximou de encerrar o domínio Dixon/Newgarden nos últimos quatro anos.

“Um dia muito bom. Barber nunca foi uma pista boa para nós no passado e começamos muito bem no fim de semana. Agradeço muito ao time pelo carro que eles me deram, espero executar certo amanhã e subir uma posição”, resumiu o americano.

Falando nos favoritos ao caneco, Dixon começa o ano um pouquinho melhor que Newgarden, mas nada espetacular e nem que o rival tenha sido péssimo: o neozelandês larga em quinto, o americano sai de oitavo. Pensando que Barber é a melhor pista de Josef no calendário, pode ser já uma primeira estocada importante para Scott em uma batalha tão parelha.

“Dia decente no geral. Acho que entrar no Fast 6 foi bom, não tive uma classificação boa, cometi muitos erros. Fizemos algumas mudanças no equilíbrio do carro. Demos sorte, fomos ao Fast Six. Vamos largar de quinto, podemos vencer ainda, vamos tirar o máximo e espero celebrar”, comentou Dixon.

Romain Grosjean celebrou a boa classificação em Barber (Foto: Indycar)

“Classificamos em oitavo. Não foi um dia ruim, mas não era exatamente o que queríamos. Nosso dia foi de altos e baixos. O TL1 foi bom, o TL2 tivemos várias coisas diferentes acontecendo, como volante saindo, rodando, parando o carro. O time fez um bom trabalho para manter o foco. Acho que conseguimos um bom lugar. A Chevrolet tem um bom pacote para amanhã, isso nos encoraja e espero ter um bom 2021”, disse Newgarden.

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean não é candidato ao título, afinal, sequer vai disputar os ovais, mas é já a grande história do ano. O francês vem se recuperando do horrível acidente sofrido no GP do Bahrein de F1 em 2020, porém, já parece bem perto da forma ideal. O Fast Six escapou no detalhe, uma estreia e tanto.

“Que dia. Sétimo na classificação. Definitivamente acima das expectativas. Mas estando tão perto do Fast 6, esperei entrar, mas ainda é muito bom. A equipe me ajudou a entender os pneus de classificação. Fizemos um grande trabalho com o acerto e acho que sabemos o que procurar para ir mais rápido, o que é positivo. Vamos curtir hoje, mas o foco é amanhã. Ainda temos uma corrida de 90 voltas. Preciso entender o desgaste dos pneus, economia de combustível, reabastecimento, pit-stops, como uma corrida da Indy acontece. Então, ainda há o que aprender, mas estou muito feliz por hoje”, afirmou Grosjean.

A busca de O’Ward para ser um candidato real ao título da Indy em 2021 começa neste domingo, com largada às 16h30 (em Brasília).

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